"Imigrantes Parte 1: A formação do Brasil" Produção: Deborah Gouthier Direção arte e animação: Alex Sakata Realização: TV Justiça SINOPSE O documentário “Imigrantes Parte 1: A formação do Brasil” é a primeira parte da série documental da TV Justiça sobre imigração. Este primeiro recorte mostra o processo imigratório no Brasil do Século XIX e aborda as principais dificuldades enfrentadas por esses povos, os relatos de quem permaneceu no país e a preservação da cultura original que auxiliaram a formação do Brasil que conhecemos. Migrantes e descendentes vindos do Japão, Alemanha, África, Países Árabes, Pomerânia e Itália participam do documentário e ilustram a visão de quem chegou ao Brasil atraído por suas oportunidades de novas terras, negócios e as políticas de branqueamento do Brasil Imperial. Especialistas contextualizam o período histórico e destacam a formação da brasilidade a partir desses povos, além dos desafios e preconceitos vividos. "Imigrantes Parte 2: em busca de uma nação" Produção: Deborah Gouthier Direção arte e animação: Alex Sakata Realização: TV Justiça SINOPSE O documentário “Imigrantes Parte 2: Em busca de uma nação” dá continuidade à série documental da TV Justiça sobre imigração. Nesta edição, são exploradas as mudanças nos fluxos migratórios atuais e a consequente busca pelo Brasil de uma melhor qualidade de vida ou simplesmente por refúgio. Imigrantes vindos de várias regiões da África, Venezuela, Haiti e Espanha contam os motivos de se mudarem para o Brasil e como enfrentaram o choque cultural, a saudade dos familiares e dificuldades que encontram no novo país, apesar da boa acolhida, na maior parte dos casos. Especialistas contextualizam os acontecimentos da atualidade que aumentaram a procura pelo Brasil e destacam o que ainda é preciso ser feito para garantir a aplicação das leis a todas essas pessoas. Representantes de instituições, ONGs e projetos governamentais descrevem ações para dar oportunidades sociais e econômicas aos migrantes, a fim de que eles possam se sentir em casa. "Num artigo publicado em 1951, Emílio Willems fez uma breve referência à ideia de assimilação prevalecente no Brasil, suposta como processo no qual os grupos alienígenas devem desaparecer - metaforicamente 'diluídos', 'absorvidos', 'digeridos' - na sociedade dominante luso-brasileira. Nesse contexto, a existência de minorias não é admitida, nem aceita, na discussão pública dos problemas de assimilação, e as possíveis influências culturais dos imigrantes e seus descendentes estão contidas na ideia vaga de 'contribuição' em benefício do país adotivo (Willems, 1951: 209). A assertiva de Willems tem correspondência no estudo de Manuel Diegues Junior sobre a influência da imigração nos processos de urbanização e industrialização ocorridos no Brasil: trata-se de destacar a colaboração econômica de diferentes grupos de imigrantes - especialmente os de maior expressão demográfica - acrescentando breves informações sobre a legislação restritiva e dados acerca das 'contribuições' resultantes do contato cultural entre alienígenas e brasileiros. Diegues não escapa de uma certa visão idealizada do melting pot, embora defina a cultura brasileira como alguma coisa vagamente plural 'dentro da sua base lusitana' (Diegues Junior, 1964: 371). Nos dois trabalhos a assimilação é claramente associada a mecanismos de desenvolvimento econômico e mobilidade social, em situações de contato interétnico. [...]".
