RESUMO
Este artigo reflete sobre o movimento emigratório/imigratório chileno ocorrido durante as três últimas décadas do século XX e ressalta a importância de políticas públicas para grupos imigrantes, propondo algumas sugestões através da análise de entrevistas de história oral de vida com chilenos imigrantes. Palavras-chave: Imigração chilena, políticas públicas, história oral. Informe GEPEG, Toledo, v. 15, número especial, p. 358-368, 2011. RESUMO
De acordo com o Censo 2010, a população asiática no Brasil cresceu 177% nos últimos anos, totalizando assim 2,084 milhões de residentes asiáticos. Dentro desse cenário, as nossas instituições educacionais continuam dando pouca ou quase nenhuma atenção aos estudos étnicos de grupos minoritários. Este estudo de história oral tem, portanto, como objetivo repensar a representatividade dos nikkei dentro da sociedade brasileira. Foi selecionada a história oral de Edmundo Fujita, primeiro nipo-brasileiro a ingressar no Itamaraty. Por meio deste testemunho, chegamos à conclusão, ainda parcial, de que a presença de um asiático em um segmento profissional como o do Itamaraty representou políticas e ações positivas por parte do governo federal, além de representar um incentivo e modelo a outros grupos étnico-raciais anteriormente não representados. Palavras-chave: História oral, Edmundo Fujita, Itamaraty, Grupo minoritário étnico, Nipo-brasileiro. Estudos Japoneses, n. 42, p. 83-91, 2019. RESUMO
Este artigo apresenta parte dos resultados do projeto História Oral e Imigração: abordagem histórico-crítica da produção brasileira, financiado pelo CNPq, cujo objetivo era investigar de maneira abrangente a utilização da história oral e de suas técnicas nos diferentes estudos em imigração realizados no Brasil. Nesta ocasião, primeiramente apresentaremos o escopo e os objetivos da investigação, justificada pela maciça produção intelectual sobre as imigrações que se valem de relatos orais. Em seguida, passaremos à análise qualitativa que o recorte deste artigo encaminha: a leitura de obras que utilizam relatos orais a respeito de imigrantes judeus no Brasil, imigrantes japoneses no Brasil, e imigrantes brasileiros nos Estados Unidos. A análise permite dimensionar as potencialidades e limitações do emprego de relatos orais na construção de conhecimento sobre as migrações. Palavras-chave: História oral; Migrações/imigrações; Produção Científica em História Oral; Metodologia de Pesquisa. Tempos Históricos, vol. 19, 1º semestre de 2015, p. 481-510. RESUMO
A grande maioria das pesquisas que buscam discutir o processo imigratório feminino brasileiro na Europa tem dado ênfase a uma dinâmica caracterizada pela ilegalidade e pela “criminalidade”. O objetivo deste artigo, parte de um percurso mais amplo de pesquisa que busca analisar as imagens de nação e as narrativas sobre a expatriação construídas por imigrantes argentinas e brasileiras, é discutir a experiência do processo imigratório vivida por mulheres de classe média, com um nível universitário de instrução, que decidem deixar o Brasil e procurar uma realização profissional, pessoal e/ou existencial no exterior. Neste caso específico, trabalhar-se-á com imigrantes brasileiras que vivem atualmente na Itália e que imigraram entre a década de 1980 e o início do novo milênio. Palavras-chave: emigração brasileira; imigração latino-americana na Europa; memória; representação; identidade. História Oral, v. 12, n. 1-2, p. 225-248, jan.-dez. 2009. RESUMO
Este artigo pretende rever a contribuição dada pela história oral aos estudos sobre migração nos últimos vinte e cinco anos, especialmente entre a Grã-Bretanha e a Austrália. O título “histórias (co) movedoras” é um útil jogo de palavras sobre a história oral da migração porque está centrado na experiência pessoal de mudança entre lugares, assim como indica a natureza comovedora dos relatos para o narrador e sua audiência. Palavras-chave: História oral; estudos de migração; Grã-Bretanha e Austrália. Revista Brasileira de História. São Paulo, v. 22, n. 44, pp. 341-364, 2002. RESUMO
