SINOPSE
Este trabalho estima o efeito da imigração não ibérica para o Brasil, com base em microdados históricos e contemporâneos. A base histórica engloba mais 1,7 milhão de registros de imigrantes; por sua vez, a contemporânea parte de um banco de dados com mais 165 milhões registros administrativos. O cálculo do enumeramento dos imigrantes permite afirmar que Stolz, Baten e Botelho (2013) subestimaram essa habilidade dos estrangeiros e, portanto, seu impacto no Brasil. Um algoritmo de classificação de sobrenomes categorizou a população brasileira contemporânea em grupos ancestrais. Em seguida, constroem-se então duas estimativas contrafatuais do que seria a renda per capita se nunca tivesse havido imigração não ibérica. Um contrafatual decorre da regressão dessa renda pelos percentuais de cada grupo ancestral nos municípios. O outro resulta da regressão de salários individuais sobre a ancestralidade de sobrenome de cada trabalhador. Os coeficientes obtidos em ambas são usados para estimar a renda per capita em um Brasil sem descendentes de imigrantes. Nesse caso, estimou-se que a renda per capita brasileira seria entre 12,6% e 17% menor que a hoje observada. Palavras-chave: imigração; capital humano; enumeramento. Texto para Discussão 2435, Ipea - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Brasília, novembro de 2018. Your comment will be posted after it is approved.
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Julho 2023
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