RESUMO
O artigo analisa as trajetórias de vida dos imigrantes finlandeses estabelecidos em Penedo, no Rio de Janeiro quando ali fundou-se uma colônia utópica, na primeira metade do século XX. Através do olhar sobre suas trajetórias e discursos, pretendeu-se problematizar a configuração de uma identidade finlandesa nos trópicos, tanto durante como após a dissolução do projeto coletivo de colonização. PALAVRAS-CHAVE: Imigração. Utopia. Identidade. Finlandeses. Estud. sociol., Araraquara, v. 21, n. 40, p. 177-195, jan-jun, 2016. "Cultura e história dos imigrantes finlandeses são preservadas e compartilhadas em Penedo, no sul do estado do Rio de Janeiro". "Os primeiros finlandeses chegaram em Penedo em 1929, liderados por Toivo Uuskallio, agricultor e religioso, que idealizava construir uma colônia finlandesa nos trópicos, baseada no vegetarianismo e na auto subsistência, longe de conflitos e guerras e em contato com a natureza. Foi com esta vontade que Toivo, sua esposa Liisa e mais 139 finlandeses arremataram a Fazenda Penedo, na época localizada no município de Resende." "100 anos das relações oficiais entre finlândia e o brasil", por notícias - finland abroad29/5/2020 "A independência da Finlândia foi reconhecida pelo governo brasileiro em 1919, quando os dois países estabeleceram relações oficiais". "Neste ano[2019] celebramos o centenário das relações oficias entre a Finlândia e o Brasil. O Brasil reconheceu, em 26 de dez. de 1919, a independência da Finlândia, proclamada em 6 de dez. de 1917. Alguns meses depois o Brasil abriu o seu Consulado em Helsinki, e 10 anos mais tarde, em 1929, foram concluídas as relações diplomáticas e depois os dois países instalaram embaixadas nas capitais de ambos os países. A Finlândia se proclamou independente do Império Russo em 1917, ao qual tinha pertencido como um Grão-Ducado autônomo desde 1809. O Grão-Ducado da Finlândia foi governado separadamente da outra Rússia, com leis, parlamento, moeda e Correios próprios. A revolução russa permitiu a independência total depois que o Grão-Duque – também Imperador da Rússia – foi morto e o Parlamento da Finlândia tomou poder supremo no país. Os países vizinhos à Finlândia já haviam reconhecido a sua independência em 1918. Muitos países fora da Europa – como Estados Unidos, Japão e Brasil – esperaram o término da 1ª Guerra Mundial para fazê-lo. Já em maio de 1919, o Ministro finlandês em Paris recebeu a tarefa de adquirir o reconhecimento do Brasil, que chegou em 28/12/1919, por telegrama assinado no Rio de Janeiro pelo então Ministro das Relações Exteriores José Manuel de Azevedo Marques. As relações fino-brasileiras são naturalmente mais longas que 100 anos. O café brasileiro popularizou-se na Finlândia cedo, e Dom Pedro II visitou o país europeu em 1876. Naturalistas finlandeses visitaram o Brasil no início dos anos 1800. Os finlandeses, povo que mais bebe café no mundo inteiro, ficaram felizes quando o Brasil decidiu apoiar a Finlândia na 2ª Guerra Mundial, doando 10 mil sacas de café. Entre os países existia uma linha regular de barcos desde os anos 1920 até 1960. As embarcações levavam café à Finlândia e traziam papel e papelão ao Brasil. As relações econômicas se fortaleceram nos anos 1960, quando uma fábrica de tratores finlandeses foi fundada no Brasil. As relações políticas se estreitaram nos anos 1980, quando começaram as visitas ministeriais. O primeiro Presidente da Finlândia visitou o Brasil em 1997, e o primeiro Presidente do Brasil foi à Finlândia em 2007. A Finlândia ganhou fama no Brasil com sua tecnologia de energia, mineração e telecomunicação. Por sua vez, o Brasil ficou famoso na Finlândia por seus minerais e produtos agrícolas, além de aviões a jato. Hoje a cooperação inclui também os setores de educação, ciências e inovação. O Brasil é o maior parceiro comercial da Finlândia na América Latina. A Finlândia detém a Presidência rotativa da União Europeia na segunda metade de 2019, ao mesmo tempo em que o Brasil preside o Mercosul. Em 1929, foi fundada Penedo (RJ), colônia finlandesa que recebeu aproximadamente 300 imigrantes ao longo dos anos. A cultura finlandesa está presente até hoje em Penedo, com o Clube Finlândia e as danças tradicionais, o Museu Finlandês e o parque temático Pequena Finlândia, onde fica o posto tropical do Papai Noel, original da Lapônia finlandesa. Entre os primeiros imigrantes, chegou a artista Eila Ampula, que juntou tradições finlandesas a temas brasileiros em suas tapeçarias. A obra de Ampula feita para a Residência Oficial do Embaixador da Finlândia em Brasília em 1973 foi uma escolha natural para o selo que homenageia as relações oficias centenárias entre Finlândia e Brasil. *Telegrama enviado pelo Ministro das Relações Exteriores José Manuel de Azevedo Marques: 'Tenho a honra que comunicar à Vossa Excelência, por ordem do Senhor Presidente da República, que o Governo Brasileiro resolveu reconhecer a Independência da Finlândia, como ele já havia feito tacitamente ao admitir que a legação da Suécia aqui seja responsável pelos interesses finlandeses no Brasil, e também reconhece o atual governo constituído na Finlândia'. Azevedo Marques, Ministro das Relações Exteriores". (Texto extraído do site Finland Abroad) "My immigrant father thought adopting an American name was a prudent measure to avoid mispronunciations. To me it felt like admitting defeat".
