RESUMO
O presente artigo tem como objetivo discutir a representação de imigrantes no sul brasileiro. A base teórica do estudo é a Historiografia Linguística e o tipo documental; o estudo tem como corpus narrativas jornalísticas veiculadas durante o período de 1900 a 2015 na imprensa catarinense. Os jornais escolhidos como fontes para a obtenção dos dados são: O Estado e Diário Catarinense. Adota-se, para o tratamento dos dados, a técnica de análise de conteúdo. Os resultados são analisados em três seções distintas. A primeira seção refere-se ao período da Primeira Campanha de Nacionalização, na qual se discute a representação de imigrantes que circulou na imprensa catarinense, e as categorias de análises foram imigrante como trabalhador útil e imigrante como elemento indesejável. A segunda refere-se ao período da Segunda Campanha de Nacionalização, tendo como categoria imigrante como elemento indesejável. A terceira intitula-se a redemocratização, com as categorias imigrante como trabalhador útil e imigrante de países pobres, pois o imigrante provém de países em dificuldades econômicas. Os resultados indicam a superação de um passado em que se proibiam as línguas imigrantes por meio decretos legislativos, para dar lugar a um contexto em que a legislação brasileira possibilita certa tolerância e proteção da diversidade linguístico-cultural existente no país. Palavras-chave: Representação de imigrante. Imprensa Catarinense. Interculturalidade. Política Linguística. Revista Entrelinhas, vol. 11, n. 12 (jul./dez. 2017). O seu comentário será publicado depois de ser aprovado.
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