RESUMO
Nesta pesquisa pretendemos evidenciar de modo geral como a obra de Nabokov aborda a experiência do exílio. Sabemos que o próprio Nabokov fez parte da diáspora, tornando-se um white émigré ao sair da Rússia com a ascensão do regime socialista em 1917. Nossa hipótese é que a obra de Nabokov aborda a situação do white émigré de duas formas: de modo referencial no conjunto da obra e de forma alegórica em Lolita (1955). Enquanto referencial teórico, recorremos aos estudos de Brah (2002), Proffer (1994) e Said (2003). Palavras-chave: Literatura. Nabokov. Obra. Diáspora. Exílio. Todas as Letras, São Paulo, v. 22, n. 3, p. 1-8, set.qdez. 2020. RESUMO
Ferreira de Castro (1888‒1974) e José Rodrigues Miguéis (1901–1980) viveram intensamente a experiência da emigração (no Brasil e nos Estados Unidos, respectivamente) que se transpuseram para a sua obra. Neste artigo, tomando como corpus central o romance Emigrantes de Ferreira de Castro e Gente da Terceira Classe de Rodrigues Miguéis, analisaremos, numa perspectiva comparatista os retratos do “emigrante português”, delineados em confronto com a realidade estrangeira, com o “Outro”, através da instauração de um processo de alteridade. Principiaremos por analisar as investigações das viagens rumo ao “Eldorado”, para depois nos determinarmos na dicotomia entre a unidade e as diferenças culturais encontradas no “novo mundo” e, por fim, atentaremos no modo como as conexões existentes entre a pátria de origem e a de Acolhimento, aliadas à possibilidade / impossibilidade de um regresso, poderá contribuir para a construção de novas identidades. Assim, tentaremos compreender em que medida estas imagens, construídas a partir de dicotomias como a chegada / partida, ilusão / desilusão, integração / desintegração, diversidade / unidade poderão refletir estereótipos enraizados num imaginário cultural ou assumir uma dimensão pessoal e original. Palavras-chave: diáspora, emigração, literatura portuguesa, estereótipo, Rodrigues Miguéis, Ferreira de Castro InterDISCIPLINARY Journal of Portuguese diaspora Studies, vol. 1(2012). RESUMEN
En este artículo, que fue originalmente una charla, analizo lo que significa escribir a la intemperie en situación de diáspora, con la memoria y el afecto puestos en la querencia, en el lugar de origen. A partir de un recuento de los textos que forman parte de la antología Escribir afuera. Cuentos de intemperies y querencias, me pregunto lo que significa para el campo cultural venezolano este devenir expatriado —o devenir extraviado, para usar la expresión de Kristeva— por el que se está enfilando la literatura venezolana. Pienso además en los modos en los que se está produciendo en nuestro campo literario una mutación definitiva que creo que hay que estudiar –e incluso celebrar– dejando a un lado nuestros esquemas previos sobre lo que fue alguna vez relevante en el ámbito local. Palabras clave: cuento venezolano, diáspora venezolana, literatura de la diáspora, escribir afuera. Revista Baciyelmo, n. 3, ãno: 16. Semestre marzo-septiembre 2022. RESUMO
Resumo O trabalho discute obras de escritoras caribenhas produzidas tanto em suas nações de origem quanto nos países para os quais migraram. Ao identificar algumas das preocupações centrais das narrativas, busca delinear a experiência dessas mulheres como um documento histórico marcado pelo gênero que permite compreender mais claramente os múltiplos movimentos da diáspora caribenha. Palavras-chave: escritoras caribenhas; migração; diáspora Estudos Feministas, Florianópolis, 18(3): 336, setembro-dezembro/2010 RESUMO
