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Esta página, sempre em construção, faz um resgate das publicações que abordam a imigração estrangeira no Recife.
"Sob a perspectiva de uma política expansionista: hospedarias de imigrantes de Pernambuco, 1889-1926", por Rosane Siqueira Teixeira
RESUMO: O presente artigo tem como objetivo analisar a criação das hospedarias de imigrantes da Jaqueira, Socorro e Tigipió, localizadas em Pernambuco, entre o período de 1889 e 1926, que se encontram quase que completamente ignoradas. Busca-se discutir os impasses gerados a partir de suas constituições, responsáveis por suas efêmeras existências. Fontes de arquivo embasam este estudo. O artigo desenvolve o argumento de que a vinda de imigrantes europeus para Pernambuco fazia parte de uma política expansionista, defendida por alguns entusiastas, que tinha o propósito de promover o desenvolvimento econômico do Estado, reformulando o trabalho agrícola.
PALAVRAS-CHAVE: Hospedarias de Imigrantes; Pernambuco; Imigrantes Europeus; Política Expansionista.
CLIO: Revista de Pesquisa Histórica - CLIO (Recife. Online), ISSN: 2525-5649, vol. 40.2, p. 287-321, Jul-Dez, 2022.
RESUMO: O presente artigo tem como objetivo analisar a criação das hospedarias de imigrantes da Jaqueira, Socorro e Tigipió, localizadas em Pernambuco, entre o período de 1889 e 1926, que se encontram quase que completamente ignoradas. Busca-se discutir os impasses gerados a partir de suas constituições, responsáveis por suas efêmeras existências. Fontes de arquivo embasam este estudo. O artigo desenvolve o argumento de que a vinda de imigrantes europeus para Pernambuco fazia parte de uma política expansionista, defendida por alguns entusiastas, que tinha o propósito de promover o desenvolvimento econômico do Estado, reformulando o trabalho agrícola.
PALAVRAS-CHAVE: Hospedarias de Imigrantes; Pernambuco; Imigrantes Europeus; Política Expansionista.
CLIO: Revista de Pesquisa Histórica - CLIO (Recife. Online), ISSN: 2525-5649, vol. 40.2, p. 287-321, Jul-Dez, 2022.
Cruzando países, estados ou percorrendo distâncias curtas: os caminhos trilhados pelos imigrantes, 1907-1920 (por Rosane Teixeira)
De modo geral, Pernambuco sempre foi uma porta de entrada importante para imigrantes estrangeiros em busca de um novo começo. Muitos se estabeleceram na capital (Recife) ou em outros municípios do estado e fincaram raízes, mas alguns estavam apenas de passagem para novo destino, segundo mostram os Registros de estrangeiros (incompletos) do Departamento de Segurança Pública, Delegacia de Ordem Social do Natal (RN), depositados no acervo do Arquivo Público Estadual do Rio Grande do Norte, indicados a seguir:
De modo geral, Pernambuco sempre foi uma porta de entrada importante para imigrantes estrangeiros em busca de um novo começo. Muitos se estabeleceram na capital (Recife) ou em outros municípios do estado e fincaram raízes, mas alguns estavam apenas de passagem para novo destino, segundo mostram os Registros de estrangeiros (incompletos) do Departamento de Segurança Pública, Delegacia de Ordem Social do Natal (RN), depositados no acervo do Arquivo Público Estadual do Rio Grande do Norte, indicados a seguir:
Ano 1907
Nome: Luiz Morelle
Origem: Itália
Idade: 56 anos
Est. Civil: viúvo
Têm filhos? sim
Quantos? 1
Qual a nacionalidade? brasileiro
Profissão atual: comerciante
Países percorridos: Itália, França, Argentina, Inglaterra
Estados percorridos: Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Pernambuco
Data de chegada ao Brasil: 1896
Data de chegada ao RN: 1907
Nome: Antonio da Silva Osorio
Origem: Portugal
Idade: 59 anos
Est. Civil: casado
Têm filhos? sim
Quantos? 7
Qual a nacionalidade? brasileiros
Profissão atual: escafandrista
Países percorridos: África portuguesa
Estados percorridos: Rio de Janeiro, Pernambuco, Amazonas
