SINOPSE Em meados da década 30, a história tomava um rumo diferente com a ascensão do regime comunista em vários países. Situada no Leste Europeu, a Ucrânia, que fazia parte da extinta União Soviética (URSS), possuía um grupo de cristãos que eram perseguidos por não abandonarem a sua fé. Conheça a história da família Samoylenko no documentário "Vidas Entre Páginas", uma família que encontrou um meio diferenciado de propagar o evangelho, mesmo com o risco de perder a vida de seus membros. SINOPSE Estações de trens lotadas, filas de carros na direção da saída, e voluntários à espera em algum lugar do outro lado da fronteira. Estas cenas se tornaram comuns. Quanto mais a guerra avança, mais se acentua uma crise humanitária. Desde que a Ucrânia foi invadida pela Rússia, milhares de ucranianos estão deixando suas casas. No começo, em direção a outras partes da Ucrânia. Depois, com o acirramento do conflito, rumo a outros países. A União Europeia acredita que a guerra na Ucrânia pode acabar gerando a maior onda de refugiados de sua história. RESUMO
As vilas mineradoras de Arroio dos Ratos e Butiá, no Rio Grande do Sul, eram, na primeira metade do século XX, uma das maiores concentrações de trabalhadores do sul do Brasil. Com cerca de 7 mil operários concentrados, a região foi líder na produção brasileira de carvão mineral até o fi m da II Guerra Mundial. Ao fi nal do confl ito, mesmo com a queda da demanda pelo produto, houve um grande incentivo à imigração de refugiados europeus, em especial russos, poloneses, alemães, ucranianos e outros. Tal contexto gerou um aumento na concentração de nacionalidades e etnias nas vilas, bem com um incremento nos mecanismos de controle da mão de obra, incluindo a classifi cação dos trabalhadores em “bons”, “regulares” e “maus” pelas grandes empresas mineradoras. A partir da documentação empresarial até então inédita, este estudo analisa o processo de “importação” dos trabalhadores via instrumentos diplomáticos e governamentais e as estratégias de comando patronais, bem como experiências de resistência e de adaptação dos operários ao cotidiano extremamente insalubre das minas de carvão. Palavras-chave: trabalho, imigração, mineiros de carvão. Varia História, Belo Horizonte, vol. 37, n. 74, p. 565-590, Maio/Ago. 2021. RESUMO
Migração, diáspora e identidade são temas que marcam a história da humanidade e que devem ser sempre revisitados, especialmente nos momentos em que a democracia parece estar em perigo. Neste artigo, buscamos compreender como as mudanças identitárias do imigrante deslocado de guerra e seus descendentes são representados literariamente a partir da análise das obras Circle of Amber e El nombre prestado. O primeiro, escrito pela australiana Jura Reilly, foi publicado em 2016, e o segundo, da lavra da escritora paraguaia Susana Gertopán, foi lançado no ano 2000. Apesar da distância temporal, linguística e geográfica, há pontos que os aproximam: ambos não foram traduzidos para o português e uma das temáticas das narrativas se centra no debate da situação do descendente do imigrante cujos pais foram deportados de guerra, vítimas do comunismo, no primeiro caso, e do nazismo, no segundo. PALAVRAS-CHAVE: Migração; Diáspora; Identidade; Susana Gertopán; Jura Reilly. Em Tese, Belo Horizonte, v. 27, Set.-Dez. 2021, p. 211-229. "A imigração polonesa para o Brasil e particularmente para São Paulo, insere-se no conjunto das entradas do grupo conhecido como “deslocados de guerra” (displaced persons), entrados entre 1947 e 1951, no contexto dos Acordos firmados entre o Brasil e a International Refugees Organization (IRO). Constituídos por nacionalidades presentes na Alemanha e na Áustria no final da guerra, os deslocados de guerra caracterizam-se pela saída forçada de seus países e pelo trabalho forçado nos campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial."
