"o centenário do tratado de amizade, comércio e navegação entre brasil e japão", por masato ninomiya27/4/2021 "O Tratado de Amizade, Comércio e Navegação entre o Brasil e o Japão foi celebrado em Paris no dia 5 de novembro de 1895, entre os ministros plenipotenciários dos dois países acreditados junto ao governo francês. Pretendemos, neste trabalho, examinar as situações políticas e diplomáticas do Brasil e do Japão à época da assinatura desse tratado, que marcou o início das relações que persistem até os dias de hoje, com exceção dos anos da Segunda Guerra Mundial."
Revista USP, São Paulo, (28): 245-250, Dezembro/Fevereiro 95/96. RESUMO
O artigo discute a imigração portuguesa para a capital do Estado do Pará, Belém, no período da economia da borracha. A temática é analisada a partir da problematização do uso das habilitações consulares, observando suas potencialidades e seus limites para o estudo da imigração portuguesa no que diz respeito aos seus números e perfis. E, ainda, cruzar as habilitações consulares com outras fontes para discutir a dinâmica e o trânsito de indivíduos e famílias que aportaram em terras amazônicas. Palavras-chave: imigração portuguesa; Amazônia; economia da borracha Estudos Ibero-Americanos, Porto Alegre, v. 42, n. 1, p. 232-254, Jan.-Abr. 2016. "O fenômeno migratório que, no final do século XIX e início do século XX, movimentou milhares de europeus em direção à América, vinculou-se às mudanças estruturais que ocorriam "no mundo ocidental, em decorrência da expansão do capitalismo, e às novas formas de produção que então serão adotadas” (GIRON, 1980:47). A imigração italiana, ocorrida no Rio Grande do Sul, a partir de 1875, inseriu-se nesse contexto. Foi um movimento populacional que se encadeou a interesses, tanto do governo brasileiro quanto do italiano."
Anais do XXVI Simpósio Nacional de História - ANPUH, São Paulo, Julho 2011. RESUMO
Os imigrantes italianos, chegados ao Rio Grande do Sul a partir de 1875 para dar início à colonização agrícola do nordeste e do centro do Estado, haviam saído de um país recentemente unificado, no qual a construção de uma identidade nacional ainda estava em curso. Aqui, no contato com outras etnias, abandonaram a identificação coletiva que os ligava às aldeias de origem em favor de uma identidade étnica italiana. A maior parte dos trabalhos que abordam a temática da construção da identidade entre os imigrantes italianos e seus descendentes no Rio Grande do Sul sustenta que a catolicidade era o principal meio de identificação coletiva. Neste artigo buscamos, através da análise de memórias e de cartas de imigrantes e agentes consulares italianos, compreender como se deu o processo de construção da identidade coletiva antes que a atuação da Igreja Católica calasse a corrente anticlerical dentro da comunidade italiana no nosso estado. A invenção da tradição não se faz do nada, como sustenta Hobsbawm. É fato que a maior parte dos imigrantes italianos era fervorosamente católica e pouco interessada pelo Estado nacional italiano. Porém, uma identidade católica e avessa ao nacionalismo, construída pela historiografia patrocinada pelo clero católico, praticamente apagou a existência de elementos ligados ao nacionalismo e ao anticlericalismo. É justamente a atuação desse grupo que nos propomos a estudar até o ano de 1918, pois, no decorrer da Primeira Guerra Mundial, foram feitas as primeiras tentativas de nacionalização dos imigrantes, por parte do Estado e da Igreja. Palavras-chave: imigração, colonização, identidade. História UNISINOS, 11(1): 49-57, Janeiro/Abril, 2007 RESUMO
O presente texto tem o objetivo de refletir sobre a atuação do consulado polonês como órgão oficial da comunidade de saída – pós-reunificação, sediado em Curitiba - PR e, assim, dos agentes consulares em relação às iniciativas escolares étnicas dos migrantes no Brasil, em suas organizações de sociedades de apoio particulares, comunitárias e confessionais, na primeira metade do século 20. Tais iniciativas eram permeadas por discursos e negociações entre a comunidade de saída, sob a emergência de construções nacionais e intenções de estabelecer colônias ultramarinas, e o contexto local. Nesta complexa rede de relações e negociações, as interferências consulares são efetivas em relação aos delineamentos educacionais escolares dos migrantes e descendentes e os objetivos destes espaços culturais e de poder. Palavras-chave: migrantes poloneses. escolas étnicas polonesas. consulado polonês no Brasil. "...a meta de resgatar fielmente os acontecimentos do passado é, no mínimo , um a ilusão. Resta somente a tentativa de reconstruir, na medida do possível, fragmentos do passado. E mesmo assim, com a consciência de que muito pode estar sendo omitido, seja por ter sido excluído da memória , seja pelo próprio olhar do historiador, já tão carregado de memórias.