Data de chegada ao Brasil: 1900
Data de chegada ao RN: 1907
Continue lendo, acesse o PDF:
Nome: Luiz Morelle
Origem: Itália
Idade: 56 anos
Est. Civil: viúvo
Têm filhos? sim
Quantos? 1
Qual a nacionalidade? brasileiro
Profissão atual: comerciante
Países percorridos: Itália, França, Argentina, Inglaterra
Estados percorridos: Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Pernambuco
Data de chegada ao Brasil: 1896
Data de chegada ao RN: 1907
Nome: Antonio da Silva Osorio
Origem: Portugal
Idade: 59 anos
Est. Civil: casado
Têm filhos? sim
Quantos? 7
Qual a nacionalidade? brasileiros
Profissão atual: escafandrista
Países percorridos: África portuguesa
Estados percorridos: Rio de Janeiro, Pernambuco, Amazonas
Data de chegada ao Brasil: 1900
Data de chegada ao RN: 1907
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Introdução ao primeiro exemplar do jornal "O Gallego", 1849
Epígrafe: "Eu sou o gallego la da botica, sou muito amante de quem m'enrica"
"Eis-me no mundo periodiqueiro lançado contra vontade dos brasileiros, porque na verdade lhes irá dar muito o que fazer, e se espantarão com o meu aparecimento, pois atrevo-me com o maior denodo possível a dizer-lhes verdades, verdades que ao meu parecer são incontestáveis.
A grande injustiça e desumanidade com que são tratados os meus compatriotas, faz-me esquecer que sou gallego, e obriga-me a apresentar-me em campo, para, apesar de todos os obstáculos que me oponham os estonteados brasileiros, defendê-los até ver se eles por uma vez se desenganam com semelhante gente tão inóspita, quanto perversa e revolucionária.
De tempos, a esta parte tem aparecido uma imensidade de gazetas por todas as províncias do Brasil guerreando o nosso predomínio, e chamando a atenção do povo brasileiro contra a nossa legítima influência. Estávamos resolvidos a deixar uivar esses cães danados, porém, para que não sejamos tidos por dormentes ou covardes, tomamos a peito defender os nossos patrícios dessas acusações vagas e infundadas que lhes fazem essas gazetas imundas, que se intitulam ‘liberais’.
Já veem os leitores qual é a nobre missão do ‘Gallego’.
Agora cumpre-me a significação deste meu todo inteiramente burlesco, e também para que melhormente me conheçam; ouçam-me:
Nasci em Galiza, chamo-me ‘Marques Moreira Guerra’, tenho até o presente vivido honradamente… (Jornal o 'Gallego', n. 1, Recife, 1849)."
"Eis-me no mundo periodiqueiro lançado contra vontade dos brasileiros, porque na verdade lhes irá dar muito o que fazer, e se espantarão com o meu aparecimento, pois atrevo-me com o maior denodo possível a dizer-lhes verdades, verdades que ao meu parecer são incontestáveis.
A grande injustiça e desumanidade com que são tratados os meus compatriotas, faz-me esquecer que sou gallego, e obriga-me a apresentar-me em campo, para, apesar de todos os obstáculos que me oponham os estonteados brasileiros, defendê-los até ver se eles por uma vez se desenganam com semelhante gente tão inóspita, quanto perversa e revolucionária.
De tempos, a esta parte tem aparecido uma imensidade de gazetas por todas as províncias do Brasil guerreando o nosso predomínio, e chamando a atenção do povo brasileiro contra a nossa legítima influência. Estávamos resolvidos a deixar uivar esses cães danados, porém, para que não sejamos tidos por dormentes ou covardes, tomamos a peito defender os nossos patrícios dessas acusações vagas e infundadas que lhes fazem essas gazetas imundas, que se intitulam ‘liberais’.
Já veem os leitores qual é a nobre missão do ‘Gallego’.
Agora cumpre-me a significação deste meu todo inteiramente burlesco, e também para que melhormente me conheçam; ouçam-me:
Nasci em Galiza, chamo-me ‘Marques Moreira Guerra’, tenho até o presente vivido honradamente… (Jornal o 'Gallego', n. 1, Recife, 1849)."