Anais do XXVI Simpósio Nacional de História - ANPUH - São Paulo, Julho 2011. "Na Província de Cabo Delgado vai uma parte de Moçambique esvaida em sangue, em consequência de uma guerra cruel, movida por seres estranhos contra populações inocentes e indefesas. Os números das vítimas, cada dia mais difíceis de controlar, dizem-nos que metade da população da província deixou de ter direito à vida, com o risco de seguir a sorte de vários milhares, entretanto mortos, com a mesma frieza com que nos talhos se esquartejam animais. Em Fevereiro de 2021, o Escritório da Organização das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (UNOCHA) revelou que cerca de 1,3 milhão de pessoas precisam urgentemente de assistência humanitária e protecção nas províncias de Cabo Delgado, Niassa e Nampula, devido aos ataques terroristas na província de Cabo Delgado. Numa nota de imprensa divulgada no dia 23 de Fevereiro, a organização avança que perto de 670 mil pessoas deslocaram-se das suas zonas de origem para outros pontos das províncias de Cabo Delgado, Niassa e Nampula. Citando dados da ACLED (Armed Conflict Location & Event Data Project), um projecto desagregado de colecta de dados, análise e mapeamento de crises, estima que mais de 570 incidentes violentos terão sido registados no ano de 2020, na província de Cabo Delgado. No conjunto dos casos relacionados com os ataques terroristas e que preocupam aquela agência das Nações Unidas estão os assassinatos, decapitações e sequestros que, segundo a ACLED, expandiram-se geograficamente e aumentaram de intensidade em 2020. A UNOCHA garante que cerca de 950 mil pessoas estejam a passar fome nas províncias de Cabo Delgado, Niassa e Nampula, visto que o conflito e os deslocamentos repetidos destruíram os meios de subsistência e perturbaram os mercados. Porém, por detrás e muito para além dos números, estão em causa pessoas. Seres humanos. Homens, Mulheres e Crianças. Com nomes próprios. Que vivem ou viviam em aldeias conhecidas, também com nomes e historia."
RESUMO
A investigação acerca das pessoas deslocadas internamente (isto é, no interior dos seus países, mas fora dos seus espaços de vida habituais) se mostra um desafio, em virtude dos volumes de pessoas actualmente envolvidas e das condições com que se confrontam, da incapacidade (ou desinteresse) dos Estados nacionais em garantir protecção aos seus cidadãos, e do princípio de neutralidade internacional, que dificilmente permite intervenções externas no sentido da salvaguarda dos direitos humanos. Este artigo discute as categorizações adoptadas, as normas jurídicas existentes e o quadro institucional vigente no que se refere à protecção das pessoas deslocadas internamente, faz um paralelo com os refugiados, analisa o conceito de Estado soberano e a noção do não intervencionismo. Argumenta-se a possibilidade de uma esfera pública transnacional como possível mediadora entre Estado e cidadãos. Palavras-chave: pessoas deslocadas internamente, esfera pública transnacional, refugiados, soberania, Estado, intervencionismo, protecção internacional. Sociologia, Problemas e Práticas, n. 66, 2011, pp. 117-134. "A chegada de barcos tradicionais a vela transportando cada um cerca de 30 à 40 pessoas nas margens do bairro Paquitequete em Pemba, capital da Província de Cabo Delgado, tornou-se um cenário recorrente no imaginário coletivo, dentro e fora de Moçambique1 . Pessoas desalojadas procuram por protecção contra os ataques violentos que estão a acontecer em toda a área nordeste de Cabo Delgado desde outubro de 2017. Muitos procuraram refúgio em capitais de distritos como Mocímboa da Praia, mas quando estes distritos se tornaram muito perigosos, eles optaram por se refugiar no arquipélago das Quirimbas. Desde os recentes ataques às ilhas, tem-se observado em Pemba um significativo incremento no fluxo de Deslocados Internos (IDPs). A dinâmica de deslocamento está agora a afectar também as províncias de Nampula e Niassa, e o conflito está a se espalhar pela Tanzânia."
SINOPSE
A Revolta dos Malês, ocorrida em 1835, marca significativamente o universo Afro Islâmico. Negros alfabetizados, que não aceitaram serem subordinados a senhores de escravos. No Islam, a escravidão é proibida, pois o homem deve servir apenas a Deus. Neste documentário, as expressões estéticas e narrativas entre o povo de santo e os muçulmanos se cruzam, trazendo outras versões que nos fazem adentrar outras histórias, que não sejam apenas as ``oficiais``, mas também, aquelas que nos são contadas por meio de mitos e que enriquecem este universo mágico que permeia a vida dos malês/muçulmanos. Ficha técnica: NTSC, COR, 30min , 2015. Direção, produção e pesquisa: Francirosy Campos Barbosa Ilustrações: Arieh Wagner Roteiro: Francirosy Campos Barbosa Edição: Ricardo Dionísio e Francirosy Campos Barbosa Trilha sonora: Mario Aphonso (Zikir Trio) Imagens: Aílton Pinheir, Fernanda Frasca e Vítor Grunvald Realização: Laboratório de Imagem e Som em Antropologia (LISA-USP) Projeto temático FAPESP ``A experiência do filme na antropologia`` |
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Julho 2023
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