Resumo
Este artigo analisa a condição diaspórica dos judeus poloneses que buscaram refúgio no Brasil desde 1939, após a ocupação da Polônia pela Alemanha, até 1950, quando milhares de ex-prisioneiros dos campos de concentração buscavam por suas famílias, seus lares e suas identidades. Muitos traziam no braço a tatuagem recebida em Auschwitz como sinal de que haviam sido marcados para morrer. Dentre estes estavam dezenas de poloneses cujas vidas haviam sido esfaceladas pelas ações genocidas da Alemanha nazista e países colaboracionistas. Sem querer retornar à Polônia, sua terra natal, vislumbravam a Palestina e, posteriormente, o Estado de Israel, como a Terra Prometida onde encontrariam a paz e poderiam reabilitar sua identidade judaica. Outros, optaram por viver em países onde as comunidades judaicas estavam melhor estruturadas, como nos Estados Unidos, Argentina e Brasil. O fato de existir um elo familiar em algum lugar era o suficiente para definir a escolha de uma futura pátria, pois a maioria sentia-se perdida, sem referências. No entanto, os governos brasileiros de Getúlio Vargas (1937-1945) e Eurico Gaspar Dutra (1946-1950), definiram esta emigração como um fator de risco para a nação e o povo brasileiro, razão pela qual foram promulgadas Circulares, Resoluções, Ordens de Serviço, a maioria em caráter secreto e confidencial, com o objetivo de restringir a entrada dos judeus “indesejáveis”. Palavras-chave: Alemanha, antissemitismo, emigração, Judeus, nazismo, Polonês. Revista del CESLA. Internacional Latin American Studies Review, (22), 2018: 7-52 Your comment will be posted after it is approved.
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Julho 2023
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