"dossier: asilo, migración, exclusión", Libre pensamiento, n. 87, madrid (es), verano 201619/7/2020 O vídeo mostra a "Força Feminina" de quatro mulheres imigrantes em Maringá (PR), oriundas de países diferentes, que fugiram da guerra, fome e miséria. Resumo
Este artigo pretende analisar a inserção das mulheres nos fluxos migratórios do passado e do presente, procurando demonstrar que a migração não é resultado apenas de uma escolha racional, mas também de estratégias familiares nas quais homens e mulheres estão inseridos, contribuindo para rearranjos das relações familiares e de gênero. Para tanto, discute como a participação das mulheres foi analisada nos fluxos migratórios e aborda o recente movimento de brasileiros para o exterior, descrevendo as trajetórias de homens e mulheres. O trabalho de campo, tal como a vida desses migrantes, dividiu-se entre dois lugares: a cidade de Criciúma (SC), no Brasil, e a região de Boston, nos Estados Unidos. Os dados coletados a partir das entrevistas e da observação participante têm revelado que as mulheres participam efetivamente desse processo, integrando e articulando redes de migração. Os dados também sugerem que a migração provoca rearranjos familiares e de gênero ao longo do processo. Palavras-chave: emigrantes brasileiros; gênero; migração internacional; redes familiares. Estudos Feministas, Florianópolis, 15 (3): 745-772, setembro-dezembro/2007. RESUMO
Este artigo procura recuperar a presença feminina no processo de e/imigração para o interior do estado de São Paulo, abordando aspectos diferenciados das experiências, ações cotidianas, atividades de trabalho e background cultural das mulheres imigrantes. Para tal, valorizam-se o uso e a releitura de certa diversidade de fontes que incluem cartas, prontuários, depoimentos, memórias, imprensa diária e operária, fontes empresariais e registros censitários, entre outras. O texto procura contextualizar o protagonismo da mulher imigrante tanto no meio rural paulista, marcado pela expansão da cafeicultura, quanto nas cidades interioranas, nas quais sua presença nos ofícios urbanos, no comércio, na indústria e nos afazeres domésticos é marcante. Propõe-se ainda abrir horizontes metodológicos para os estudos dos deslocamentos, questionando o imigrante universal masculino e destacando a importância de se observar a experiência migratória a partir de outros olhares, inclusive o feminino. Palavras-chave: Mulheres. Imigrantes. Gênero. Interior paulista. Rev. bras. Est. Pop. 2018; Belo Horizonte, 35 (3): e0045. "No caso da mulher judia, um silêncio maior ainda paira sobre a sua história que, antes de mais nada, faz parte da História dos Excluídos. Até então, muito pouco se escreveu sobre os seus valores, crenças, afetos e desafetos, seus infortúnios e estratégias de sobrevivência, lado a lado ou à frente dos homens. Raramente a historiografia atribuiu a esta mulher um lugar de liderança ou uma postura de rebeldia frente as normas instituídas. Ela, na maioria das vezes, figura apenas nas revistas judaicas como líder comunitária, articuladora de festas judaicas e chás beneficentes, ou então na condição de vítima do Holocausto. Enquanto agentes sociais ficam confinadas aos “guetos” comunitários distintos por suas origens sefaraditas ou askenazitas.
Raros são os estudos historiográficos que retratam uma “outra” mulher judia, agente político e social da História. No entanto, essa mulher existe, assim como existem registros históricos sobre a sua atuação nas frentes de resistência no Brasil e no exterior." Este texto consta na relação de artigos do PROIN - Projeto Integrado - Arquivo Público do Estado e Universidade de São Paulo, s/data. Abstract
Traces the route of historiographical research on women and/immigrant, especially the Portuguese. Thus, the author lists important academic works in which the female character – their personal, family and working life in the land of origin and/or destination – gains focus. The work is ordered into three parts: an overview of works that deal with issues related to female gender, family, work and production, among others, in Brazil and abroad; queries related to the above, but specifically geared to the Portuguese immigrant; International congress presentation and creation of research groups that fomented investigations also about women and/Portuguese immigrants, but recently held in the twenty-first century. Concludes that, despite the difficulties in portraying the woman and/Portuguese immigrant, whether the male numerical superiority or the absence of documentary evidence, in the last two decades there has been a considerable effort to highlight its place actually acting subjects in the process and migration. Keywords: Portuguese immigration. Immigrant woman. Historiographic balance. (texto escrito em português) In: Mobilidade humana e circularidade de ideia: Diálogos entre a América Latina e a Europa. Luis Ferando Beneduzi, Maria Cristina Dadalto (editado por). Venezia: Edizioni Ca'Foscari - Digital Publishing, 2017, p. 41-54 (Diaspore - Quaderni di ricerca 7). RESUMO
