RESUMO
Este artigo discute a relação dos muçulmanos com a imagem fotográfica. A intenção é aproximar o nosso mundo ocidental à lógica islâmica sobre a representação da imagem, isto porque, na religião islâmica o culto à imagem é proibido: não se deve cultuar o que Deus criou. De acordo com Hanania (1999:15), o espírito desta interdição islâmica em face da representação de formas é que, teoricamente, no Dia do Juízo, as imagens deverão ser ressuscitadas por seu autor. Mas, e a fotografia? Muito embora ela se Constitua como um modelo de representação, não podemos descartá-la totalmente do contexto islâmico. No período do profeta Muhammad (Maomé), século VII, o grande perigo para os adeptos ao Islã era o culto às esculturas, estátuas de bronze. A imagem figurativa apresentava um impedimento, pois esta representava a criação divina. Não se deve copiar o que Deus criou, pois tudo o que ele fez (faz) é perfeito, na lógica islâmica. Para encontrar respostas a essas limitações, fui buscar em um determinado grupo - os muçulmanos do Brás em São Paulo -, elementos que apontassem a relação estabelecida pelos muçulmanos e as suas fotografias, já que essas podem também revelar imagens de corpo inteiro e, portanto, são figurativas. Esse grupo de muçulmanos é constituído, em sua maioria, por libaneses e descendentes que residem e trabalham no bairro do Brás. Travessia - Revista do Migrante, (42), 22-28, 2002. "fotografias que revelam as faces identitárias da imigração", por denise teresinha da silva22/6/2021 RESUMO
A imagem fotográfica revela o cenário de um mundo formado por uma multiplicidade de olhares. Ela reforça a manutenção dos vínculos sociais, culturais e afetivos, e, com isso, permite analisar diversas configurações resultantes das relações dos indivíduos na sociedade. O trabalho aqui apresentado resulta de um dos eixos da tese de doutorado “Fotografias que revelam imagens da imigração: pertencimento e gênero como faces identitárias”. Através da experiência empírica, serão analisadas as aproximações dos conceitos do sujeito imigrante enquanto cidadão, nacional e estrangeiro que apareceram tanto na fala quanto nas fotografias de mulheres brasileiras que vivem em Barcelona, uma imigração que chamamos de contemporânea, e de mulheres descendentes de uma imigração denominada histórica, a alemã e a italiana no Rio Grande do Sul. PALAVRAS-CHAVE: fotografia; imigração; cidadania; nacionalidade; identidades. Intercom - Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação - XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, Curitiba, PR, 4 a 7 de setembro de 2008. "A pesquisa tem como tema a investigação da memória visual da colonização alemã na região do Vale do Paranhana (RS), produzida através das imagens fotográficas presentes entre as famílias alemãs e seus descendentes, desde meados do século XIX até a primeira metade do século XX. Ao privilegiar esta fonte de análise, partimos do entendimento da fotografia enquanto narrativa coletiva do grupo, num processo de (re)construção da memória."
Anais do III Encontro Nacional de Estudos da Imagem, de 03 a 06 de maio de 2011, Londrina - PR. RESUMO
Este artigo enfoca o uso da alfabetização visual como ferramenta para discutir a questão da imigração com jovens brasileiros não-documentados, moradores na região de Boston, Estados Unidos. Por meio do projeto "Identidades: rupturas & permanências", desenvolvido na Universidade de Harvard, os alunos expressaram por fotografias a atual situação em que se encontram. Palavras-chave: Fotografia, Alfabetização visual, Jovem, Imigrantes brasileiros, Educação, Imagem. Estudos Avançados, 20(57), 2006, p. 93-98. "As fotografias emblemáticas do fotógrafo ítalo-brasileiro Vincenzo Pastore (1865-1918), feitas nas ruas da capital paulista, têm uma história interessante: feitas na década de 1910, permaneceram guardadas numa caixa de papelão até 1996. Sobreviveram como coleção familiar até Flávio Varani, neto do fotógrafo, doá-las ao Instituto Moreira Salles. Tal especificidade iniciou um percurso de migração das fotos que passaram a integrar o acervo do instituto. Na cadeia de apropriação a qual foram submetidas, agenciamentos surgiam na aquisição, na organização curatorial da exposição São Paulo de Vincenzo Pastore (1997), na divulgação, na produção do livro e catálogo, na disponibilização de parte da coleção na internet, contando ainda o impacto causado entre os historiadores sociais, atentos à chamada “história vista de baixo”, na esteira dos estudos do cotidiano, que lançavam luz às ações dos grupos tidos como subalternos. A coleção Vincenzo Pastore foi então produzida como documento, tomada como fonte histórica repleta de registros vibrantes porque indiciavam a economia de subsistência paulistana movida pela força de trabalho de mulheres e de homens negros, tão obscurecidos nas tramas da história."