“50 anos depois, Alimonda Irmãos continuam trabalhando como no tempo do tonel: com ‘fogo direto’ e a todo vapor”, por Diário de Pernambuco, Recife, 31 de agosto de 1980, A-9
"A história de 'Alimonda Irmãos S/A' começou em 1930 nos galpões de uma antiga fábrica de doces, na Tamarineira, com capital de 13 contos de réis e um tonel onde os dois irmãos – Giovanni Battista e José Paulo – começaram a fabricar, ainda de maneira artesanal, o sabão marrom. Era a época em que o Brasil sofria os efeitos da ‘depressão’ econômica que afetava os Estados Unidos e repercutia em todos os países ocidentais.
Os dois irmãos tinham herdado do pai, Silvio Alimonda, que deixou La Spezzia (Itália), em fins do século XIX, as qualidades que são o apanágio do empresário capitalista: arrojo, tenacidade, constância, disposição para o trabalho.
De segunda a domingo, não havia tempo ruim para os dois irmãos empenhados em lançar no mercado e ampliar as vendas do sabão marrom – cuja publicidade inicial ficou na memória e no registro: ‘O pretinho de alma branca’. O cozimento do sabão era feito na base do ‘fogo direto’, como se dizia na época. A matéria prima era nacional, 100%: a ucuhaba amazonense. E o sabão servia para lavar com todo tipo de água numa época em que a água salobra ainda se consumia no Recife.
Enquanto ajudava o irmão, José Paulo também trabalhava na contabilidade de Wilson Sons, uma das grandes firmas comerciais dos anos 30, no Recife. Somente em maio de 31, [ele] deixa a empresa para integrar-se completamente à indústria que o irmão montava. Pouco antes, a Revolução de 30 provocara o fechamento da pequena fábrica, por alguns meses. Mas o tonel continuava montado sobre uma estrutura de tijolo, onde a fornalha era acesa e mantida com lenha. De 1931 a 1938, a fábrica artesanal, mas com um produto de boa qualidade e já largamente aceito no mercado, continuou no bairro da Tamarineira, onde os dois irmãos trabalhavam como mouros. José Paulo cuidava da contabilidade e das vendas. E, nos fins de semana, vestia o macacão ao de Giovanni Battista, e ia debruçar-se no tonel.
Em 1937, no Largo da Paz
Em 1937, os dois irmãos já haviam adquirido o terreno do Largo da Paz, onde hoje se encontra o complexo industrial produtor de margarina, óleos vegetais, sabão e detergentes. Aí, começa a construção da nova fábrica, à base de uma caldeira a vapor, antiga locomotiva do Great Western, diversificando a produção para enfrentar uma dura e acirrada concorrência: surgem os sabões 'amarelo' e 'marmorizado' e continua o 'marrom', com imagem de marca fixada. Diversificava-se a produção e se tornava mais complexo e sofisticado o negócio, exigindo de José Paulo o paletó e gravata e novas e crescentes responsabilidades repartidas com Giovanni Battista. Mas a tenacidade era a mesma. E a união dos dois, inquebrantável.
Vem o óleo Bem-te-vi (...)"
(Continue lendo a matéria na página do jornal - Biblioteca Nacional)
"A história de 'Alimonda Irmãos S/A' começou em 1930 nos galpões de uma antiga fábrica de doces, na Tamarineira, com capital de 13 contos de réis e um tonel onde os dois irmãos – Giovanni Battista e José Paulo – começaram a fabricar, ainda de maneira artesanal, o sabão marrom. Era a época em que o Brasil sofria os efeitos da ‘depressão’ econômica que afetava os Estados Unidos e repercutia em todos os países ocidentais.
Os dois irmãos tinham herdado do pai, Silvio Alimonda, que deixou La Spezzia (Itália), em fins do século XIX, as qualidades que são o apanágio do empresário capitalista: arrojo, tenacidade, constância, disposição para o trabalho.
De segunda a domingo, não havia tempo ruim para os dois irmãos empenhados em lançar no mercado e ampliar as vendas do sabão marrom – cuja publicidade inicial ficou na memória e no registro: ‘O pretinho de alma branca’. O cozimento do sabão era feito na base do ‘fogo direto’, como se dizia na época. A matéria prima era nacional, 100%: a ucuhaba amazonense. E o sabão servia para lavar com todo tipo de água numa época em que a água salobra ainda se consumia no Recife.
