RESUMO
A sociedade brasileira passava por profundas mudanças estruturais no quarto final do século XIX. O trabalho cativo, que desde os primórdios da colonização foi a base da economia brasileira, começava a ser colocado em xeque por diversas pressões, desde externas, como a inglesa, até internas, de grupos organizados de abolicionistas. Dessa forma, nesse último quarto, a escravidão começava a ser substituída pelo trabalho livre que era representado pelos imigrantes europeus, que agora s obravam nos campos, principalmente italianos. Para tanto, a sociedade precisava ser preparada, e esse era o papel dos veículos da imprensa e de pequenos jornais, que tornaram o assunto, imigração, o principal de suas edições. O imigrante começava a ser mostrado como a solução final para a crise de mão de obra que os grandes plantadores de café julgavam possuir, e sua imagem era relacionada, assim, ao progresso e ao aumento da riqueza da sociedade. Na realidade, era uma ideia de que o imigrante europeu era racialmente superior e sua entrada no país representava automaticamente a evolução da sociedade. Em contrapartida, uma pequena parte da imprensa começava a mostrar os problemas oriundos do quase meio milhão de pessoas que foram trazidas para o Brasil. Palavras-chave: Imigração; Imigração subsidiada; Imprensa; Imagem do imigrante; Trabalho livre. Cadernos de História, belo Horizonte, v. 13, n. 18, 1º sem. 2012. Your comment will be posted after it is approved.
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