RESUMO
A imigração alemã no bairro rural de Ferraz é marcada por um caminho de lutas e histórias de vida, que perpassaram gerações e se mantêm vivas até os dias atuais. O trabalho no campo, a educação, a religiosidade e as festividades são marcas que possibilitaram reafirmar os laços de pertencimento e identidade das famílias alemãs em Ferraz. Dentro desse contexto, o objetivo desta pesquisa é identificar e analisar através da história social, como os imigrantes alemães, que habitaram as terras da comunidade de Ferraz, conseguiram ali adaptar-se e criar raízes, desenvolvendo o local e deixando como herança o fortalecimento do sentimento de identidade e pertencimento aos seus descendentes. Nesse sentido, foram realizadas: pesquisa bibliográfica; revisão teórica (categoria de análise geográfica lugar e conceitos de patrimônio cultural, paisagem cultural, memória, identidade e bairros rurais); coleta de dados secundários; levantamento documental e coleta de dados primários, com imigrantes e descendentes antigos de Famílias Alemãs de Ferraz. Assim, foi possível apresentar características que propiciaram, a essas famílias alemãs, a garantia da sobrevivência e, ao mesmo tempo, a permanência de uma cultura que, apesar do tempo se manteve viva, sendo expressa pelas relações sociais, práticas rurais, espírito de integração, tradições e memórias, preservadas entre seus atuais sucessores. A recuperação da história social dessa comunidade alemã foi construída a partir de registros fotográficos e entrevistas, mostrando a forte ação humana na construção e formação do lugar. Palavras-chave: relações sociais; pertencimento; identidade; história social; Ferraz. Dissertação (Mestrado em Geografia) apresentada ao Instituto de Geociências e Ciências Exatas Campos Rio Claro, da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", Rio Claro, SP, 2017. RESUMO
Oliveira Vianna é um relevante expoente de nosso pensamento social e político e é justamente por isso que encontramos muitos estudos que buscam esmiuçar determinadas questões de seu pensamento ou compreender as raízes do mesmo. No entanto, se há certa facilidade em localizar trabalhos dedicados à revista do autor e de sua teoria, o mesmo não ocorre quando o interesse é investigar, por meio dos relatórios/pareceres técnicos produzidos por Vianna, a especificidade do trabalho político desenvolvido por ele entre os anos de 1932 e 1940. Nessa direção, este artigo apresentará pontualmente as posições de Vianna acerca da introdução de 3.000 chineses no Brasil. Elas estão explicitadas em um parecer técnico encaminhado por ele, através do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, ao Ministério das Relações Exteriores. A realização de tal tarefa nos auxilia tanto na complexificação de algumas interpretações sobre o pensamento vianniano, quanto para dimensionarmos parte da especificidade de seu trabalho político como statemaker. Por fim, encontramos nesse parecer uma clara intersecção entre o Oliveira Vianna intelectual e o Oliveira Vianna consultor jurídico. Palavras-chave: Oliveira Vianna. Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio. Primeiro Governo Vargas. Imigração no Brasil. Pensamento vianniano Civitas, Porto Alegre, v. 17, n. 1, p. 177-196, Jan.-Abr. 2017. RESUMO
Analisa o projeto de lei apresentado por Alfredo Ellis Junior à Câmara paulista, em agosto de 1926, que previa a realização de estudos sobre os imigrantes em São Paulo, com o intuito de orientar políticas de seleção imigratória. Ressalta as opiniões de Menotti Del Picchia e de Oliveira Vianna acerca da agenda de estudos sugerida por Alfredo Ellis Junior, focalizando concepções distintas sobre a questão racial e a imigração nos anos 1920. Ao fim, sugere a divergência de Menotti Del Picchia com Alfredo Ellis Junior e Oliveira Vianna como tradução de uma disputa entre literatos e cientistas pela legitimação de seus respectivos conhecimentos sobre a realidade brasileira e pela proposição de políticas para o país. Palavras-chave: eugenia; imigração; Alfredo Ellis Junior (1896-1974); Menotti Del Picchia (1892-1988); Oliveira Vianna (1883-1951). História, Ciências, Saúde - Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 23, Supl., dez. 2016, p. 243-252. RESUMO