Enquanto ajudava o irmão, José Paulo também trabalhava na contabilidade de Wilson Sons, uma das grandes firmas comerciais dos anos 30, no Recife. Somente em maio de 31, [ele] deixa a empresa para integrar-se completamente à indústria que o irmão montava. Pouco antes, a Revolução de 30 provocara o fechamento da pequena fábrica, por alguns meses. Mas o tonel continuava montado sobre uma estrutura de tijolo, onde a fornalha era acesa e mantida com lenha. De 1931 a 1938, a fábrica artesanal, mas com um produto de boa qualidade e já largamente aceito no mercado, continuou no bairro da Tamarineira, onde os dois irmãos trabalhavam como mouros. José Paulo cuidava da contabilidade e das vendas. E, nos fins de semana, vestia o macacão ao de Giovanni Battista, e ia debruçar-se no tonel.
Em 1937, no Largo da Paz
Em 1937, os dois irmãos já haviam adquirido o terreno do Largo da Paz, onde hoje se encontra o complexo industrial produtor de margarina, óleos vegetais, sabão e detergentes. Aí, começa a construção da nova fábrica, à base de uma caldeira a vapor, antiga locomotiva do Great Western, diversificando a produção para enfrentar uma dura e acirrada concorrência: surgem os sabões 'amarelo' e 'marmorizado' e continua o 'marrom', com imagem de marca fixada. Diversificava-se a produção e se tornava mais complexo e sofisticado o negócio, exigindo de José Paulo o paletó e gravata e novas e crescentes responsabilidades repartidas com Giovanni Battista. Mas a tenacidade era a mesma. E a união dos dois, inquebrantável.
Vem o óleo Bem-te-vi (...)"
(Continue lendo a matéria na página do jornal - Biblioteca Nacional)
Acciaiuoli – Achioli – Accioly – Acióli
“Antônio Witruvio Pinto Bandeira Acióli de Vasconcelos foi uma das mais importantes figuras da vida intelectual recifense, na segunda metade do século XIX. Advogado, professor e jornalista (deste Diário), foi um dos fundadores do Instituto Arquelógico de Pernambuco, em 1862. Pelo lado materno, Antônio Witruvio pertencia à família Acciaiuoli, originária de Florença e cujo nome se aportuguesou em Achioli, depois Accioly e, agora, em Acióli. Simão Acciaiuoli deixou Florença e fixou-se na Ilha da Madeira. ‘Simão foi avô de Gaspar Acciaiuoli de Vasconcelos, que veio para Pernambuco em princípios do século XVII e cujos filhos Zenóbio Acciaiuoli de Vasconcelos e João Batista Acciaiuoli iniciaram os dois ramos brasileiros da família’, segundo informa o escritor Antônio Accioly Neto, em um excelente estudo genealógico (...).”
Referência
Há um século - O Bacharel Witruvio. Diário de Pernambuco, Recife, 19 de setembro de 1961, Primeiro Caderno, p. 4.
“Antônio Witruvio Pinto Bandeira Acióli de Vasconcelos foi uma das mais importantes figuras da vida intelectual recifense, na segunda metade do século XIX. Advogado, professor e jornalista (deste Diário), foi um dos fundadores do Instituto Arquelógico de Pernambuco, em 1862. Pelo lado materno, Antônio Witruvio pertencia à família Acciaiuoli, originária de Florença e cujo nome se aportuguesou em Achioli, depois Accioly e, agora, em Acióli. Simão Acciaiuoli deixou Florença e fixou-se na Ilha da Madeira. ‘Simão foi avô de Gaspar Acciaiuoli de Vasconcelos, que veio para Pernambuco em princípios do século XVII e cujos filhos Zenóbio Acciaiuoli de Vasconcelos e João Batista Acciaiuoli iniciaram os dois ramos brasileiros da família’, segundo informa o escritor Antônio Accioly Neto, em um excelente estudo genealógico (...).”
Referência
Há um século - O Bacharel Witruvio. Diário de Pernambuco, Recife, 19 de setembro de 1961, Primeiro Caderno, p. 4.
