RESUMO
A partir das crises econômicas de 2008 e 2012, a América do Sul tem se colocado no centro de dois booms imigratórios de diferentes origens: os Estados Unidos, Europa Ocidental, África Ocidental, Sudeste Asiático e Oriente Médio. Famílias de refugiados, migrantes econômicos e ambientais e solicitantes de asilo chegaram aos territórios dos doze países do continente e ressignificaram o papel das fronteiras terrestres da Amazônia, do Pampa e dos Andes, antes, rotas de migração interna inexpressiva, hoje, inseridas nas rotas migratórias internacionais e transnacionais. Recebendo cerca de um milhão de famílias de migrantes, a América do Sul e seus policy makers estatais observaram novos grupos de imigrantes - no sentido de nacionalidade, etnia e religião - contrastando com suas populações locais. Apesar disso, as práticas estatais permaneceram as mesmas em relação à recepção e inserção dessas famílias migratórias transnacionais na sociedade, no mercado de trabalho e na integração coletiva. Desta forma, esse artigo analisará os padrões e tendências das “novas” famílias globais que chegam na América do Sul, a partir dos seguintes casos principais que orientam esses padrões de migração familiar: cubanos, haitianos, senegaleses, sírios e migrantes do sudeste asiático, que estão no topo do ranking dos booms de imigração acima mencionados. Além disso, outros grupos migratórios internos relevantes, como bolivianos e venezuelanos, também serão considerados. Palavras-chave: Migrantes, Famílias, Transnacionalismo, América do Sul, Práticas. Século XXI, Revista de Ciências Sociais, v. 8, n. 1, p. 47-4, jan.-jun. 2018. RESUMO
Este trabalho etnográfico descreve a socialização de 12 famílias brasileiras residentes nos Estados Unidos diante de uma nova língua/ cultura. Foi investigada a competência comunicativa nas duas línguas em cinco domínios sociais. Verificou-se, em crianças/adolescentes, a manifestação do “bilingüismo subtrativo”. Formas de ação exercidas pelos pais são reveladas como esforços para assegurar a preservação da língua materna; a igreja e a televisão brasileira demonstram exercer papel relevante no sentido de promover “aulas de conversação” em português. Palavras-chave: Imigrantes brasileiros. Bilinguismo. Preservação da língua materna. Cad. Cedes, Campinas, vol. 24, n. 63, p. 149-163, maio-ago. 2004. "famílias imigrantes e escolas em barcelona: expectativas e realidades", por graça dos santos costa29/7/2022 RESUMO
O presente artigo apresenta alguns dos resultados da pesquisa de doutorado intitulada “Diálogo família e escola em contexto de diversidade”, realizada no Departamento de Didática e Organização Educativa da Universidade de Barcelona. O foco principal da pesquisa foi analisar as formas de comunicação entre famílias latinoamericanas e escolas catalanas para alcançar o apoio educativo dos menores imigrantes; descrever, compreender e interpretar as representações das famílias e de professores/a de educação primária acerca da comunicação em contexto de diversidade cultural e as implicações destas representações para o processo de construção do diálogo intercultural. O estudo de uma temática desta natureza se faz relevante dentro do âmbito das políticas global, nacional e local, através do desafio posto para a convivência e o diálogo intercultural em âmbito geral, em particular, no âmbito da educação. Palavras-chave: Escola; Família; Imigrações; Diálogo Intercultural. Rev. Inter. Mob. Hum., Brasília, ano XX, n. 38, p. 141-162. "..." In: SCOTT, Ana Silva Volpi et al. (Orgs.). História da família no Brasil Meridional: temas e perspectivas. São Leopoldo: Oikos. Editora UNISINOS, 2014, p. 291-316.
RESUMO
Este artigo discute a presença de imigrantes chineses no Brasil, a partir das memórias da família Lee/TaGein, que chegaram ao Brasil entre as décadas de 50 e 70, estabelecendo-se no estado de São Paulo. A abordagem desafia a popular representação dos imigrantes na historiografia brasileira que se concentra em estudos sobre imigrantes italianos, espanhóis, e de certa forma perifericamente nos japoneses e libaneses, negligenciou a participação de imigrantes chineses nos movimentos migratórios que marcaram a história do país a partir do último quartel do século XIX na primeira metade do século XX. Desafia ainda a ideia de importância quantitativa, que atribui aos grupos de maior expressão numérica uma importância histórica mais relevante, ao enfatizar a micro história e a importância das memórias de imigrantes para entender a composição do tecido social brasileiro. Uma breve discussão sobre a produção acadêmica sobre estes imigrantes no Brasil revela que a maioria dos estudos não estão situados na historiografia, contudo, qualquer estudo sobre a presença chinesa no Brasil tem, de alguma forma, que evidenciar a trajetória desta corrente migratória. Na história, a análise transnacional provou-se essencial para o entendimento dos elementos em jogo no processo migratório: a conjuntura histórica na China, no Brasil e em parte as experiências em países como os Estados Unidos, ajudam a entender o processo. No cerne, está a conexão entre as memórias familiares e a história de dois países: a China e o Brasil. Palavras-chave: Imigração; Chineses; Memórias, História Transnacional, Micro História. Revista de Ciências Humanas e Sociais, vol. 4, n. 2, jan.-jul. 2018. "..." In: SCOTT, Ana Silva Volpi et al. (Orgs.). História da família no Brasil Meridional: temas e perspectivas. São Leopoldo: Oikos. Editora UNISINOS, 2014, p. 317-335.
RESUMO
Tendo em vista o aumento da procura por informações históricas e culturais da Croácia, em especial por aqueles com ascendentes em países membros do antigo Império Austro-Húngaro, aliado ao fato da escassez de trabalhos publicados nesta área devido à sua complexidade ou à indisponibilidade de literatura, apresento de forma concisa elementos que definem a situação da Croácia desde meados do século XIX até as primeiras décadas do século XX. Este período compreende sua primeira fase de imigração ao Brasil, bem como as características do “austríaco-croata” e o estabelecimento destes em São Paulo, em especial no núcleo colonial de Pariquera-Açu. Utilizo como modelo uma família de emigrantes da Eslavônia, região no leste da Croácia, porém, o artigo menciona fatos históricos mais abrangentes para que outros pesquisadores possam ter uma visão geral das origens, destinos e características destes imigrantes no intuito de localiza-los no Estado de São Paulo. Revista da ASBRAP, n. 27, 2020, p. 151-199. RESUMO In: SCOTT, Ana Silvia Volpi et al. (Orgs.). História da família no Brasil Meridional: temas e perspectivas. São Leopoldo: Oikos; Editora UNISINOS, 2014, p. 291-316.
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