RESUMO
Este trabalho visa analisar a prática de casamentos “por fotografia” entre imigrantes japoneses que se estabeleceram em Taperoá-Ba na segunda metade do século XX, considerando a complexa relação de identidade e gênero que permeava essa prática. Interessa-nos compreender as circunstâncias que motivaram a ocorrência desse fenômeno, tendo em vista os critérios definidores dessa forma de matrimônio. Desse modo, pretende-se adensar as reflexões sobre a temática mencionada, no sentido de expandir as arestas da história da imigração japonesa na Bahia, pois, a partir do que indicam as fontes, a prática de casamentos “por fotografia” ou “por correspondência” - denominada de “Picture Brides” ou “Hannayumis” - também repercutiu na vida de famílias que se fixaram longe dos grandes núcleos da imigração japonesa no Brasil. As memórias são vestígios valiosos para esta pesquisa, uma vez que foram elas que me instigaram e conduziram até este tema, quando realizei algumas entrevistas durante o processo de construção da monografia. Do ponto de vista metodológico, pretendo orientar-me pela interlocução entre as fontes identificadas (orais, cartas, fotografias, periódicos) e a produção bibliográfica que versa sobre a imigração japonesa no Brasil e no Baixo Sul, bem como aqueles que discutem sobre o fenômeno das “Picture Brides” ou “Hannayumis”. Palavras-chave: Imigração, Casamento, Identidade, Gênero. XX REDOR - Encontro da Rede Feminista Norte e Nordeste de Estudos e Pesquisas sobre Mulher e Relações de Gênero, 4 a 7 de dezembro de 2018, UFBA, Salvador (BA). "trajetórias, narrativas e memórias de imigrantes libaneses no ceará", por ruben maciel franklin8/8/2020 Resumo
No presente artigo, utilizamos as memórias de descendentes libaneses, nascidos em Fortaleza-CE, enquanto arcabouço documental para empreendermos a discussão acerca de vínculos familiares e de conterraneidade explorados pelos imigrantes na decisão de deslocarem-se do Líbano e, em algum momento, optarem pelo Ceará em seus projetos de vida. Com isso, podemos alcançar as múltiplas movimentações em que esses sujeitos estavam envolvidos, tanto no estado como nas mais diversas cidades brasileiras, através de contatos e interações emergidas no processo imigratório. As memórias, nesse âmbito, são percorridas levando-se em conta todo o material afetivo e “nostálgico” presentes nas narrativas dos descendentes, atendo-se igualmente ao fato de que as mesmas são demarcadas por “esquecimentos” e elaboradas a partir de identidades sociais postuladas dentro das famílias. Palavras-chave: Imigrantes. Libaneses. Memórias. Revista Brasileira de História & Ciências Sociais, vol. 3, n. 6, Dezembro de 2011. "No seu escudo loce a cruz de Santiago, como o Celta, o Compostela ou o Racing de Ferrol. Tamén a bandeira galega, como o Deportivo, co que chegou a compartir uniforme. Con diferentes versións ao longo da súa historia pero sempre coas cores azul e branca presentes, "em referência à bandeira da Galícia". É "o clube dos galegos no Brasil", un histórico equipo que celebra este ano o seu 85º aniversario loitando por recuperar glorias pasadas e por difundir a súa historia no país no que se inspira." "recife entra em campo: história social do futebol recifense 1905-1937", por lima y eduardo28/6/2020 "Este artigo encontra-se dividido em dois momentos. No primeiro a discussão será pautada pela chegada do futebol na capital pernambucana e de como essa exportação do futebol se insere no processo da expansão do sistema capitalista na cidade do Recife. No segundo momento pretendemos analisar o caminho que percorre o futebol no Recife, a formação dos clubes, o aumento do interesse por parte da população, a busca por um espaço dentre os praticantes do esporte, todo esse processo culminando em tentativas de institucionalização e normatização do esporte, sendo a Liga Sportiva Pernambucana(LSP) a mais famosa delas."
