RESUMO
O artigo tem como objetivo refletir sobre as dinâmicas de usos de TICs e de experiências de ativismo de mulheres haitianas no Brasil, no contexto de intensificação dos fluxos de imigração oriunda do Haiti a partir de 2010 e de surgimento de espaços comunicacionais de ações coletivas desse grupo migratório. Fundamentado no campo conceitual de interface entre migração transnacional feminina e comunicação, o trabalho proposto constrói-se a partir de uma metodologia de caráter qualitativo que abrangeu a realização de cinco entrevistas com imigrantes haitianas nos estados brasileiros de São Paulo e Santa Catarina e a observação e a coleta de materiais sobre suas experiências de ativismo na internet. Os resultados apontam para o exercício de um ativismo demarcado por três perspectivas: a relevância da educação nos processos de participação pública dessas mulheres, a ocupação e criação de espaços midiáticos para tratar da realidade da imigração haitiana no Brasil e os condicionamentos de gênero para o engajamento das imigrantes em ações ativistas. Palabras chave: imigração haitiana, gênero, ativismos, TICs. RAEIC, Revista de la Asociación Española de Investigación de la Comunicación, vol. 7, núm. 12 (2020), 24-29. RESUMO
O presente artigo traz, de forma modesta, algumas reflexões sobre a mulher imigrante latina no Brasil. Apresenta o fluxo migratório como um movimento de geração de diferenças e identidades que exige nova base teórica e empírica para ser compreendido. Dessa forma, procura compreender o fenômeno da migração em outra base teóricometodológica permitindo-nos investigar a condição da mulher imigrante no contexto social brasileiro como sujeito ativo, contrariando o estereótipo da mulher migrante como dependente e passiva. PALAVRAS-CHAVE: Brasil. Migração. Mulher. Cadernos de Gênero e Diversidade, vol. 03, n. 01, jan-abr, 2017, p. 114-136. "Todos os anos, milhares de pessoas expulsas da Ásia e da África atravessam a América Latina procurando o norte como andorinhas desorientadas devido a um clima alterado. Como consequência, quase todos os governos dificultam desnecessariamente a jornada já dolorosa desses seres humanos extraordinários, colocando-os em risco constante. Esta pesquisa colaborativa e internacional conta a história de suas passagens por nossos países. (...) Migrantes de Otro Mundo é uma investigação conjunta transfronteiriça realizada pelo Centro Latino-Americano de Investigação Jornalística (CLIP), Occrp , Animal Político (México) e pela mídia regional mexicana Chiapas Paralelo e Voz Alterna dos Periodistas Vermelhos de uma Torta; Univision Noticias (Estados Unidos), Factum Magazine (El Salvador); La Voz de Guanacaste (Costa Rica); Repórter de Profissão da TV Globo (Brasil); La Prensa (Panamá); Semana (Colômbia); O Universo (Equador); Efeito Cocuyo(Venezuela); e Colheita de Anfíbios / Vermelho (Argentina), Bellingcat (Reino Unido), The Confluence Media (Índia), Record Nepal (Nepal), The Museba Project (Camarões). A Avina Foundation e a Seattle International Foundation deram um apoio especial." A Revista "O Malho" começou a circular no Rio de Janeiro em 1902. Ela se destacou por suas charges, críticas e piadas sobre a vida política do país. Em seus fascículos, encontram-se estampadas referências à imigração e aos imigrantes estrangeiros.
"charlie hebdo gera nova polêmica com charges sobre imigrantes", por globo.com-g1, 15/09/20155/7/2020 "Semanário francês publicou charge com desenho de menino sírio afogado. Publicação foi alvo de ataque de militantes islâmicos em janeiro." O semanário satírico francês Charlie Hebdo flertou com a polêmica mais uma vez ao publicar charges que criticam a reação dos países europeus predominantemente cristãos à onda de imigrantes de zonas de guerra sobretudo muçulmanas, como Síria e Iraque.
