RESUMO
O presente artigo pretende analisar elementos da cultura dos imigrantes italianos que se fixaram na região central do Rio Grande do Sul, especificamente, na Colônia Silveira Martins fundada em 1877. Nos locais de instalação foram surgindo pequenas comunidades, e tais espaços passaram a ser caracterizados a partir da vivência de crenças próprias do universo camponês, dentre elas a certeza de que certas doenças eram resultadas de bruxarias. Se o espaço da vizinhança era marcado pelos contatos solidários entre as famílias, pela circulação de reciprocidades, também deve ser entendido a partir da ocorrência de confrontos violentos. Nesse trabalho, analisarei conflitos entre famílias vizinhas, ocasionados por crenças em bruxarias, tanto no sul do Brasil como na Itália. É importante perceber a presença de padres católicos inseridos nesse universo, que, ao buscarem ter o monopólio do sobrenatural, acabavam por legitimar a crença dos camponeses. PALAVRAS-CHAVES: Imigrantes – Cultura camponesa – Bruxaria – Itália – Rio Grande do Sul. Navegar, vol. 2, n. 2, Jan.-Jun. 2016, pp. 66-85 O seu comentário será publicado depois de ser aprovado.
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