Por meio da análise de fontes das décadas das décadas de 1930- 1940 pretende-se evidenciar algumas das facetas do antiniponismo brasileiro. A elaboração de sentidos negativos sobre os japoneses e seus descendentes passou pelas discussões científicas, intelectuais e políticas. Um tema que atravessou este debate foi o do preconceito racial, que ganhou definições sui generis, quando não foi negado pelos antinipônicos. A retomada de argumentos do pró-niponismo, por sua vez, visa evidenciar o modo pelo qual se denunciou o preconceito racial dos antinipônicos, em busca de pistas sobre argumentos, que embora vencidos durante o período da II Guerra Mundial, indicaram a existência de certa sensibilidade para o problema do preconceito contra os japoneses. Neste debate se explicitam as contradições, interesses, métodos da política e da ciência, e as imagens e significados dados aos japoneses e seus descendentes no Brasil. PALAVRAS-CHAVE: Imigração japonesa. Brasil. Antiniponismo. Preconceito racial. Cad. AEL, v. 15,, n. 27, 2009. RESUMO
Este artigo tem por objetivo a apresentação de um dos métodos utilizados pelos grandes teóricos do Estado Novo brasileiro para difusão de seus ideais e expectativas acerca das correntes migratórias que aqui desembarcaram durante este período. As estratégias utilizadas por homens, como por exemplo, Oliveira Vianna, foram as mais variadas possíveis. Desde realização e publicação de estudos particulares sobre o tema da imigração, elaboração de propostas e participação em eventos à formulação de políticas, nas quais o objetivo principal era selecionar o imigrante ideal, portanto desejável e restringir a entrada do alienígena, portanto indesejável. Com este objetivo, foi elaborada em 1940 a Revista de Imigração e Colonização que, segundo seus organizadores deveria servir como um manual de conduta da população brasileira com relação ao imigrante. Palavras-chave: Estado Novo, Oliveira Vianna, Revista de Imigração e Colonização. "Durante o Estado Novo, a Revista de Imigração e Colonização foi porta-voz de um pensamento racista, legitimador da política discriminatória do governo Vargas em relação ao estrangeiro. No entanto, mesmo com o início da chamada ‘redemocratização’ do país, em 1945, a questão imigratória continuou a ser tratada pelos colaboradores da revista como um problema nacional, persistindo o tom de intolerância contra o estrangeiro, visto como um perigo que ameaçava a segurança do país."
Acervo, Rio de Janeiro, v. 10, n. 2, pp. 85-102, 1997. RESUMO
Este artigo analisa a política repressiva contra os trabalhadores estrangeiros no Brasil durante o Estado Novo, quando os grupos imigrantes que podiam ser caracterizados pelo isolamento racial e cultural são descritos como “quistos étnicos” e investigados pelo Conselho de Imigração e Colonização. No contexto da Segunda Guerra Mundial, os debates sobre assimilação e miscigenação seriam influenciados também pela classificação dos trabalhadores imigrantes como uma ameaça militar. Palavras-chave: Trabalhadores imigrantes. Identidade étnica. Conselho de Imigração. Colonização. Locus: Revista de História, Juiz de Fora, v. 15, n. 1, p. 171-187, 2009. "Os imigrantes semíticos e mongóis e sua caracterização antropológica", por oliveira Vianna23/3/2021 Revista de Imigração e Colonização - Órgão Oficial do Conselho de Imigração e Colonização - Ano I, n. 4, Outubro de 1940.
"os imigrantes germânicos e slavos e sua caracterização antropológica", por oliveira vianna23/3/2021 Revista de Imigração e Colonização - Orgão Oficial do Conselho de Imigração e Colonização, Ano I, n. 1, Janeiro de 1940, p. 23-31.
"As aulas de Giralda aqui apresentadas merecem ser lidas, estudadas e refletidas. Porque trazem à luz, além de autores, ideias e interpretações do Brasil, um panorama histórico dos mesmos. A professora é minuciosa na apresentação das obras e dos autores, refinada em suas críticas e considerações. 'Escutá-la' nos deixa com a sensação de que ainda sabemos muito pouco sobre o Brasil e permite vislumbrar como é importante e rico conhecer as trilhas da construção do pensamento social no Brasil. Da mesma forma, a questão racial na formação social brasileira merece ser conhecida, analisada e contextualizada, como faz Giralda neste curso, que é, sem sombra de dúvidas, uma lição sobre o Brasil por meio da reflexão da obra de alguns de seus intérpretes. Difícil não terminar a leitura destas aulas sem a sensação de que devemos repensar as categorizações e hierarquizações sociais brasileiras com mais detalhe e historicidade."
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