Travessia, Janeiro-Abril 2000, p. 45-50. "assimilação ressignificada: novas interpretações de um velho conceito", por oswaldo truzzi12/7/2022 ABSTRACT
Assimilation Resignified: new interpretations of an old concept This article proposes an interpretation of the ways by which the term assimilation was used in Brazil in three different periods. It also presents a reconceptualization of the term based on Remaking the American Mainstream: Assimilation and Contemporary Immigration, by Richard Alba and Victor Nee, published originally in 2003. The argument is that the new formulation proposed by these authors can contribute to a more precise understanding of the different trajectories in the incorporation of foreign immigrant groups in Brazilian society in the past and present. Key words: assimilation; immigration; national formation; cultural change; ethnicity; pluralism. (Obs: texto em português) Dados - Revista de Ciências Sociais, Rio de Janeiro, vol. 55, n. 2, 2012, pp. 517 a 553. RESUMO
Os conceitos e noções que têm estado presente na agenda dos estudos de imigração estão vinculados a correntes interpretativas as quais, se gozam de prestígio em dado contexto, podem, posteriormente, sofrer contestação por parte de novas gerações de pesquisadores que buscam afirmar suas próprias interpretações. Neste artigo, intenta-se revisar a potencialidade de alguns conceitos, acompanhando parcialmente seu destino acadêmico, e pôr em debate algumas noções e interpretações com as quais pesquisadores contemporâneos demarcam posições no campo dos estudos migratórios. Palavras-chave: Assimilação. Estudos Migratórios. Imigração. Transnacional. História Debates e Tendências, Passo fundo, v. 19, n. 2, p. 213-224, Maio/Ago. 2019. RESUMO
O objetivo desse artigo é realizar uma breve discussão, de forma reflexiva e crítica, sobre os seguintes modelos de recepção dos imigrantes: 1- Assimilacionista ou republicano que tem na França o seu principal expoente (baseado na ideia que a equidade e a igualdade podem ser alcançadas através da plena adoção de regras e valores coletivos da república, evitando diferenciações de caráter cultural); 2- multicultural ou pluralista que tem abrigo em países como Inglaterra, Holanda, Suécia e Canadá (baseado no respeito, proteção e investimento estatal da diversidade cultural). O texto, em geral, reflete de forma sucinta sobre as principais questões, lacunas e desafios existentes no bojo desses dois modelos. Palavras-chave: assimilacionismo, multiculturalismo, França, Canadá. Esferas, ano 2, n. 3, Julho a Dezembro de 2013. "a sociologia da imigração no brasil entre as décadas de 1940 e 1970", por márcio de oliveira12/7/2022 RESUMO
Entre os anos 1940 e 1970, no Brasil, os estudos imigrantistas rivalizaram com os estudos comunitários, rurais e indígenas. Em termos teóricos, todos eles trabalharam com a mesma temática de assimilação à sociedade nacional. Revistas tais como Sociologia (ELSP), Revista de Antropologia, Revista do Museu Paulista e Anhembi acolheram diversos trabalhos sobre imigrantes, resultados de pesquisas feitas por autores tais como Emílio Willems, Hiroshi Saito e Ruth Cardoso. Florestan Fernandes interessou-se pelo tema, tendo publicado três artigos sobre a imigração árabe no Brasil. Nos anos 1970, contudo, o tema perdeu interesse. Sociólogos brasileiros interessaram-se por outros temas, tais como classes sociais e desenvolvimento nacional. Este trabalho volta ao período em tela para, analisando a trajetória dessa produção sobre o tema da imigração, compreender sua importância e perda de centralidade no seio da sociologia brasileira. Focamos a análise no período que vai de 1930 a 1970, quando a produção sociológica sobre o tema foi numerosa, tomando como fonte de informação tanto as principais revistas da área quanto livros publicados, a fim de compreender qual o lugar e o papel desempenhado pelos estudos sobre imigração na sociologia brasileira. Palavras-chave: Sociologia brasileira, Imigração, Estudos sobre imigração. Sociologias, Porto Alegre, ano 20, n. 49, set0dez 2018, p. 198-228. RESUMO
A relação de Georg Simmel (18581918) com o judaísmo é cercada de ambiguidades, assim como o é a própria relação dos judeus com a Alemanha e a Europa em geral na segunda metade do século XIX e início do XX. Referir essas ambiguidades umas às outras pode ajudar na compreensão das duas relações, e é este 0 objetivo do artigo. Simmel sempre evitou tematizar a questão judaica. Tanto sua experiência individual de judeu assimilado quanto a vivência da assimilação (com discriminação) pelo grupo étnico enquanto tal passaram praticamente em silêncio em seus ensaios sociológicos e filosóficos. O artigo trabalha informações esparsas deixadas por seus contemporâneos (Max Weber, Ernst Bloch, Werner Sombart etc.), retoma dados biográficos, inventaria os raros momentos de sua obra em que tangencia a questão e, situando-os no quadro mais amplo do processo de assimilação dos judeus na Europa, em especial na Alemanha guilhermina, relaciona-os com o pensamento desse sociólogo-filósofo que foi um entusiasta da assimilação plena e recíproca, um dos defensores mais otimistas da cidadania moderna, forma que abstrai o indivíduo-cidadão de suas diferenças coletivas adscritas e, ao mesmo tempo, um dos mais sensíveis analistas da estratégica situação sociológica doa outsiders. Rev. bras. Ci. Soc., v. 10, n. 27, São Paulo, fev. 1995. RESUMO
Atualmente, o Canadá se constrói no mito de uma terra hospitaleira, tolerante e próspera, que garantirá recursos econômicos e direitos sociais de forma igualitária para as mais variadas culturas. Neste artigo, por meio do aparato teórico-metodológico de Pêcheux e Orlandi, dando continuidade à análise do funcionamento do discurso do multiculturalismo nesse país, observamos movimentos de sentido de uma política de assimilação da diferença para uma política de integração da diferença. Contudo, mostramos que para se tornar dominante, o discurso do multiculturalismo se ancora no discurso dos direitos humanos, ampliando sua capacidade de dissimulação para encobrir uma memória da assimilação que permanece. Palavras-chave: discurso; multiculturalismo; direitos humanos; Canadá. Entremeios: Revista de Estudos do Discurso, v. 17, jul-dez 2018, p. 163-174. |
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