Este artigo objetiva investigar a maneira em que sujeitos diaspóricos ficcionais negociam o embate entre duas culturas, já que, aparentemente, espelha “a dor daqueles que se encontram divididos entre terras natais e línguas maternas”. As implicações desta negociação na vida do imigrante são questões relevantes na escrita de Julia Alvarez, assim como na de outros escritores contemporâneos. Para tanto, a significância da escrita das reminiscências do âmbito familiar é observada como um meio de apresentar a coletividade da escrita imigrante e, mais importante, como um meio que escritores imigrantes de diferentes lugares usam para possivelmente se sentirem conectados uns com os outros. Do mesmo modo, leva-se também em consideração a questão linguística na construção da identidade imigrante, visto que a língua é um fator-chave na negociação que as personagens diaspóricas agenciam para buscar entender onde se posicionam no mundo contemporâneo. Palavras-chave: Imigração, Narrativas, Ficção, Língua, Julia Alvarez. Escripta, Belo Horizonte, v. 21, n. 42, p.259-273, 2º sem. 2017. RESUMO
Meir Kucinski (1904-1976) foi um escritor judeu de origem polonesa, imigrante brasileiro, e professor da língua e literatura ídiche no país. Neste artigo, a partir de elementos da vida e da trajetória do autor, e da leitura e análise de alguns de seus textos e contos traduzidos ao português – mormente os presentes no livro Imigrantes, mascates e doutores ‒ organizado por Rifka Berezin e Hadassa Cytrynowicz ‒, pretende-se investigar elementos da relação de Kucinski com o ambiente do "novo mundo" onde se encontra: a vida comunitária, cultural e intelectual da diáspora judaica no Brasil, as reminiscências do passado europeu presentes em sua literatura, o convívio com o Brasil e os brasileiros, e a opção pela manutenção da escrita literária em ídiche, mesmo com o franco declínio da língua, em número de escritores, falantes e ouvintes, a partir de meados do século XX. Nossa proposta envolverá a leitura detida e análise de contos e outros textos do autor ‒ alguns inclusive de caráter autobiográfico ‒, bem como a fortuna crítica sobre o seu trabalho; buscando situá-lo em seu contexto sociocultural bem como explorar a relação de sua literatura com sua "fonte", a literatura ídiche europeia, bem como as transformações e peculiaridades que envolvem seu contato com a diáspora judaica brasileira, resultado de sua migração. Palavras-chave: Ídiche, Meir Kucinski, Diáspora Arquivo Maaravi: Revista Digital de Estudos Judaicos da UFMG, Belo Horizonte, v. 17, n. 33, novembro 2023. "toda odisseia tem um final feliz? (a propósito de poesia e diáspora)", por aimée g. bolaños8/2/2024 RESUMO
O conceito de diáspora, no contexto pós-colonial, alcança renovados significados. A partir das propostas de clássicos da diáspora e das contribuições do pensamento quebequense e cubano atuais, são estudados diversos entendimentos de viagem como modalidade discursiva metafórica da modernidade tardia, assim como a noção de sujeito migrante, referido ao mundo transnacional e suas identidades transculturais. A partir desse matizado corpus teórico, leio textos de Juana Rosa Pita, Carlota Caulfield e Alina Galliano, representativos da prática criativa da poesia feminina cubana com seus múltiplos focos dispersos pelo mundo, analisando, sobretudo, as escrituras ficcionais do eu na destrascendentalização da origem e na criação de novos modos de autoprodução cultural, contribuições principais da estética da diáspora contemporânea. Palavras-chave: diáspora, viagem transcultural, poesia Aletria, v. 22, n. 3, set.-dez, 2012. "uma voz da diáspora haitiana na literatura migrante do quebec", por maria bernadette velloso porto8/2/2024 RESUMO
Apoiando-se na análise dos livros Passages (1994) e Repérages (2001), do escritor haitiano Émile Ollivier, nome representativo das identidades em trânsito da contemporaneidade, pretende-se refletir sobre a inscrição de um “entre-dois” produtivo no corpus escolhido. Trata-se de levar em conta a pluralidade de imaginários do pertencimento (SIMON, 2004) e a situação paratópica do autor (MAINGUENEAU, 2001) que conferem à sua escrita um caráter particular e significativo no âmbito da chamada literatura migrante do Quebec, onde, até recentemente, a identidade era vista pelas elites como homogeneidade (BOUCHARD, 2000). Palavras-Chave: Literatura, Migrações Caribenhas, Identidade Revista Brasileira do Caribe, Goiânia, vol. VIII, n. 15, julio-dezembro 2007, pp. 109-135. |
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