Este artigo apresenta alguns resultados de uma pesquisa em andamento sobre as relações de gênero entre os imigrantes italianos no Estado brasileiro do Espírito Santo, desde a metade do século XIX até a primeira década do XX. Nesta comunicação será analisada uma amostra de emigrantes procedentes do Piemonte, Região da Itália Norte-Ocidental, que embarcaram em três navios no final de 1894. As listas de embarque, documentos fornecidos pela companhia de navegação, constituem a fonte principal deste trabalho, que analisa a estrutura das famílias que emigraram, focalizando particularmente a característica sexo. Não se trata de um estudo demográfico das famílias dos emigrantes piemonteses, pois o que se pretende é, através da análise das características demográficas, propor algumas hipóteses sobre as estratégias migratórias, baseando-se no exame das relações de gênero e de parentesco no âmbito de uma amostra de emigrantes, chegados no Espírito Santo em um dos períodos de maior emigração para o Estado. Anais do XI Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1998, p. 1333-1357. "Nas entrelinhas da narrativa: vozes de mulheres imigrantes", por Núncia santoro de constantino12/7/2020 Resumo
O presente texto propõe reflexão sobre História Oral e sobre mulheres imigrantes na cidade de Porto Alegre. Pretendo continuar tal reflexão, dialogando com personagens das pesquisas que desenvolvo, pessoas que colaboram à reconstrução de processos históricos, com seus depoimentos. As reflexões que pretendo desenvolver dizem respeito, sobretudo, à memória e à subjetividade e faz-se necessário retomar algumas questões teóricas fundamentais. Palavras-chave: História Oral. Narrativa. Imigração. Estudos Ibero-Americanos - PUCRS, v. XXXII, n. 1, p. 63-73, junho 2006. Animação do Escravo, nem pensar! traz a história de imigrante africana. Por Natália Suzuki, coordenadora do programa Escravo, nem pensar! Angelina é uma mulher fictícia, ou seja, sua história é baseada em fatos reais, mas nem por isso inverossímil. Ela é a protagonista da animação À Espera, do programa Escravo, nem pensar! da Repórter Brasil, e representa uma mulher angolana, negra e imigrante, que vive no Brasil já alguns anos com seus filhos pequenos. A animação foi realizada com o apoio do Instituto C&A, no âmbito do projeto “Escravo, nem pensar!: Direito do migrante e prevenção ao trabalho escravo e infantil”. Você deve estar se perguntando por que escolhemos contar a história de uma angolana, enquanto as atenções se voltam hoje a chegada e interiorização dos venezuelanos e ainda não esquecemos da vinda intensa de sírios e haitianos ao Brasil. A história de Angelina é semelhante a várias que ouvimos entre 2017 e 2019, período em que o programa Escravo, nem pensar! trabalhou com a rede pública de Assistência Social do município de São Paulo. As profissionais da área relatavam a chegada à cidade de mulheres de Angola, com filhos pequenos e, muitas vezes, gestantes. No geral, não possuíam qualquer vínculo prévio no país e batiam às portas dos equipamentos socioassistenciais em busca de moradia e acolhida. Por que deixavam o seu país? Como e por que vinham ao Brasil? Quem são elas? Essas questões se tornaram recorrentes para nós, e percebemos que o poder público também não tinha as respostas, ainda que as atendesse em centros de acolhida e as incluísse em programas sociais ou matriculasse os seus filhos nas escolas. Diante disso, acreditamos ser urgente trazer luz para as histórias de Angelinas. Precisamos falar delas. Elas existem em São Paulo e a sua presença deve se fazer notada, por isso convidamos você a saber mais sobre elas. Megalópoles como São Paulo nos colocam cotidianamente com dezenas, às vezes, centenas de pessoas lado a lado e, ainda assim, podemos passar o dia sem trocar uma palavra ou um olhar sequer com alguém. Histórias de imigrantes costumam ser interessantes e comoventes. São interessantes porque conseguimos romper o anonimato e são comoventes porque nos identificamos e criamos empatia numa alteridade que vem de longe e que nunca desconfiamos um dia conhecer. A voz da Angelina Como dar vida à Angelina? Para isso, precisávamos dar voz à protagonista. Havia de ser uma mulher que falasse o português angolano e, sobretudo, tivesse uma entonação clara e conseguisse transmitir todos os sentimentos da personagem. Onde e como encontrar uma pessoa com essas características? Quando o desafio surgiu, lembrei-me de ter ouvido no rádio a programação cultural de São Paulo de um final de semana qualquer. Naquele dia, uma das grandes atrações seria o show de uma cantora angolana, Jéssica Areias. Ao contatá-la, Areias prontamente atendeu ao convite e nos honrou com a sua participação. Sem ela, Angelina não existiria assim, tão especial e emocionante. Conheça a cantora Jéssica Areias, quem deu o sopro de vida à Angelina. (texto e vídeos extraídos do site "Escravo, nem pensar!" |
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