A publicação se tornou um símbolo da liberdade de expressão depois de ser alvo de um ataque de militantes islâmicos em janeiro passado por ter publicado charges debochando do profetá Maomé. A edição mais recente do semanário atraiu novas atenções – e críticas nas redes sociais. Um dos desenhos é a representação da foto chocante de Aylan Kurdi, o menino sírio encontrado morto em uma praia da Turquia depois de uma tentativa fracassada de cruzar o Mar Mediterrâneo com a família para a Grécia. A foto despertou o mundo para a crise migratória. A charge do Charlie Hebdo mostra uma criança de bermuda e camiseta, com o rosto afundado na areia, ao lado de um cartaz de propaganda divulgando promoção de duas refeições infantis pelo preço de uma. “Cheguei tão perto...”, diz o texto. Outra charge, também de autoria de um dos desenhistas que sobreviveram ao atentado à redação da revista em Paris, traz a legenda: “Uma prova de que a Europa é cristã”. Ela acompanha a imagem de uma figura semelhante a Jesus caminhando sobre a água enquanto uma figura menor de bermuda mergulha de cabeça. O primeiro diz: “Os cristãos caminham sobre a água”, e o segundo diz: “As crianças muçulmanas se afogam”. (texto extraído do Globo.com - G1) Resumo
Propõe-se neste trabalho analisar discursos sobre o imigrante, tomando-se como fundamento teórico a perspectiva bakhtiniana dialógica da linguagem, especialmente sobre a concepção de memória de futuro e estudo do enunciado. A partir de diálogos construídos na mídia jornalística sobre o imigrante, consideram-se para a análise duas charges publicadas em 2018 no jornal francês Le Monde e compartilhadas pelo blog francês GalliaWatch, que trazem como tema o episódio de salvamento de uma criança realizado pelo imigrante malinês Mamoudou Gassama em maio de 2018, na cidade de Paris. Palavras-chave: enunciado verbovisual; memória de futuro; imigração; charge; Le Monde. Rev. Estud. Ling., Belo Horizonte, v. 28, n. 1, p. 433-454, 2020. RESUMO
A partir dos anos de 1980, década em que o movimento migratório de Valadarenses rumo aos Estados Unidos deixou de ser esporádico e se transformou em um fluxo constante e crescente, a questão começou a ganhar destaque na mídia impressa local, nacional e internacional. O periódico local Diário do Rio Doce conferiu tanto destaque à questão que nos anos de 1990 lançou um personagem para homenagear os milhares de compatriotas que deixaram a terra natal rumo ao país do Tio Sam. A proposta deste artigo é fazer uma análise deste personagem, o “Capitão Dólar”, que representa o estereótipo de um valadarense deslumbrado e que vê nos Estados Unidos a melhor alternativa para uma vida melhor. Para tanto, as tirinhas serão submetidas ao procedimento de análise de conteúdo e, também será feito, a partir de um levantamento bibliográfico, um histórico sobre o território valadarense e sua relação com o fenômeno da migração internacional contemporâneo, fortemente marcado pela globalização. Palavras chave: migração internacional, Governador Valadares, Globalização Um capítulo no Anais do XIV Seminário sobre Economia Mineira [Anais do 14º Seminário de Economia de Minas Gerais], 2010 do CEDEPLAR, Universidade Federal de Minas Gerais. "Como objeto de análise optamos por observar o processo de construção das figuras do judeu e do japonês, que, desde as últimas décadas do século XIX, foram estigmatizados e tratados como “indesejáveis” e/ou como “raça inferior”. Daí as expressões: perigo semita e perigo amarelo, além de outros perigos como o perigo vermelho/comunista. Nos propomos a recuperar as matrizes desse pensamento intolerante que, certamente, colaborou para a persistência de políticas discriminatórias por parte do Estado brasileiro instigando manifestações de violência, física e/ou simbólica. Importante avaliarmos o potencial dessas imagens enquanto fontes históricas e meio de conhecimento para a reconstituição dos estigmas e estereótipos que povoam o imaginário coletivo."
Revista USP, n. 119, outubro/novembro/dezembro 2018. RESUMO
O propósito deste artigo é analisar a visão do italiano Angelo Agostini sobre a hipótese da imigração chinesa no Brasil, por meio de suas charges publicadas na Revista Ilustrada. Mesmo sabendo que o uso da mão de obra dos chineses tinha sido bem-sucedida em países como Cuba, Estados Unidos e Peru, ela ainda era um entrave por aqui. Ainda que poucos chineses tenham vindo para nosso País, essa aceitação ocorria com um fato curioso: ela tinha caráter transitório, ou seja, depois de anos de trabalho, o imigrante do Império Celeste tinha de voltar para casa. Esse caráter transitório parece ter acalmado os nervos de uma elite que tinha como objetivo obter mão de obra barata e branca, pois evitava que eles permanecessem no Brasil. Essa característica discriminatória das elites foi muito discutida, principalmente durante o Congresso Agrícola de 1878, no Rio de Janeiro, A Revista Illustrada, meio de comunicação impresso existente em fins do século XIX, demonstrou a posição de Angelo Agostini acerca do tema. Por isso, teremos como fonte da análise da questão, as charges publicadas nela. A partir de então, teremos uma base concisa para analisarmos os trabalhos de Agostini sob o prisma da imigração asiática. Palavras-chave: imigração, chineses, Angelo Agostini Oficina do Historiador, v. 12, n. 1, Jan-Jun 2019 Resumo
O artigo pretende abordar as várias formas de representação do "outro", usando como fontes: o discurso diplomático e policial, a literatura, a fotografia e a pintura, tendo como objeto de análise as figuras do cigano, do judeu e japonês que, em distintos momentos dos séculos XIX e XX, integraram os fluxos imigratórios para o Brasil. Através da reconstituição de distintas narrativas, pretendo demonstrar a força dos mitos políticos na estigmatização destes grupos étnicos-culturais tratados como "indesejáveis" e/ou como "raça inferior". Importante a recuperação das matrizes deste pensamento intolerante que, através de distintos discursos, colaborou para a persistência de processos de exclusão e manifestações de violência, simbólica e física. PALAVRAS-CHAVE: Intolerância – Representações do “outro” – Ciganos, judeus e japoneses. Navegar, vol 2, n. 2, jan-jun 2016, Jan-Jun 2016, pp. 121-143. |
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