ZUM - Revista de fotografia, Instituto Moreira Salles - Notícias - Publicado em 25 de 2018. RESUMO
Desde seus fundamentos, no século XIX, a fotografia no Brasil contou com a colaboração de profissionais estrangeiros que se fixaram no país em busca de novos mercados ou como refugiados, por razões políticas ou econômicas. Em todos os lugares, o trânsito global de fotógrafos proporcionou a migração de experiências técnicas e estéticas, mas também de vivências pessoais muitas vezes traumáticas. Neste curso online gratuito e gravado, três pesquisadores falam sobre três fotógrafos imigrantes presentes no acervo do IMS: Peter Scheier, Madalena Schwartz e David Zingg, que imigraram para o Brasil em diferentes momentos do século XX. Com experiências muito distintas entre si, as três trajetórias trazem dados fundamentais para a compreensão do desenvolvimento da fotografia no campo comercial e artístico no país. RESUMO
Este artigo tem por objetivo apresentar aspectos sobre os preparativos e as festividades de casamento de descendentes de imigrantes alemães na metade do século XX, no Rio Grande do Sul. Para tal, utilizam-se estudos sobre o ritual do casamento, uma entrevista realizada com o historiador Telmo Lauro Müller e a narrativa de três casais desse grupo étnico, por meio de etnografia, trazendo elementos para ponderações sobre memória, cultura e sociedade. Palavras-chave: casamento; cultura alemã; memória; narrativas. Interações, Campo Grande, MS, v. 21, n. 2, p. 331-346, abr./jun 2020. RESUMO
Parte do projeto de História Oral “Memórias do Café Árabe” (2017 – 2019), pesquisadores do Museu do Café realizaram registros de narrativas de imigrantes árabes residentes nas cidades de Santos e São Paulo, SP, tendo como objetivo buscar tradições do café trazidas consigo em seus deslocamentos. Propôs-se cruzar essas experiências com a declaração do café árabe por meio do dossiê da Unesco “Café Árabe: um símbolo de generosidade”. O presente artigo pretende apresentar uma revisão bibliográfica do café árabe e sua presença (e ausência) no Estado de São Paulo, além de apresentar uma breve biografia de cada entrevistado e um cruzamento de informações entre as narrativas registradas. Serão levantadas questões de acolhimento, redes de solidariedade em seus processos de deslocamento, assim como questões relativas ao café árabe que foram registradas nesses depoimentos, como modos de preparo, confusões linguísticas, rituais, tradições. PALAVRAS-CHAVE: café; imigração árabe; tradições; costumes. Faces da História, Assis/SP, v. 6, n. 2, p. 157-180, jul./dez. 2019. RESUMO
Este artigo nada mais é do que um exercício que busca analisar de forma comparativa aspectos da construção da identidade de grupos judaicos oriundos do Marrocos. Um grupo que iniciou sua imigração para a Amazônia atraído pelo Ciclo da Borracha (1860-1910), e o outro grupo de judeus marroquinos que imigraram para Israel em 1950, vítimas das retaliações dos países árabes depois da criação do Estado de Israel. Por meio da análise da cerimônia pré-nupcial da hena, que é largamente adotada pelos judeus oriundos de países árabes, onde os noivos e seus convidados têm suas mãos adornadas com tintura de hena para afugentar o mau-olhado, teremos a possibilidade de vislumbrar a posição controvertida deste ritual em relação ao judaísmo rabínico, e como estas duas identidades judaico-marroquinas são construídas, atualizadas, e como esta cerimônia ajuda a demarcar a pertença étnica dos judeus marroquinos na sociedade israelense em relação a outras identidades judaicas, ou, ainda, como esta cerimônia, que já havia sido esquecida, foi resgatada na comunidade judaico-marroquina de Belém do Pará, como mais um dos sinais diacríticos formadores da identidade dos judeus marroquinos da Amazônia. Palavras-chave: Judeus, Amazônia, hena, identidade étnica. Cadernos de Língua e Literatura Hebraica (10), 165-193, 2012. VIII Seminário da Associação Nacional Pesquisa e Pós-Graduação em Turismo, 02 e 04 de outubro de 2011, UNIVALI, Balneário Camboriú/SC.
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Março 2024
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