"Caminhos identitários: imigrantes portugueses em Pernambuco", por Wilza Betania dos Santos
RESUMO
A comunidade portuguesa em Pernambuco vivenciou uma nova fase de sua história a partir da criação do Gabinete Português de Leitura (GPL-PE) em 3 de novembro de 1850. O GPL-PE foi a primeira associação que formalizou os laços de pertencimento da comunidade portuguesa. A partir dele, outras instituições portuguesas foram constituídas. Foi em torno desse gabinete que se viu primeiramente surgir as discussões sobre a identidade do imigrante português. Este artigo objetiva compreender como os discursos sobre a identidade do imigrante português em Pernambuco foram (re)construídos e quais os caminhos percorridos por essa comunidade para (re)significar a imagem de colonizador-explorador para a de imigrante-construtor da nova nação brasileira. Analisando-se as variações dos discursos produzidos pelo próprio português no processo que (re)significaram sua identidade em Pernambuco entre 1850 e 1921.
Palavras-chave: Imigrante português - Identidades - Gabinete Português de Leitura - Tricentenário Camoniano - Pernambuco
rev. hist. (São Paulo), n. 177, a00717, 2018.
"Vivem na capital de Pernambuco hoje cerca de 5 mil palestinos e seus descendentes. Apesar disso, a história dessa comunidade ainda é praticamente desconhecida."
"Os chinezes e suas actividades no Recife", Diário de Pernambuco, 12 de fevereiro de 1936
"Os chinezes que emigraram para Pernambuco, além de ser em número muito restricto, fixam residência somente no Recife."
"A colônia chineza no Recife é constituída de 103 homens. As mulheres não deixam seu país com facilidade. E desde que se achem fora da terra natal, não se naturalizam."
"Recife entra em campo: história social do futebol recifense, 1905-1937", por Lima y Eduardo
"Este artigo encontra-se dividido em dois momentos. No primeiro a discussão será pautada pela chegada do futebol na capital pernambucana e de como essa exportação do futebol se insere no processo da expansão do sistema capitalista na cidade do Recife. No segundo momento pretendemos analisar o caminho que percorre o futebol no Recife, a formação dos clubes, o aumento do interesse por parte da população, a busca por um espaço dentre os praticantes do esporte, todo esse processo culminando em tentativas de institucionalização e normatização do esporte, sendo a Liga Sportiva Pernambucana(LSP) a mais famosa delas."
XIV Jornadas Interescuelas/Departamentos de Historia. Departamento de Historia de la Facultad de Filosofía y Letras. Universidad Nacional de Cuyo, Mendoza, 2013.
XIV Jornadas Interescuelas/Departamentos de Historia. Departamento de Historia de la Facultad de Filosofía y Letras. Universidad Nacional de Cuyo, Mendoza, 2013.
"Dois mestres de ofício alemães no Recife oitocentista: mundo do trabalho artesanal e sociabilidades cotidianas", por Marcelo Mac Cord
RESUMO
No Recife oitocentista, artífices brasileiros (pernambucanos e de outras províncias) disputaram mercados com os artesãos europeus. Conflitos entre trabalhadores estrangeiros e nacionais foram uma tônica no referido tempo-espaço. O artigo que entrego ao leitor conta a história de dois mestres de ofícios alemães que experimentaram as referidas conjunturas e construíram estratégias para conquistar serviços (públicos e particulares) e aliados (brasileiros e estrangeiros) para além da pequena comunidade germânica que viveu no Recife oito- centista. Portanto, nesse texto, por meio de significativas evi- dências empíricas, travaremos contato com as existências do mestre de obras Theodoro Rampk e do mestre marceneiro Re- migio Kneip, o que permitirá que conheçamos suas agências e os limites sociais que lhes foram impostas.
Palavras-chave: artífices, alemães, imigração
Almanack, Guarulhos, n. 25, ea05018, 2020.
