RESUMO
Resumo O trabalho discute obras de escritoras caribenhas produzidas tanto em suas nações de origem quanto nos países para os quais migraram. Ao identificar algumas das preocupações centrais das narrativas, busca delinear a experiência dessas mulheres como um documento histórico marcado pelo gênero que permite compreender mais claramente os múltiplos movimentos da diáspora caribenha. Palavras-chave: escritoras caribenhas; migração; diáspora Estudos Feministas, Florianópolis, 18(3): 336, setembro-dezembro/2010 RESUMO
Este artigo objetiva investigar a maneira em que sujeitos diaspóricos ficcionais negociam o embate entre duas culturas, já que, aparentemente, espelha “a dor daqueles que se encontram divididos entre terras natais e línguas maternas”. As implicações desta negociação na vida do imigrante são questões relevantes na escrita de Julia Alvarez, assim como na de outros escritores contemporâneos. Para tanto, a significância da escrita das reminiscências do âmbito familiar é observada como um meio de apresentar a coletividade da escrita imigrante e, mais importante, como um meio que escritores imigrantes de diferentes lugares usam para possivelmente se sentirem conectados uns com os outros. Do mesmo modo, leva-se também em consideração a questão linguística na construção da identidade imigrante, visto que a língua é um fator-chave na negociação que as personagens diaspóricas agenciam para buscar entender onde se posicionam no mundo contemporâneo. Palavras-chave: Imigração, Narrativas, Ficção, Língua, Julia Alvarez. Escripta, Belo Horizonte, v. 21, n. 42, p.259-273, 2º sem. 2017. RESUMO
Meir Kucinski (1904-1976) foi um escritor judeu de origem polonesa, imigrante brasileiro, e professor da língua e literatura ídiche no país. Neste artigo, a partir de elementos da vida e da trajetória do autor, e da leitura e análise de alguns de seus textos e contos traduzidos ao português – mormente os presentes no livro Imigrantes, mascates e doutores ‒ organizado por Rifka Berezin e Hadassa Cytrynowicz ‒, pretende-se investigar elementos da relação de Kucinski com o ambiente do "novo mundo" onde se encontra: a vida comunitária, cultural e intelectual da diáspora judaica no Brasil, as reminiscências do passado europeu presentes em sua literatura, o convívio com o Brasil e os brasileiros, e a opção pela manutenção da escrita literária em ídiche, mesmo com o franco declínio da língua, em número de escritores, falantes e ouvintes, a partir de meados do século XX. Nossa proposta envolverá a leitura detida e análise de contos e outros textos do autor ‒ alguns inclusive de caráter autobiográfico ‒, bem como a fortuna crítica sobre o seu trabalho; buscando situá-lo em seu contexto sociocultural bem como explorar a relação de sua literatura com sua "fonte", a literatura ídiche europeia, bem como as transformações e peculiaridades que envolvem seu contato com a diáspora judaica brasileira, resultado de sua migração. Palavras-chave: Ídiche, Meir Kucinski, Diáspora Arquivo Maaravi: Revista Digital de Estudos Judaicos da UFMG, Belo Horizonte, v. 17, n. 33, novembro 2023. "toda odisseia tem um final feliz? (a propósito de poesia e diáspora)", por aimée g. bolaños8/2/2024 RESUMO
O conceito de diáspora, no contexto pós-colonial, alcança renovados significados. A partir das propostas de clássicos da diáspora e das contribuições do pensamento quebequense e cubano atuais, são estudados diversos entendimentos de viagem como modalidade discursiva metafórica da modernidade tardia, assim como a noção de sujeito migrante, referido ao mundo transnacional e suas identidades transculturais. A partir desse matizado corpus teórico, leio textos de Juana Rosa Pita, Carlota Caulfield e Alina Galliano, representativos da prática criativa da poesia feminina cubana com seus múltiplos focos dispersos pelo mundo, analisando, sobretudo, as escrituras ficcionais do eu na destrascendentalização da origem e na criação de novos modos de autoprodução cultural, contribuições principais da estética da diáspora contemporânea. Palavras-chave: diáspora, viagem transcultural, poesia Aletria, v. 22, n. 3, set.-dez, 2012. "uma voz da diáspora haitiana na literatura migrante do quebec", por maria bernadette velloso porto8/2/2024 RESUMO
Apoiando-se na análise dos livros Passages (1994) e Repérages (2001), do escritor haitiano Émile Ollivier, nome representativo das identidades em trânsito da contemporaneidade, pretende-se refletir sobre a inscrição de um “entre-dois” produtivo no corpus escolhido. Trata-se de levar em conta a pluralidade de imaginários do pertencimento (SIMON, 2004) e a situação paratópica do autor (MAINGUENEAU, 2001) que conferem à sua escrita um caráter particular e significativo no âmbito da chamada literatura migrante do Quebec, onde, até recentemente, a identidade era vista pelas elites como homogeneidade (BOUCHARD, 2000). Palavras-Chave: Literatura, Migrações Caribenhas, Identidade Revista Brasileira do Caribe, Goiânia, vol. VIII, n. 15, julio-dezembro 2007, pp. 109-135. RESUMO