PARTE 1 PARTE 2 PARTE 3 RESUMO
Em finais do século XIX e início do século XX chegou ao Brasil uma grande quantidade de imigrantes provenientes do Oriente Médio, dentre os quais havia uma parcela significativa de armênios. Esse grupo se instalou no país e se integrou, em maior ou menor medida, à sociedade brasileira, sem que perdesse, no entanto, seus referenciais identitários: foram criados instituições e ambientes de socialização, nos quais o pertencimento à coletividade era reafirmado. Neste trabalho pretende-se analisar a presença dessa identidade armênia entre os descendentes dos imigrantes que se instalaram no Brasil, mormente nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, entre os anos 1890 e 1920. Para tanto, serão observados não apenas o papel das instituições na manutenção dessa identidade, mas também as estratégias para sua preservação em um cenário desprovido de tais instituições. Este trabalho se apoia em ampla pesquisa etnográfica com as populações armênias das duas cidades, de modo a identificar semelhanças e diferenças entre as formas de socialização nesses dois espaços. Palavras-chave: Identidade; Armênia; Memória RESUMO
Este estudo tem por objetivo buscar o contexto histórico que determinou a vinda de armênios para o Brasil, sobretudo para o estado de São Paulo, bem como apresentar a história dessa imigração e a conseqüente constituição deste grupo étnico, tendo como base as narrativas e relatos dos próprios imigrantes e descendentes. Partindo do registro de suas memórias, na perspectiva de reconstruir parte da história social do processo imigratório para São Paulo, este artigo procura evidenciar a história dos armênios, particularmente os traços culturais e de que maneira este grupo étnico (re) construiu e vivenciou a sua identidade no país adotivo. Palavras-chave: genocídio armênio , imigração armênia no Brasil, memórias Travessia - Revista do Migrante, n. 75 - Julho-Dezembro/2014 "Caminhos identitários: imigrantes portugueses em Pernambuco", por wilza betania dos santos24/5/2020 RESUMO
A comunidade portuguesa em Pernambuco vivenciou uma nova fase de sua história a partir da criação do Gabinete Português de Leitura (GPL-PE) em 3 de novembro de 1850. O GPL-PE foi a primeira associação que formalizou os laços de pertencimento da comunidade portuguesa. A partir dele, outras instituições portuguesas foram constituídas. Foi em torno desse gabinete que se viu primeiramente surgir as discussões sobre a identidade do imigrante português. Este artigo objetiva compreender como os discursos sobre a identidade do imigrante português em Pernambuco foram (re)construídos e quais os caminhos percorridos por essa comunidade para (re)significar a imagem de colonizador-explorador para a de imigrante-construtor da nova nação brasileira. Analisando-se as variações dos discursos produzidos pelo próprio português no processo que (re)significaram sua identidade em Pernambuco entre 1850 e 1921. Palavras-chave: Imigrante português - Identidades - Gabinete Português de Leitura - Tricentenário Camoniano - Pernambuco rev. hist. (São Paulo), n. 177, a00717, 2018. "os imigrantes portugueses no ceará", produção de ana célia de oliveira, tv assembleia - ceará24/5/2020 "Os imigrantes portugueses no Ceará, suas histórias, sentimentos e a integração com os cearenses. O fado, a música portuguesa e a gastronomia que agradou o paladar de muitos brasileiros". Reportagem - Janaína Gouveia |
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