No Recife oitocentista, artífices brasileiros (pernambucanos e de outras províncias) disputaram mercados com os artesãos europeus. Conflitos entre trabalhadores estrangeiros e nacionais foram uma tônica no referido tempo-espaço. O artigo que entrego ao leitor conta a história de dois mestres de ofícios alemães que experimentaram as referidas conjunturas e construíram estratégias para conquistar serviços (públicos e particulares) e aliados (brasileiros e estrangeiros) para além da pequena comunidade germânica que viveu no Recife oito- centista. Portanto, nesse texto, por meio de significativas evi- dências empíricas, travaremos contato com as existências do mestre de obras Theodoro Rampk e do mestre marceneiro Re- migio Kneip, o que permitirá que conheçamos suas agências e os limites sociais que lhes foram impostas.
Palavras-chave: artífices, alemães, imigração
Almanack, Guarulhos, n. 25, ea05018, 2020.
"Operários e operárias da fábrica a vapor de chapéus de Antônio José Maia & Cia: gênero, idade, qualificação profissional e nacionalidade. Recife, década de 1880", por Marcelo Mac Cord
Resumo
Aberta oficialmente em meados de 1882, a fábrica a vapor de chapéus de Antônio José Maia & Cia. tinha proprietários portugueses. Eles foram obrigados por lei a contratar uma cota de aprendizes nacionais e garantir sua subsistência. No bojo dessa exigência, havia o problema da “transição” do trabalho escravo para o livre e os históricos conflitos entre nativos e estrangeiros no mercado de trabalho. No início da operação do empreendimento fabril, a maior parte da mão de obra especializada era portuguesa. Aos pernambucanos e às pernambucanas das mais variadas idades, foram destinados, de uma forma geral, os serviços mais simples e provisórios. Entre os anos de 1882 e 1886, os portugueses foram paulatinamente substituídos por nacionais formados na própria fábrica a vapor de chapéus, barateando custos de produção. Naquele mesmo espaço de tempo, meninas, meninos, moças, rapazes e mulheres adultas, brasileiros contratados como aprendizes, foram os que mais sofreram com a precarização e com a rotatividade nas oficinas da chapelaria. Nosso artigo analisa as complexidades do objeto de estudo por meio dos instrumentos da história social do trabalho.
Palavras-chave: chapelaria, fábrica de chapéus, operários, operárias.
Mundos do Trabalho, Florianópolis, v. 12, p. 1-31, 2020.
Aberta oficialmente em meados de 1882, a fábrica a vapor de chapéus de Antônio José Maia & Cia. tinha proprietários portugueses. Eles foram obrigados por lei a contratar uma cota de aprendizes nacionais e garantir sua subsistência. No bojo dessa exigência, havia o problema da “transição” do trabalho escravo para o livre e os históricos conflitos entre nativos e estrangeiros no mercado de trabalho. No início da operação do empreendimento fabril, a maior parte da mão de obra especializada era portuguesa. Aos pernambucanos e às pernambucanas das mais variadas idades, foram destinados, de uma forma geral, os serviços mais simples e provisórios. Entre os anos de 1882 e 1886, os portugueses foram paulatinamente substituídos por nacionais formados na própria fábrica a vapor de chapéus, barateando custos de produção. Naquele mesmo espaço de tempo, meninas, meninos, moças, rapazes e mulheres adultas, brasileiros contratados como aprendizes, foram os que mais sofreram com a precarização e com a rotatividade nas oficinas da chapelaria. Nosso artigo analisa as complexidades do objeto de estudo por meio dos instrumentos da história social do trabalho.
Palavras-chave: chapelaria, fábrica de chapéus, operários, operárias.
Mundos do Trabalho, Florianópolis, v. 12, p. 1-31, 2020.
