,RESUMO
Atualmente, a maneira mais difusa de representar a imigração é aquela da metáfora de uma “invasão”, criada por diversas estruturas de poder (mídia, governos, partidos políticos). Este artigo contribui para a reflexão sobre a recepção desse discurso pelos próprios imigrantes em uma realidade delimitada, o bairro Veronetta (na cidade de Verona, Itália), escolhido entre os anos de 2015 e 2016 como campo de pesquisa para uma etnografia ao longo de quatro meses. O objetivo era entender se os imigrantes desse bairro incorporavam ou não a representação dominante sobre eles próprios ligada ao problema da segurança, da ameaça à ordem, do “roubo” dos postos de trabalho e, ainda, se viam ou não a si mesmos nessa representação, e quais as resultantes formas de resistência ou os fatores que influenciavam na reprodução de tais discursos. A escolha do campo em questão se deu através da experiência da pesquisadora como imigrante na cidade e por frequentar Veronetta que, segundo dados da Prefeitura de Verona, tem o maior índice de imigrantes por habitantes autóctones, carregando o estigma de ser um bairro “de má fama”, “perigoso” e “inseguro”. Palavras-chave: Imigração. Representação. Insegurança. Cadernos do CEON - Território, migração e diversidade, v. 31, n. 49 (Dez./2018), p. 83-91. Your comment will be posted after it is approved.
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