"Este livro tem um tema específico: aborda os possíveis diálogos entre dois campos do conhecimento histórico. De um lado, os estudos sobre migrações humanas; de outro, as pesquisas em história ambiental, que ganharam importância na historiografia brasileira das últimas década. Este diálogo é promovido, desde 1992, pelo Laboratório de Imigração, Migração e História Ambiental (LABIMHA), vinculado ao Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que reúne, também, pesquisadores de outras universidades e programas de pósgraduação stricto sensu em História.
Os diálogos possíveis entre esses dois campos consideram os movimentos populacionais pretéritos e contemporâneos, a movimentação de grupos humanos das etnias Kaingang e Guarani por seus territórios, as grandes ondas de imigração de população de origem europeia não ibérica iniciadas no século XIX, as migrações internas posteriores dos descendentes de imigrantes europeus instalados, principalmente, no sul do Brasil e as emigrações, imigrações e deslocamentos atuais, de grupos humanos movidos por razões econômicas ou socioambientais. Consideram, ainda, a atração que os bens naturais disponíveis em outros lugares exerceram, como possibilidade de subsistência ou de ganho econômico, as condições favoráveis e as limitações do meio ambiente aos grupos humanos que passaram a habitá-lo e, com mais ênfase, as transformações que esses grupos migrantes realizaram nos ambientes que ocuparam ou repovoaram (p. 7)". O e-book foi lançado em formato PDF na ocasião da comemoração dos 210 anos da Imigração Chinesa no Brasil, 15 de agosto. Trata-se de uma parceria do Museu da Pessoa com a CTG-Brasil.
"O material que segue foi produzido no segundo semestre de 2021 e, em vinte entrevistas, buscamos trazer a maior diversidade possível de narrativas. Acreditamos que, como num mosaico, ler esta obra com trechos e fragmentos dessas entrevistas nos dará uma ideia do estado de coisas sobre a relação entre Brasil e China, um retrato atual das vivências de chineses radicados no Brasil e suas reflexões acerca dos caminhos que os trouxeram para cá." "Este livro oferece uma análise penetrante da experiência da emigração brasileira, do subsequente engajamento político e das relações desenvolvidas com o país de origem. A jornada começa com informações históricas sobre a migração brasileira, explicando a mudança na posição do Brasil de um país de imigração para um país de emigração, em parte como resultado de dificuldades econômicas e crises políticas.
Ao longo do livro, são discutidos detalhes sobre como o governo brasileiro tentou manter as relações entre os emigrantes e o Brasil. Os autores fornecem explicações detalhadas sobre as políticas colocadas em prática para os cidadãos que vivem no exterior, tais como programas de captação de recursos, facilitação de documentação, cooperação com cientistas brasileiros no exterior, promoção da cultura brasileira e ampliação da rede de consulados. Eles mostram o crescente interesse do governo brasileiro e dos legisladores em manter conexões com os emigrantes, desde meados da década de 1990, em iniciativas ligadas ao reconhecimento da dupla cidadania; à criação, em 2007, de um departamento específico no Ministério das Relações Exteriores para tratar exclusivamente de assuntos dos emigrantes brasileiros – a Subsecretaria-geral das Comunidades Brasileiras no Exterior (SGEB); e à implantação, em 2010, do Conselho de Representantes de Brasileiros no Exterior (CRBE), para promover o diálogo entre o governo e os emigrantes." Apresentação
"Os textos que compõem este livro resultam de estudos desenvolvidos por pesquisadores que se relacionaram e apoiaram nos últimos tempos as atividades do Laboratório de Pesquisa em História Oral da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (LAPHO-PUCRS). Coordenado hoje pela professora Claudia Musa Fay, o Laboratório completa vinte anos de existência. Em duas décadas, a preservação acurada e a contínua produção de novas entrevistas orais em relação a múltiplas áreas de estudo, proporcionaram o desenvolvimento de numerosas pesquisas, até mesmo internacionais, que resultaram em interessantes dissertações e teses defendidas em vários cursos da universidade. A específica temática dos estudos históricos sobre as migrações, que caracteriza a escolha do assunto deste volume, é apenas um dentre os diversos campos disciplinares “fortes” relacionados às atividades do Laboratório, mas efetivamente aquele mais emblemático e característico. Isto se deve também ao fato que por mais de 15 anos o LAPHO foi coordenado pela professora Núncia Santoro de Constantino, idealizadora e fundadora do mesmo espaço de pesquisa. Reconhecida estudiosa dos processos migratórios no Brasil, falecida prematuramente em 2014, foi defensora em inúmeros ensaios da utilidade da metodologia da história oral no seu campo de estudo. Os trabalhos de Núncia influenciaram, direta ou indiretamente, os estudos de todos os autores que apresentam as contribuições nessa coletânea. O livro é dedicado à sua memória. Antonio de Ruggiero Porto Alegre, dezembro de 2017." RESUMO O movimento emigratório português para o Brasil é um assunto que tem merecido a atenção do CEPESE nos últimos anos, reunindo uma vasta equipa de investigadores portugueses e brasileiros, que têm apresentado diversos trabalhos sobre esta temática. Na presente obra, destacam-se como temas principais, o discurso político referente à e(i)migração emanado das autoridades competentes portuguesas e brasileiras; o enquadramento jurídico da e(imigração) portuguesa para e no Brasil; a emigração portuguesa para o Brasil, quer do Continente, quer dos Açores; e a análise comparativa entre a emigração portuguesa e italiana para aquele destino, procurando detetar-se o contributo dessa presença estrangeira para a formação do Brasil contemporâneo. Belo Horizonte: Faculdade de Letras da UFMG, POS-LIT; Rio Grande: Fundação Universidade Federal do Rio Grande, Programa de Pós-Graduação em Letras: História da Literatura, 2006.
Apresentação
Este livro é parte de uma pesquisa realizada em 2018, por ocasião do estágio de Pós-Doutorado do autor, na Universidade de Padova, Itália. Em seus três capítulos, situa Santa Catarina e Paraná no cenário nacional e regional – território fronteiriço, representado pela intelectualidade e estafes governamentais como “escassamente povoado”. Evidencia que o cenário vivido pela Itália e, por outro lado, as políticas públicas de governos brasileiros, em muito contribuíram para a criação de condições propícias à emigração, em alguns períodos, “em massa”. Destaca um conjunto de situações que favoreceram o acesso à propriedade da terra, articuladas numa espécie de “engenharia social”, que fixou definitivamente a grande maioria dos imigrantes às terras, a partir de assentamentos, experiência que se diferencia do tradicional modelo agrário brasileiro, amplamente dominado pelo latifúndio. Isso implicou a vida tanto de imigrantes quanto de grupos já estabelecidos, notadamente as populações indígenas e caboclas. Por fim, figura um conjunto de fontes diplomáticas publicado sobretudo nas revistas do Ministério das Relações Exteriores: “Bollettino Consolare” (1861-1887), “Bollettino del Ministero degli Esteri” (a partir de 1888) e “Bollettino dell’Emigrazione” (após 1902). |
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Julho 2023
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