RESUMO
O processo imigratório no Brasil é complexo, pois envolve diferentes experiências de ocupação territorial: urbano-rural, formação de pequenas propriedades agrícolas-trabalho “assalariado”. Neste artigo, o objetivo central é analisar algumas dinâmicas raciais que envolveram a importação de mão de obra italiana, pelos produtores de café do Estado de São Paulo, nas duas últimas décadas do século XIX, com o intuito de substituir a população escrava. A presente discussão leva em consideração que, como leitura do social, as formas de identificação são estruturadas em consonância com representações culturais construídas pela sociedade que as utiliza. Nesse sentido, em final do século XIX, observa-se a dissociação de dois termos apresentados como sinônimos no período imperial brasileiro: negro-escravo. Durante a mudança conceitual, persistindo todavia o binômio, os italianos que chegaram do além-mar, vindos para substituir o trabalhador escravo, foram percebidos pelos proprietários, em um primeiro momento, como parte dessa associação negativa, experimentando as consequências do biopoder. Palavras-chave: Imigração italiana. Biopoder. Subalternidade. MÉTIS: história & cultura - v. 13, n. 27, 2015, p. 71-90. O seu comentário será publicado depois de ser aprovado.
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