RESUMO
Este artigo discute a presença de imigrantes chineses no Brasil, a partir das memórias da família Lee/TaGein, que chegaram ao Brasil entre as décadas de 50 e 70, estabelecendo-se no estado de São Paulo. A abordagem desafia a popular representação dos imigrantes na historiografia brasileira que se concentra em estudos sobre imigrantes italianos, espanhóis, e de certa forma perifericamente nos japoneses e libaneses, negligenciou a participação de imigrantes chineses nos movimentos migratórios que marcaram a história do país a partir do último quartel do século XIX na primeira metade do século XX. Desafia ainda a ideia de importância quantitativa, que atribui aos grupos de maior expressão numérica uma importância histórica mais relevante, ao enfatizar a micro história e a importância das memórias de imigrantes para entender a composição do tecido social brasileiro. Uma breve discussão sobre a produção acadêmica sobre estes imigrantes no Brasil revela que a maioria dos estudos não estão situados na historiografia, contudo, qualquer estudo sobre a presença chinesa no Brasil tem, de alguma forma, que evidenciar a trajetória desta corrente migratória. Na história, a análise transnacional provou-se essencial para o entendimento dos elementos em jogo no processo migratório: a conjuntura histórica na China, no Brasil e em parte as experiências em países como os Estados Unidos, ajudam a entender o processo. No cerne, está a conexão entre as memórias familiares e a história de dois países: a China e o Brasil. Palavras-chave: Imigração; Chineses; Memórias, História Transnacional, Micro História. Revista de Ciências Humanas e Sociais, vol. 4, n. 2, jan.-jul. 2018. O seu comentário será publicado depois de ser aprovado.
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