RESUMO
Desde a diáspora os hábitos e costumes alimentares dos judeus têm variado muito conforme às necessidades de adaptações, os períodos históricos e os locais onde os judeus se estabeleceram. Da relação dialética da tradição judaica com a história, resulta uma diversidade de hábitos e costumes gastronômicos regidos sempre pela Torá, livro sagrado dos judeus. Na cidade do Recife, Pernambuco, foi inaugurada a primeira sinagoga das Américas no século XVII. Por causa da inquisição católica no Brasil, em especial no nordeste, muitas famílias judias se mudaram para a nova Amsterdã, hoje conhecida como Nova York, outros foram para a zona da mata e sertão nordestino, onde praticamente exerciam a atividade de produção de açúcar. A fixação dos judeus e seus descendentes no nordeste provavelmente possibilitou o surgimento de novas preparações culinárias como a carne de sol, para retirada dos resíduos de sangue; o beiju em substituição do matzá, oferecido no Pessach e o tcholent, que influenciou a feijoada nordestina. Em decorrência da fundamentação religiosa, cultural, econômica e política, a culinária judaica no nordeste brasileiro, incorporou os ingredientes locais, se adaptou e influenciou gerações posteriores de descendentes e não descendentes, contribuindo na construção de uma culinária nordestina em formação, mas mesmo sendo forçados à adaptação de sua culinária, estes se mantiveram fiéis aos rituais judaicos da culinária kasher. Palavras-chave: Culinária judaica, alimento kasher, sinagoga Kahal Zur Israel. Revista, SENAC, vol. 1, n. 248a61, 2013. Your comment will be posted after it is approved.
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