RESUMO
o objetivo deste artigo é explicar de que forma comerciantes ingleses, estabelecidos em Parnaíba (PI), porto exportador e importador, articularam a integração da economia do Piauí a partir do século XVIII; e explicar como a economia do Piauí se articulava, por intermédio desses comerciantes, notadamente a Casa Inglesa, ao mercado nacional e à economia internacional. Palavras-chave: Comércio. Comerciantes. Ingleses. Informe Econômico, ano 16, n. 31, jun. 2014. RESUMO
Amuletos islâmicos de papel, com versículos do Qurʾān ou outros textos mágico-religiosos em escrita árabe, eram de amplo uso entre pessoas africanas no Brasil do século XIX. Este artigo oferece uma análise detalhada dos textos árabes em manuscritos talismânicos colecionados pelo médico e antropólogo baiano Raimundo Nina Rodrigues (1862-1906), que foram descritos e reproduzidos em seu livro Os africanos no Brasil, publicado postumamente em 1932. A análise inclui reconstruções e traduções dos textos árabes e sua localização no contexto da tradição islâmica, comparando-os a outros manuscritos do Brasil e da África Ocidental. Finalmente, o artigo propõe um novo inventário dos amuletos árabes da coleção Nina Rodrigues. Palavras-chave: Amuletos islâmicos. Pessoas africanas no Brasil. Manuscritos árabes. Malês. Qurʾān. Afro-Ásia, n. 61, (2020), pp. 78-117. In: REIS, João José. Rebelião escrava no Brasil: a história do levante dos malês em 1835. Edição Revista e Ampliada, São Paulo: Companhia das Letras, 2003, p. 158-214.
RESUMO
O presente artigo pretende destacar a ambiguidade da comunidade portuguesa em relação a esse tráfico de trabalhadores, uma hora apoiando e fazendo uso dele e, em outro momento, movendo protestos e tecendo críticas nos jornais ao que eles chegaram a denominar “escravatura branca”. Nas fimbrias desse processo estão, além dos referidos trabalhadores, a própria comunidade portuguesa, negociantes lusitanos dos dois lados do Atlântico e o Consulado Português da cidade do Recife. XXVII Simpósio Nacional de História - Conhecimento histórico e diálogo social - Natal (RN) - 22 a 26 de julho de 2013. RESUMO
O presente trabalho é parte de uma investigação que teve como problema de pesquisa a produção da presença chinesa a partir do campo econômico na cidade de Aracaju. Este texto tem por objetivo analisar os discursos e percursos que estão relacionados à presença chinesa na cidade de Aracaju, especialmente no campo econômico, com o auxílio da noção de processos identitários. A partir de fontes documentais, entrevistas semiestruturadas e da observação direta, concluiu-se que a presença chinesa é construída a partir da percepção e representação dos atores sociais nos embates do campo econômico. O “ser chinês” é construído por meio de autonomeações e heteronomeações, um jogo no qual os chineses se nomeiam e são nomeados. Palavras-chave: Imigração Chinesa; Processos Identitários; Campo Econômico; Aracaju. TOMO, n. 26, Jan./Jun. 2015. RESUMO
Desde a diáspora os hábitos e costumes alimentares dos judeus têm variado muito conforme às necessidades de adaptações, os períodos históricos e os locais onde os judeus se estabeleceram. Da relação dialética da tradição judaica com a história, resulta uma diversidade de hábitos e costumes gastronômicos regidos sempre pela Torá, livro sagrado dos judeus. Na cidade do Recife, Pernambuco, foi inaugurada a primeira sinagoga das Américas no século XVII. Por causa da inquisição católica no Brasil, em especial no nordeste, muitas famílias judias se mudaram para a nova Amsterdã, hoje conhecida como Nova York, outros foram para a zona da mata e sertão nordestino, onde praticamente exerciam a atividade de produção de açúcar. A fixação dos judeus e seus descendentes no nordeste provavelmente possibilitou o surgimento de novas preparações culinárias como a carne de sol, para retirada dos resíduos de sangue; o beiju em substituição do matzá, oferecido no Pessach e o tcholent, que influenciou a feijoada nordestina. Em decorrência da fundamentação religiosa, cultural, econômica e política, a culinária judaica no nordeste brasileiro, incorporou os ingredientes locais, se adaptou e influenciou gerações posteriores de descendentes e não descendentes, contribuindo na construção de uma culinária nordestina em formação, mas mesmo sendo forçados à adaptação de sua culinária, estes se mantiveram fiéis aos rituais judaicos da culinária kasher. Palavras-chave: Culinária judaica, alimento kasher, sinagoga Kahal Zur Israel. Revista, SENAC, vol. 1, n. 248a61, 2013. RESUMO