XIV Jornadas Interescuelas/Departamentos de Historia. Departamento de Historia de la Facultad de Filosofía y Letras. Universidad Nacional de Cuyo, Mendoza, 2013. RESUMO
Desde as últimas décadas do século XIX Salvador foi o destino escolhido por muitos galegos que cruzaram o Oceano Atlântico em busca do sonho de “conquistar a América”. Na capital baiana estes imigrantes sentiram as diferenças entre a sociedade galega e a soteropolitana, principalmente em relação a língua, aos hábitos alimentares e ao tratamento hostil e preconceituoso dispensado, bilateralmente, entre os imigrantes galegos e os soteropolitanos. Os galegos se destacaram nos setores do comércio, construção civil, hotelaria e alimentação, sobretudo nos armazéns de secos e molhados. O período das intensas levas migratórias para a Bahia, abarcando os processos adaptativos na nova sociedade, é debatido em pesquisas das Ciências Sociais, no entanto, nada foi escrito sobre os hábitos alimentares deste grupo de imigrantes e seus descendentes na Bahia. Neste sentido, esta pesquisa apresenta-se inédita e analisa a alimentação dos imigrantes galegos e seus descendentes que moram em Salvador. Buscou-se responder o que eles comem cotidianamente e nos dias festivos, assim como os cardápios familiares e os públicos. Foram entrevistados imigrantes galegos residentes em Salvador, descendentes das segundas e terceiras gerações, cônjuges não-galegos dos imigrantes e galegos retornados da imigração a capital baiana. Neste trabalho apresentam-se os hábitos alimentares dos imigrantes e descendentes de galegos, a preservação da galeguidade em Salvador, os pratos-totem eleitos pelos grupos familiares e associações, a transmissão alimentar e a reprodução social do grupo. Também são observados os hábitos alimentares dos galegos na Galícia, assim como os reflexos da crise econômica nas mesas e nos crescentes índices de transtornos alimentares. Palavras-chave: Alimentação. Imigração. Hábitos alimentares. Identidade étnica. Galeguidade. RESUMO
No mundo contemporâneo, a cozinha chinesa está sofrendo diversas adaptações. Muitos pratos símbolos da “chinesidade” são produtos da culinária de diferentes regiões da China adaptados às preferências alimentares dos comedores do país de abrigo, não sendo mais identificados como pertencentes à sua cozinha pelos chineses. O objetivo deste trabalho é compreender a formação da cozinha chinesa em Salvador-BA, tendo como objeto a comida servida nos restaurantes chineses do Centro dessa cidade e a comida consumida por seus proprietários. Para esses imigrantes, a comida que se vende como chinesa não é a mesma que se come como tal, são duas preparações distintas que representam uma mesma cozinha. Na sua comida, os chineses revivem suas memórias, marcam seu espaço no novo território, constroem seu futuro, onde o novo e o velho se mesclam, onde os limites são fluídos e as fronteiras entre o eu e o outro se confundem. Palavras-chave: migração internacional - comportamento alimentar - culinária. Afro-Ásia, 58 (2018), 119-153. "Caminhos identitários: imigrantes portugueses em Pernambuco", por wilza betania dos santos24/5/2020 RESUMO
A comunidade portuguesa em Pernambuco vivenciou uma nova fase de sua história a partir da criação do Gabinete Português de Leitura (GPL-PE) em 3 de novembro de 1850. O GPL-PE foi a primeira associação que formalizou os laços de pertencimento da comunidade portuguesa. A partir dele, outras instituições portuguesas foram constituídas. Foi em torno desse gabinete que se viu primeiramente surgir as discussões sobre a identidade do imigrante português. Este artigo objetiva compreender como os discursos sobre a identidade do imigrante português em Pernambuco foram (re)construídos e quais os caminhos percorridos por essa comunidade para (re)significar a imagem de colonizador-explorador para a de imigrante-construtor da nova nação brasileira. Analisando-se as variações dos discursos produzidos pelo próprio português no processo que (re)significaram sua identidade em Pernambuco entre 1850 e 1921. Palavras-chave: Imigrante português - Identidades - Gabinete Português de Leitura - Tricentenário Camoniano - Pernambuco rev. hist. (São Paulo), n. 177, a00717, 2018. "Em Pernambuco, o senhor Kubo construiu há quase 50 anos sua Hiroshima particular: uma chácara às margens da PE-85, em Barra de Guabiraba, a 110 km do Recife. Diferente da Hiroshima do pós-guerra, que teve de se reerguer em meio aos destroços, a Hiroshima pernambucana foi criada em um mundo novo, pouco povoado, cheio de verde e longe do caos urbano, sendo mantida por décadas como espaço de cultivo de flores. Com chuvas regulares e uma altitude de mais de 450 metros acima do nível do mar, o município que fica na transição da Zona da Mata para o Agreste apresentava o terreno ideal para a produção. 'Você precisa de um clima mais frio para as flores temperadas, como rosa, crisântemo, gipsofila, que o povo daqui não plantava', conta. Casado com uma pernambucana, teve três filhos, dois homens e uma mulher."
"O Recife é uma das cidades brasileiras que reúnem um dos mais preciosos acervos desse elemento arquitetônico, com obras em estilos tradicionais e modernos".
"Estudiosa do tema, há décadas, Suely [Cisneiros] explica que o Recife, como o Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre, é uma das cidades que reúnem um dos mais preciosos acervos em vitrais do país. Diz, também, que nessas capitais eles se multiplicaram “devido às mudanças sociais e, sobretudo, econômicas, que representaram a ascensão de grupos ou classes, e a fixação de artistas nesses estados”, a exemplo do que aconteceu com a vinda e permanência de Heinrich Moser no Recife, a partir de 1910. (...) Até hoje, em várias localidades recifenses, em espaços públicos ou privados, é possível encontrar obras de Conrado Sorgenicht, Heinrich Moser, Aurora de Lima, da Oficina de Gastão Formenti, Marianne Peretti, Suely Cisneiros, e mesmo de Francisco Brennand, que emprestou seus traços para a confecção de um vitral que adorna a escadaria principal da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), no Bongi, zona oeste do Recife." Revista Continente, CEPE, ed. 132, dez. 2011 LER MATÉRIA |
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