Este artigo se propõe a pensar estas questões através do relato histórico de u m conflito entre imigrantes e fazendeiros de café na região de Campinas na década de 1870." Textos Hist. 2(3), (1994): 68-84. "O livro que ora se apresenta se originou da tese de doutorado 'O Brasil, o Império Otomano e a Sociedade Internacional: Contrastes e Conexões', defendida no Programa de Pós -Graduação em História, Política e Bens Culturais da Fundação Getúlio Vargas em agosto de 2012. A pesquisa em questão envolveu seis meses de estudos e investigação intensa na Turquia, além de ampla pesquisa em acervos brasileiros e participação em eventos acadêmicos internacionais.
O interesse pelo tema, surgiu, sobretudo, pela ampla discussão a respeito das mudanças na Ordem Global no novo milênio, em que se testemunhava um relativo declínio da Europa e a ascensão de países emergentes tais como Brasil e Turquia. No caso da última, seu ativismo diplomático chegou a ser denominado de 'neo-otomanista', por reativar conexões do passado imperial. Como já dito por Benedetto Croce, toda história é contemporânea. Olhamos para o passado a fim de responder a importantes questões do presente. Este livro se volta ao século XIX para evidenciar o modo que o Brasil e o Império Otomano negociaram acesso e reconhecimento de uma sociedade internacional de cunho europeu e em vias de expansão global. Ambas eram entidades que se buscavam estabelecer como independentes em um sistema profundamente marcado pela assimetria de poder, status e ranking. No processo, desenvolveram instrumentos para aceder ao mundo da diplomacia e conectaram -se por força de vetores materiais como comércio e migrações, mas também imagens e o perfil de suas representações diplomáticas. As perguntas de pesquisa propostas são: como o Brasil e o Império Otomano negociaram acesso à sociedade internacional dos estados soberanos centrada na Europa? Quais resultados esperados e inesperados surgiram desse processo? Como e por que esse período coincidiu com o aparecimento das primeiras conexões entre essas entidades periféricas? Meu objetivo é avaliar as relações do Brasil e do Império Otomano com a sociedade internacional no período que vai de 1850 a 1919, e estudar o início do contato entre ambos. Por um lado, mostro que o exercício de busca por adesão aos rituais, práticas e símbolos diplomáticos europeus criou relações assimétricas com o centro da sociedade internacional europeia. Por outro, revelo como esse processo deu origem a contatos diplomáticos entre as duas entidades, que rapidamente seriam assoberbadas por levas imigratórias. Ao fazê-lo, sugiro que o processo de transformação da sociedade internacional europeia em sociedade internacional global deve ser compreendido, em boa medida, como uma dinâmica que gerou fluxos entre países do hoje chamado Sul Global, um aspecto do processo de globalização da sociedade internacional que a literatura especializada tende a ignorar devido à ênfase quase exclusiva no alargamento do escopo imperial do centro europeu do sistema internacional da época." Apresentação, por Renato Pinto Venãncio (ECI-UFMG)
"Este site disponibiliza exemplares do periódico Inventários e Testamentos, do Arquivo Público do Estado de São Paulo-APESP, digitalizados com recursos de Bolsa produtividade 1D-CNPQ. Os volumes aqui disponiblizados encontram-se na Biblioteca do Arquivo Público Mineiro. Tal publicação consiste em transcrições de testamentos e inventários post-mortem paulistas dos séculos XVI e XVII. Este acervo é de fundamental importância não só em relação à história de São Paulo, como também de Minas Gerais, servindo de fonte para se conhecer diferentes apectos da vida sócio-econômica e da