Estimados e estimadas,
Na terça-feira, dia 15, foi enviada a última newsletter deste ano. As próximas começam a ser enviadas a partir de janeiro. Neste intervalo, estão todos convidados a acompanhar o Imigração Histórica pelo site ou pelas redes sociais. Estou escrevendo para transmitir, de coração, meus melhores votos e sinceros agradecimentos a todos vocês. Este ano foi dramaticamente moldado pela pandemia COVID-19, e ainda continuamos atentos e focados na segurança da nossa família, dos amigos e de todas as pessoas, pois a pandemia continua a ter um impacto a curto e longo prazos. Apesar de todos os desafios, acredito que temos muitos motivos para ter enorme orgulho de nossas realizações, nossos laços são mais fortes do que pensamos e mais fortes do que tudo aquilo que às vezes nos divide. É fundamental que nos esforcemos para ter consideração: prestar atenção, ouvir verdadeiramente e mostrar compreensão pelo outro. Ao entrarmos em um ano novo, somos desafiados a abraçar o novo; precisamos de coragem. O desejo mais sincero que posso fazer a todos neste Natal e Ano Novo é que nos livremos deste terrível coronavírus, e possamos voltar às nossas vidas anteriores o mais rápido possível. Vivemos em uma época de turbulência, dinâmica e contraditória, mas podemos e devemos fazer de tudo para que nossas vidas mudem para melhor. Boas festas a todos e todas! Abraços fraternos e gratidão. Rosane Teixeira #COVID-FREE2021 "insalubridade, doenças e imigração: visões alemães sobre o brasil", por karen macknow lisboa15/12/2020 RESUMO
No contexto do Império alemão até a ascensão do nazismo e o III Reich, o texto investiga o tema da insalubridade, do aclimatamento e das doenças no Brasil em escritos de viajantes de língua alemã envolvidos com a questão imigratória. Por um lado, o Brasil era considerado um país bastante adequado para imigrar – sobretudo quando comparado com a África e os EUA –, por outro, o clima e a ameaça de doenças tais como febre amarela, malária, tuberculose, verminoses, bem como pragas de insetos e animais peçonhentos, podiam afugentar imigrantes. Pergunta-se como autores de diferentes perfis – ‘políticos coloniais’, imigrantes, literatos em sua imigração forçada e cientistas – abordam essas ‘ameaças’, considerando que terão como leitores (potenciais) imigrantes. Palavras-chave: escritos de viagem; imigração alemã e Brasil; insalubridade; clima; 1890-1940 História, Ciências, Saúde -Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1, jan.-mar. 2013, p. 119-139. RESUMO
No século XIX, o Brasil recebeu inúmeros viajantes estrangeiros. Raríssimos brasileiros fizeram a travessia no sentido inverso. Nísia Floresta, conhecida precursora do feminismo no Brasil, constitui uma exceção. Destacou-se igualmente por seu pioneirismo enquanto viajante, mulher e brasileira na Europa, onde viverá por quase trinta anos, tendo-se radicado na França. Do relato das viagens e do exílio resultaram quatro obras escritas diretamente em francês e publicadas em Paris. Trata-se de um caso raro na literatura brasileira de escrita migrante, quando se adota uma língua estrangeira como língua de criação. Neste artigo, a partir das obras originais, analisamos a maneira como a educadora e escritora potiguar aborda sua experiência da viagem e do exílio; os aspectos interculturais presentes na comparação entre os diversos países visitados e sua terra natal; a crítica à visão dos estrangeiros que percorreram o Brasil. A erudita escritora elenca referências a autores e autoras, em sua maioria franceses, com os quais estabelece inequívocas relações intertextuais. Por fim, observaremos em que medida os textos de Nísia Floresta constituem, ou não, um contra-discurso em relação ao discurso dos viajantes europeus sobre seu país. Palavras-chave: Nísia Floresta. Viajantes estrangeiros no Brasil. Viajantes brasileiros na Europa. Análise intercultural. Relações culturais Brasil-França. Revista do Centro de Pesquisa e Formação, n. 3, novembro 2016, p. 22-44. RESUMO
Neste trabalho será realizada uma abordagem das relações entre o relato de viagem e as diversas experiências de imigrantes croatas no Brasil. Especificamente, trataremos das experiências migratórias ocorridas entre 1850 e o fim da Primeira Guerra mundial (até 1918), arco temporal tido como o primeiro período de imigração croata para o país. Nesse sentido, foram abordados os relatos, as histórias e dados referentes aos imigrantes croatas que chegaram com passaportes do Império Austro-Húngaro, sendo registrados, desta forma, como “austríacos”. Trata-se de três relatos: de imigrantes croatas produzido e publicado por uma agência propagandista de navegação, de um imigrante regressado que volta alguns meses após a sua chegada na nova terra e de viajantes exploradores contratados pelo Governo brasileiro para mapearem o Estado do Mato Grosso. O nosso quadro teórico-metodológico se baseia na historiografia croata sobre o século XIX e sobre as causas de emigração; e na historiografia brasileira, que trata do mesmo período em que procuramos entender as razões que caracterizam a sua imigração e o contato com a população já presente. Além disso, utilizamo-nos de autores que abordam os relatos de viagem e as imagens, entraves e questionamentos que eles nos trazem em nossa tentativa de analisar os relatos vinculados à imigração em sua multiplicidade. Palavras-Chave: Relatos de viagem; Viajantes; Imigração croata; Império Austro-Húngaro; Propaganda imigratória Epígrafe, São Paulo, v. 5, n. 5, pp. 139-172, 2018 RESUMO