"A comunidade portuguesa do Recife e a 'escravatura branca': imigração de trabalhadores portugueses para a Província de Pernambuco, 1840-1850", por Bruno Augusto Dornnelas Câmara
"A atração de trabalhadores de Portugal e das ilhas atlânticas do Império Português pelo Brasil esteve, em parte, muito relacionada à comunidade portuguesa residente no Brasil. Um exemplo disso são os caixeiros e outros trabalhadores, destinados especificamente à lida no comércio. Esses vinham quase sempre dentro de uma rede de atração movimentada por parentes, conterrâneos e muitos comerciantes lusitanos já estabelecidos nas principais cidades do império brasileiro. Esses trabalhadores eram acolhidos por seus conterrâneos, iniciando assim sua trajetória na vida comercial. Porém, parte dessa mesma comunidade também atuou na atração de outros tipos de imigrantes, de trabalhadores para o campo, ou para exercer trabalhos relacionados a ofícios manuais e vinculados de alguma forma, ao meio rural, ou mesmo de ofícios citadinos de pouco valor social para a época. Em situação de pobreza e endividamento, esses vinham das províncias mais rurais de Portugal e das referidas ilhas Atlânticas. No caso do Recife, capital da província de Pernambuco, membros da comunidade portuguesa residentes na cidade e ligados ao comércio, regulavam a entrada de seus conterrâneos no mercado de trabalho, tanto na cidade no trabalho da caixeiragem, como também no campo, nas lavouras e engenhos do interior da província e mesmo nos sítios dos subúrbios próximos à capital. O presente artigo pretende destacar a ambigüidade da comunidade portuguesa em relação a esse tráfico de trabalhadores, uma hora apoiando e fazendo uso dele e, em outro momento, movendo protestos e tecendo críticas nos jornais ao que eles chegaram a denominar “escravatura branca”. Nas fimbrias desse processo estão, além dos referidos trabalhadores, a própria comunidade portuguesa, negociantes lusitanos dos dois lados do Atlântico e o Consulado Português da cidade do Recife."
Anais do XXVII Simpósio Nacional de História - Conhecimento histórico e diálogo social - Natal (RN), 22 a 26 de julho de 2013.
Anais do XXVII Simpósio Nacional de História - Conhecimento histórico e diálogo social - Natal (RN), 22 a 26 de julho de 2013.
"Exposição succinta que faz Bento José da Silva Magalhães, negociante desta praça, ao respeitável Corpo do Commercio Brasileiro e Estrangeiro da Província de Pernambuco", por Bento José da Silva Magalhães, Typografia da Viúva Roma & Filhos, Pernambuco, 1850
"Da Península Ibérica para Pernambuco... Eles vieram para ficar", por Tânia Neumann Kaufman
O propósito dessa comunicação é trazer alguns referenciais para reflexão sobre as imagens, as ideias e os valores da cultura ibérica através dos sefaradim, presentes no imaginário e no sistema de valores da população nordestina, particularmente em Pernambuco. Toma-se como ponto de partida a questão: até que ponto, a integração de judeus em novas sociedades, sempre apoiada no sistema de adequação intercultural, foi consistente em Pernambuco, ao ponto, de permanecer na memória cultural da população nordestina, mesmo que de forma atávica ou silenciada?
In: LEWIN, H. coord. Agradecimento. In: Identidade e cidadania: como se expressa o judaísmo brasileiro [online]. Rio de Janeiro: Centro Edelstein de Pesquisas Sociais, 2009, pp. 9-20.
In: LEWIN, H. coord. Agradecimento. In: Identidade e cidadania: como se expressa o judaísmo brasileiro [online]. Rio de Janeiro: Centro Edelstein de Pesquisas Sociais, 2009, pp. 9-20.
Lista de matrículas consulares - Alemães no Recife
"A lei alemã em vigência até 1913 determinava que um alemão perderia a nacionalidade se ficasse dez anos consecutivos fora do país, o que poderia ser contornado se ele se matriculasse num dos consulados. Se o antepassado chegou ao Brasil antes dessa data, é importante verificar se ele fez a matrícula consular obrigatória e se o documento será necessário. Os Consulados da Alemanha no Brasil podem ajudar nesse processo (veja a lista das matrículas consulares no Recife, PDF)."
Parágrafo extraído da matéria intitulada '"Seu antepassado era alemão? Saiba se você tem direito à cidadania" do jornal DW-Notícias-Brasil
Parágrafo extraído da matéria intitulada '"Seu antepassado era alemão? Saiba se você tem direito à cidadania" do jornal DW-Notícias-Brasil
"Brasil x Portugal: aquele abraço", por Mario Souto Maior, prefácio de Fernando Antônio Gonçalves, Recife: 20-20 Comunicação e Editora, 1995
"Diário íntimo do Engenheiro Vauthier, 1840-1846", prefácio e notas de Gilberto Freyre - Ministério da Educação e Saúde , Publicações do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, n. 4, Rio de Janeiro, 1940