RESUMO
Ferreira de Castro (1888‒1974) e José Rodrigues Miguéis (1901–1980) viveram intensamente a experiência da emigração (no Brasil e nos Estados Unidos, respectivamente) que se transpuseram para a sua obra. Neste artigo, tomando como corpus central o romance Emigrantes de Ferreira de Castro e Gente da Terceira Classe de Rodrigues Miguéis, analisaremos, numa perspectiva comparatista os retratos do “emigrante português”, delineados em confronto com a realidade estrangeira, com o “Outro”, através da instauração de um processo de alteridade. Principiaremos por analisar as investigações das viagens rumo ao “Eldorado”, para depois nos determinarmos na dicotomia entre a unidade e as diferenças culturais encontradas no “novo mundo” e, por fim, atentaremos no modo como as conexões existentes entre a pátria de origem e a de Acolhimento, aliadas à possibilidade / impossibilidade de um regresso, poderá contribuir para a construção de novas identidades. Assim, tentaremos compreender em que medida estas imagens, construídas a partir de dicotomias como a chegada / partida, ilusão / desilusão, integração / desintegração, diversidade / unidade poderão refletir estereótipos enraizados num imaginário cultural ou assumir uma dimensão pessoal e original. Palavras-chave: diáspora, emigração, literatura portuguesa, estereótipo, Rodrigues Miguéis, Ferreira de Castro InterDISCIPLINARY Journal of Portuguese diaspora Studies, vol. 1(2012). O seu comentário será publicado depois de ser aprovado.
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Fevereiro 2024
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