Este artigo apresenta, após uma problematização da categoria “imigrante”, algumas interpretações resultantes da observação de estudos acadêmicos sobre imigração que se utilizaram da metodologia da história oral nas últimas décadas. Essa investigação indica uma diversificação dos grupos pesquisados e das áreas geográficas do país onde eles são encontrados, o emprego de novos aportes teóricos – com destaque para teorias de identidade e etnicidade – e a presença de novas instituições universitárias e diversos campos historiográficos no desenvolvimento de tais estudos. Palavras-chave: imigração, história oral, identidade étnica, historiografia. História Oral, v. 16, n. 1, p. 5-22, jan./jun. 2013. RESUMO
Para esta comunicação, onde abordámos a mobilidade de um segmento migratório, servimo-nos de fontes nominativas existentes do Arquivo do Governo Civil de Viana do Castelo (AGC), os Livros de Registos de Passaportes (LP), mas também deitámos mão a milhares de processos que suportam a construção da referida fonte existente no AGC, desde 1835. Daremos realce à problemática da orfandade e dos papéis do tutor perante os contextos migratórios, destacando aqui a autorização de embarque para os menores. Palavras-chave: Portugal, Viana do Castelo, América Latina, Migrações, Menores, Órfãos, Análise Demográfica, Analfabetismo. XIV Encuentro de Latinoamericanistas Españoles: Congreso Internacional, Sep. 2010, Santiago de Compostela, Spain, pp. 949-972. RESUMO
O artigo analisa a imigração do distrito do Porto, Portugal, para o estado do Pará, Brasil, entre 1834 e 1930, por meio dos registros de passaporte do Governo Civil do Porto. Observa-se o fluxo ao longo das décadas, ressaltando as questões econômicas e sociais que movimentaram esses deslocamentos, assim como aspectos pontuais, como epidemias e conflitos sociais, com destaque para a Revolta Cabana, em escala local, e a Primeira Guerra Mundial, em nível global. É analisada a influência dos acompanhantes dos titulares dos passaportes e da reemigração no fluxo de migrantes. Também investiga-se o perfil dos imigrantes quanto à origem e naturalidade por distrito e concelho português. Por fim, o artigo problematiza a migração feminina e as questões de gênero que a envolvem, apontando para a assimetria dos deslocamentos de mulheres, sempre em menor quantidade em relação aos homens, mas com crescimento nas primeiras décadas do século XX. Palavras-chave: Imigração portuguesa. Pará. Fluxo. Perfil. Passaporte. Gênero. Rev. bras. Est. Pop., v. 36, 1-22, e0079, 2019. RESUMO
A historiografia brasileira normalmente não inclui a imigração portuguesa e os fluxos migratórios anteriores a 1850 no processo de transição da mão de obra escrava para a livre no país. Este artigo demonstra que, na década de 1830, as elites brasileiras já se preparavam para atrair imigrantes e criar um mercado de trabalho assalariado no país. Em 1830, foi aprovado um projeto de Vergueiro para regulamentar os contratos de trabalho com imigrantes. No mesmo ano, o Senado rejeitou a concessão de terras a estrangeiros. Consagrado o modelo de imigração, formaram-se companhias particulares que transportavam portugueses despossuídos dos Açores para o Brasil, fenômeno que ficou conhecido como ‘escravatura branca’. Muitos desses imigrantes trabalhavam ao lado de africanos escravizados e disputavam com eles postos de trabalho, tendo, assim, participado ativamente do processo de transição da mão de obra escrava para a livre no Brasil. Palavras-chave: imigração portuguesa – escravatura branca – trabalho assalariado – Açores – companhias de imigração. Revista História (São Paulo), n. 181, a02421, 2022. RESUMO
A partir da década de 30 do século XIX, quando se intensificou o fluxo de emigração açoriana para o Brasil, houve a percepção, por parte de autoridades e de alguma opinião pública, de um fenómeno a que chamaram “escravatura branca”, indissociável da avultada e incontrolável emigração clandestina, transversal a todo o Portugal. Aquela designação, paradoxal num tempo em que se procurava reprimir e extinguir a prática do tráfico negreiro, decorria das degradantes condições de viagem e da exploração laboral a que muitos dos emigrantes eram sujeitos, especialmente quando se deixavam enredar pelas promessas dos engajadores. A visão desta realidade, a partir da opinião pública e do discurso político, bem como as tentativas de controlá-la e combatê-la, constituem o objecto de estudo deste artigo que, naturalmente, não esgotará o assunto. Palavras-chave: “escravatura branca”; emigração ilegal; Açores; legislação; discurso político; opinião pública. História: Questões e Debates, Curitiba, n. 56, p. 37-61, jan./jun. 2012, Editora UFPR. |
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