cultural material do Brasil dos séculos XVI e XVII. Como se trata de periódico de instituição pública, esses volumes não estão sujeitos a direitos autorais. Ademais, a presente iniciativa tem fins educativos e científicos. A relevância desse projeto decorre da constatação de que a coleção Inventários e Testamentos ainda não estar disponível na Internet, conforme consulta realizada nas seguintes bases de dados (...) Os 31 volumes disponibilizados foram publicados entre 1920 e 1940, correspondendo a cerca de 15.000 páginas digitalizadas. Os procedimentos de digitalização adotados seguiram a recomendação do Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ, 2010). Foram geradas imagens TIFF e JPEG, depois compactadas como PDF e submetidas ao reconhecimento ótico de caracteres (OCR). Originalmente, essa iniciativa voltava-se para identificação de acervos bibliográficos existentes no Arquivo Público Mineiro, visando sua preservação por meio da reformatação digital. Em decorrência da pandemia de Covid-19, tal iniciativa associou-se ao esforço emergencial de proporcionar acesso a fontes de pesquisas, para investigadores que não podem acessar coleções presencialmente, em razão de as instituições que as detêm não estarem funcionando regularmente." RESUMO
Neste artigo, temos como objetivo discutir os (des)caminhos da identidade ucraniana articulada a valores da língua ucraniana e da religião católica do rito ucraniano em uma comunidade rural multilíngue (português, brasileiro e ucraniano) de um município do Sudeste do estado do Paraná, no Sul do Brasil. Os dados discutidos são resultantes de uma etnografia da linguagem (SEMECHECHEM, 2016) e foram gerados por meio de observação participante, registro em diários de campo, entrevistas e gravações em áudio e vídeo. A perspectiva teórico-metodológica compreende multilinguismo como um conjunto de recursos comunicativos ideologicamente carregados (HELLER, 2007) que constitui o repertório linguístico das pessoas (BLOMMAERT, 2010) e que está articulado com identidades sociais (BUCHOLTZ; HALL, 2004, 2005, 2008; OLIVEIRA, 2000). Os resultados da análise mostraram que os participantes consideram as práticas linguísticas em língua ucraniana local como símbolo de pertencimento e de identidade de ucraniedade. Essa identidade está associada à etnicidade, à religião, ao trabalho rural e à língua ucraniana e representa o que é ser ucraniano de uma comunidade rural no interior do Brasil. Palavras-chave: Língua ucraniana. Identidade. Ucraniedade. Gragoatá, Niterói, v. 22, n. 42, p. 416-434, jan.-abr. 2017. "que língua é essa, a do sujeito imigrante italiano?", por viviane teresinha biacchi brust20/4/2021 RESUMO
Estas reflexões têm como referencial algumas questões linguísticas que afetam o sujeito imigrante italiano (e seus descendentes) da Quarta Colônia de Imigração Italiana1 dentro de uma perspectiva discursiva. Objetivamos enfocar o que é e como se constitui essa língua do imigrante/da imigração, passadas décadas do processo de assentamento dos estrangeiros que falavam a língua italiana no Brasil, país falante de língua portuguesa, o qual impôs a esses sujeitos a necessidade de apreendê-la, em função de sua política linguística. Propomos, neste texto, portanto, pensar em que lugar poderíamos colocar o que nomeamos como língua de areia, uma língua que não é mais italiana ou portuguesa, tampouco sua intersecção, mas que, pelo político, se faz presente na/pela memória da/na língua de hoje, na referida região do estado do RS. Palavras-chave: Discurso; Sujeito; História; Imigrante; Língua de areia. Estudos Linguísticos, São Paulo, 44(3): p. 1227-1236, set.-dez. 2015. |
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