O presente artigo investiga quais as violências vivenciadas pelas mulheres refugiadas, desde o seu país de origem até alcançar a condição legal de refúgio em outras nações. Neste sentido, seu objetivo geral é identificar os diversos tipos de violência sofridas pelas mulheres refugiadas, abordando as violências a que estão expostas nesta condição. Para alcançá-lo, foi realizada uma pesquisa bibliográfica nas bases acadêmicas, nos relatórios do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) e em matérias jornalísticas que apontam dados sobre a temática. Os resultados apontaram para a enorme vulnerabilidade a que elas estão expostas e as múltiplas violências a que são submetidas, como a violência física, financeira, sexual, psicológica, social e cultural. Palavras-chave: migrações; refúgio; violências contra a mulher; vulnerabilidade SER Social - Crise, fluxos migratórios e políticas sociais. Brasília, v. 23, n. 49, julho a dezembro de 2021. RESUMO
As migrações internacionais são uma realidade cada vez mais importante nos debates que envolvem direitos humanos e de forma transversal, sobre os direitos humanos das mulheres, cujas pesquisas ainda são restritas. Segundo o ACNUR - Agência das Nações Unidas para Refugiados - as mulheres e crianças representam, ao menos, metade das pessoas deslocadas no mundo, encontrando-se em situação de vulnerabilidade, longe de suas origens, sem a proteção de seu governo, afastadas da família. Nesse contexto, as mulheres e meninas, na longa jornada em busca de segurança, sofrem com a indiferença oficial, a perseguição e, não raro, com abusos sexuais e a consequente estigmatização por sua condição de mulher refugiada. Os conflitos armados tem sido causa frequente para o grande deslocamento de pessoas, e, para as mulheres, estas situações representam um risco muito maior, uma vez que em muitos casos o estupro tem sido usado como arma de guerra. Observa-se então, as diferentes dimensões que a violência alcança na vida das mulheres refugiadas: cultural, social, psicológica, sexual. As estratégias para combate às estas formas de violência tem sido alvo de atenção do ACNUR, que tem procurado promover formas de proteção a partir de compromissos assumidos pelo Alto Comissariado, no sentido de atender as especificidades e necessidades de proteção dessa população vitimada, muitas vezes, pela indiferença estatal. Para descrever esta jornada, necessário entender o fenômeno das migrações, e, de forma especial o refúgio, para que se possa dar atenção às dimensões da violência sofrida por mulheres refugiadas, condição que lhes coloca em situação de extrema vulnerabilidade. Na condição de refugiadas, fazem jus à proteção pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados que, na tentativa de combater as graves violações sofridas por mulheres e meninas em situação de refúgio criou mecanismos específicos para esta população. Entende-se que, embora importante, o trabalho do ACNUR tem sido insuficiente para o combate às diferentes formas de violência por elas sofridas. Ressalta-se que se trata de um trabalho de revisão bibliográfica, baseado em literatura relevante sobre o tema, além de pesquisa documental. O método a ser utilizado é o dedutivo, cuja hipótese reside no fato de que a violência sofrida por mulheres refugiadas tem várias dimensões, nem sempre alcançadas pelas instituições responsáveis por sua proteção, mostrando que tem sido insuficiente para sanar essas violências. Palavras-chave: ACNUR. Gênero. Migrações. Refúgio. Violência. Signos, Lajeado, ano 37, n. 2, p. 216-234, 2016. RESUMO
Analisamos o refúgio para mulheres em situação de violência a partir das notícias veiculadas no Brasil acerca dos pedidos feitos por dinamarquesas ao país. Estudamos o instituto do refúgio, considerando a normativa e a bibliografia especializada. Destacamos a dimensão de gênero no refúgio, atualmente discutida em face da ampliação do número de mulheres que pedem proteção em diversos países. Utilizamos a pesquisa bibliográfica, normativa e o estudo de caso para realização da pesquisa. Concluímos que a violência doméstica e familiar cometida contra a mulher é uma grave violação aos direitos humanos e deve justificar a concessão do refúgio pelo Brasil quando se verificar que ela tem ocorrido de forma generalizada, independentemente da condição econômica do país de origem. Palavras-chave: Refúgio, Violência doméstica e familiar, Direitos Humanos das Mulheres Revista da Faculdade de Direito do Sul de Minas, Pouso Alegre, v. 34, n. 2: 335-356, jul./dez. 2018. RESUMO
O artigo traz considerações sobre a violência de gênero tendo em vista a apreensão de suas expressões e vivências em mulheres brasileiras que se encontram na condição de migrantes residentes em Portugal. Com base em aportes teóricos, documentais e empíricos, subsidiados por um estudo de caso realizado de janeiro a dezembro de 2019, discute o complexo fenômeno da migração e os desafios que imprime para as mulheres, dado que depende de uma série de condições materiais e sociais concretas, cujas ausências conformam obstáculos para acessar direitos básicos, ao mesmo tempo em que pode expô-las a violações que ferem a dignidade humana e configuram violências de gênero. Conclui que a condição de imigrante, sob determinadas circunstâncias nas quais se incluem pertenças como gênero, etnia/cultura, classe social, podem contribuir para violências de gênero que faz das mulheres vítimas recorrentes. Palavras-chave: Violências. Gênero. Mulheres. Migração. Revista de Políticas Públicas, vol. 23, núm. 1, 2019, junho, pp. 268-286. |
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