A vinda dos imigrantes estrangeiros, incluídos os alemães, à província do Espírito Santo, na segunda metade do século XIX, que pretendia a ocupação e o uso produtivo da terra, deu-se com o enfrentamento de muitas e severas dificuldades de ordens econômica, política, social e cultural. Entre tantos problemas, havia também grandes necessidades na área da saúde, especialmente no tratamento das doenças e moléstias. O presente artigo objetiva analisar quais foram as principais ocorrências dos “males nos trópicos” entre os imigrantes alemães e seus descendentes nos primeiros anos de sua chegada ao Espírito Santo, especialmente com base no relatório do representante do Governo Suíço, Barão Johann Jakob Von Tschudi, em visita à província, no ano de 1860. Palavras-chave: relatório, doenças, imigrantes, Johann Von Tschudi, Espírito Santo. Revista del CESLA, núm. 22, 2018. "São Leopoldo pelo olhar dos viajantes: 1834-1906", por Eloísa Helena capovilla da luz ramos15/12/2020 RESUMO
O trabalho pretende ver a cidade de São Leopoldo no Sul do Brasil, através do relato de viajantes europeus e latino-americanos que a percorreram entre os anos de 1834 e 1906. Na perspectiva do “olhar estrangeiro”, alguns marcadores podem ser destacados da vila e depois cidade de São Leopoldo entre os quais o que a distinguia como uma “cidade alemã”. Contribuiu para a construção desta visão entre outros aspectos, o uso da língua alemã (dialetos) e a forma como os imigrantes organizavam e usavam a cidade e seu entorno, quer para o trabalho, quer para o lazer e a sociabilidade. Palavras-chave: São Leopoldo. Viajantes. Olhar estrangeiro. Cidade alemã Estudos Ibero-Americanos, PUCRS, v. 38, supl., p. S240-S252, nov. 2012. RESUMO
Ricardo D’Elia escreveu um relato de viagem onde narra a sua experiência na América do Sul no período de 1888 a 1906. Seu relato inicia na sua partida na Itália, com referências a sua vivência no Uruguai, Argentina e Paraguai. No Brasil, trabalhou em Cuiabá, Rio Grande e finalmente na colônia de Jaguari, município de São Vicente (RS). Pode-se identificar a formação de redes sociais e de cadeias migratórias, o estabelecimento profissional nas diferentes cidades, a presença de competição entre os médicos italianos, a luta para o reconhecimento social e profissional, as profissões dentro da mesma família, como medicina e farmácia, a importância das novas especialidades médicas, a convivência com curandeiros e os chamados médicos homeopatas, e a ocorrência frequente de itinerância entre os médicos. No relato é salientado o imaginário envolvendo a imigração para o Brasil, as políticas de acolhimento que determinavam as facilidades de recepção do imigrante no Brasil comparado aos outros países do Prata. Palavras chaves: relato de viagem- médicos italianos- história da medicina Anais do X Encontro de História - "O Brasil no Sul: cruzando fronteiras entre o regional e o nacional", 26 a 30 de julho de 2010, Santa Maria (RS), Universidade Federal de Santa Maria, UFSM, Centro Universitário Franciscano - UNIFRA RESUMO
No presente artigo, registramos a história da revista brasileira em língua alemã Sankt Paulusblatt, criada em 1912, com redação em Porto Alegre, para ser o veículo oficial de comunicação da Sociedade União Popular – entidade católica focada no desenvolvimento das colônias teuto-brasileiras – e de seus associados. A revista é a única sobrevivente de um contexto em que, entre 1852 e 1941, circularam 144 jornais e revistas em língua alemã no Rio Grande do Sul. Para atingir nosso objetivo, analisamos dois exemplares de cada ano da publicação, em cem anos de existência, definindo o escopo entre 1912 e 2012. Nossa pesquisa é de natureza descritivo-analítica, propondo uma divisão da Sankt Paulusblatt em cinco fases, ressaltando os principais temas e seções em cada uma delas. Pela primeira vez, a publicação é pesquisada do ponto de vista de comunicação social. Palavras-chave: História da imprensa. Imigração alemã. Imprensa em língua alemã. Imprensa e religião. Revista. Conexão - Comunicação e Cultura, UCS, Caxias do Sul, v. 15, n. 30, jul./dez. 2016, p. 88-110. RESUMO
Este artigo tem como objetivo descrever e analisar a produção intelectual dos imigrantes árabes no Brasil através das mídias impressas publicadas por esta comunidade na primeira metade do século XX e identificar o perfil político presente nestes periódicos. A partir de um pesquisa histórica e bibliográfica, oriunda de um trabalho de tese em Comunicação e Cultura, e de análises realizadas por outros pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento, este texto busca também traçar e interpretar a partir de um olhar científico comunicacional as formas pelas quais estes imigrantes transformaram e, principalmente, representaram discursivamente a experiência migratória na diáspora através da mídia impressa. Os intelectuais árabes que aqui permaneceram são, em grande maioria, provenientes da Grande Síria e foram influenciados diretamente pelos ideais do Renascimento da arte e da cultura árabe, a Al Nahda. Logo, neste período, formaram novas redes de comunicações transnacionais que simultaneamente tratavam de questões de cunho político em seus países de origem e serviam como veículos de socialização nos novos espaços urbanos locais. Palavras-chave: comunicação; Migrações Transnacionais; história da mídia; diáspora árabe moderna. Revista Pauta Geral - Estudos em Jornalismo, Ponta Grossa, e2016342, p. 1-15, 2020. |
Categorias
Tudo
arquivos
Julho 2023
|