O presente artigo tem como objeto principal os mecanismos de solidariedade étnica/nacional acionados em contextos imigratórios. Os estudos sobre chineses e sul coreanos que deram origem ao artigo foram realizados entre os anos de 2011 e 2018 na cidade de Aracaju, capital do Estado de Sergipe. Para o desenvolvimento destes estudos, foram realizadas revisão bibliográfica, observação direta e entrevistas em profundidade. Os dois grupos de imigrantes se estabeleceram no comércio local por meio de atividades ligadas à venda de produtos importados e lanchonetes. A presença destes dois grupos em Aracaju se deu por meio de fluxos migratórios indiretos, de modo que antes de se estabelecerem na capital sergipana, passaram por outras cidades, em especial São Paulo. Esta trajetória revela uma dupla mobilidade, a geográfica e a social, já que a vinda para Aracaju está associada às oportunidades de passarem da condição de empregados para proprietários de estabelecimentos comerciais. O duplo processo de mobilidade é sustentado por mecanismos de solidariedade étnica/nacional acionados a partir das relações de parentesco e amizade, com base no uso do idioma e tradições culturais, tais como poupança e capitalização financeira. Este processo se desdobra, novamente, em outra dupla dinâmica, que diferencia chineses e sul-coreanos de brasileiros, de modo a produzir práticas sociais e culturais e sentimentos de pertencimentos e, ao mesmo tempo, hierarquias internas no grupo, através de papeis familiares e de classe. Palavras-chave: Imigração. Chineses. Sul-coreanos. Mecanismos de solidariedade étnica/nacional. Aracaju. PLURAL, Revista do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da USP, São Paulo, v. 27.1, jan./jul., 2020, p. 90-113. "O trabalho aqui apresentado é parte de uma pesquisa mais ampla, onde se investiga a existência de um modo judeu de uso e apropriação do espaço urbano e sua expressão na escolha e transformação de parte do bairro da Boa Vista, na cidade do Recife, entre as duas Guerras Mundiais. A pesquisa, desenvolvida no Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Urbano na Universidade Federal de Pernambuco, pretende contribuir para a construção de um conceito de lugar judeu que se aplique a essa parte da cidade entre os anos de 1914 e 1939."
In: LEWIN, H., Coord. Agradecimento. In: Identidade e cidadania: como se expressa o judaísmo brasileiro, Rio de Janeiro: Centro Edelstein de Pesquisas Sociais, 2009, pp. 581-597. Resumo
Este trabalho tem como objetivo analisar o poder político a partir de sua positividade. Nesse sentido, buscamos entender, numa perspectiva foucaultiana, as manifestações do poder que não se restrinjam aos seus aspectos meramente repressivos, de interdição, mas, sobretudo, às estratégias políticas associadas à produção dos discursos. Para tanto, consideramos questões relacionadas à Segunda Guerra Mundial, especificamente no que se refere à construção do inimigo político e à criação, em Pernambuco, do Campo de Concentração Chã de Estevão, que, durante o conflito mundial, confinou pretensos nazistas. Nas pesquisas que realizamos sobre a temática, observamos como o Estado utilizou os diversos estratagemas que compõem as ações políticas, especialmente por se tratar de um governo de exceção disposto a legitimar, através de intensa propaganda de massas, os ideários estado-novistas. A Segunda Guerra Mundial inseriu-se, assim, neste contexto, bem como diversas medidas direcionadas aos chamados à época “súditos do Eixo”. Palavras-chave: Pernambuco, nazismo, espionagem, Estado Novo Anais do V Colóquio de História "Perspectivas Históricas: historiografia, pesquisa e patrimônio", 16, 17, 18 de novembro de 2011, UNICAP, Recife (PE). |
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