RESUMO
As migrações internacionais para o Brasil vêm recebendo destaque da imprensa nacional desde a migração em massa de haitianos e africanos a partir de 2010. Mais recentemente, outro fluxo destacado diariamente é o dos venezuelanos, categorizados entre imigrantes econômicos, refugiados e asilados políticos, que em virtude da crise política, econômica que vive a Venezuela, buscam amparo no Brasil. Assim, este artigo realiza um estudo de caso, analisando por meio de reportagem do jornal de grande circulação O Globo, as percepções dadas pelo jornalismo brasileiro em relação a esta onda migratória. Utilizando-se do conceito de remediation, mostramos que a questão migratória é exibida sob uma ótica positivista e pós-positivista por meio da imprensa brasileira. Palavras-chave: Imigração; Venezuelanos; Brasil; Remediation; Positivismo; Pós-positivismo Diálogo, Canoas, n. 37, p. 39-52, abr. 2018. RESUMO
No dia 17 de março, em Pacaraima (RR), agentes da Polícia Federal (com auxílio de agentes civis e militares) invadiram um abrigo da Pastoral do Migrante, que acolhia cerca de 55 mulheres e crianças vezuelanas. Não só as venezuelanas foram detidas e submetidas a um processo expresso de deportação, como a coordenadora do abrigo, irmã Ana Maria da Silva foi levada para prestar depoimento suspeita de cometer crime “contra a saúde pública e aglomeração”. A operação foi executada sem nenhuma espécie de mandato judicial. Palavras-chave: imigração venezuelana, Roraima, Deportações ilegais Boletim Do Comitê De Migrações E Deslocamentos Da ABA, 1(1), II. Recuperado de https://www.bcmid.ufscar.br/index.php/bcmid/article/view/4 RESUMO
Ao longo dos séculos XIX e XX, os portugueses constituíram a maioria esmagadora de imigrantes na cidade do Rio de Janeiro. Distribuídos por toda a cidade, dominaram determinados segmentos ocupacionais, com grande destaque para o comércio a varejo e para a comercialização de alimentos. Em certas áreas, constituíram poderosas redes, responsáveis por uma imigração continuada. Dentre esses “lugares” o artigo contempla, em destaque, os bairros da Tijuca (Grande Tijuca) e de São Cristóvão. Nestes, a presença portuguesa materializou-se de diferentes formas, destacando-se a construção de “casas” segundo a arquitetura dominante em determinadas regiões de Portugal e festas que se tornaram “lugares de memória”: locais de encontros sociais e de vivências culturais; presenças vivas da portugalidade recriada em terras cariocas. As fontes utilizadas foram variadas, destacando-se censos demográficos, registros iconográficos e testemunhos de comerciantes da região. Palavras-chave: imigração portuguesa, história e memória; cidade do Rio de Janeiro. Revista do Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, n. 6, 2012, p.79-95. RESUMO
Este artigo compreende o lugar como partícipe da arte iconográfica bizantina. O lugar não é apenas um dado geográfico neutro, até porque condiciona o modo de se pensar e escrever os ícones. Os ícones bizantinos eslavos têm uma história e faz parte do ofício do historiador ir à cata dos indícios de seu nascimento para, em um segundo momento, compreender a maneira como são assimilados nos espaços que ocupam. Para tanto, este artigo toma como referência o bairro Bigorrilho, em Curitiba-PR, onde se situa uma parte da comunidade ucraniana que trouxe consigo, desde a imigração, a maneira de se relacionar com o Sagrado através dos ícones bizantinos; toma como referencial teórico para suas análises os pensamentos do teólogo e historiador eslavo Leonid Uspenski. Palavras-chave: Ícones bizantinos. Comunidade étnica ucraniana. Leonid Uspenski. Londrina, v. 12, n. 18, p. 11-28, jan-jul/2016. RESUMO
O presente artigo integra uma pesquisa mais ampla sobre a importância da imigração espanhola para o desenvolvimento industrial de São Paulo. Estudo realizado na região de origem dos que partiram em busca de melhores condições de vida, a Comunidade Autônoma de Andalucia, composta pelas províncias de Almeria, Granada, Málaga, Jaén, Córdova, Cádiz, Huelva e Sevilha, a capital. A pesquisa foi realizada sob a orientação do historiador Prof. Dr. Juan Marchena Fernandez, catedrático da Universidad Pablo de Olavide, localizada em Sevilha, que sugeriu que fosse realizado um trabalho de campo na cidade mediterrânea de Motril, província de Granada, onde a população vivia da agricultura, principalmente tratando dos vinhedos para produção do vinagre, da agricultura da cana-de-açúcar e do trabalho nos engenhos para produção do açúcar. Com a crise econômica que a região vivenciou no final do século XIX e princípio do XX, motivada pela praga nos vinhedos, a filoxera, e pela decadência da produção do açúcar nos engenhos, além da preocupação das famílias em evitar que os jovens em idade do serviço militar fossem para as guerras nas colônias espanholas, a saída foi emigrar, sendo uma das alternativas a América do Sul, principalmente para São Paulo, Brasil e para o Chaco Argentino. Tal estudo teve a preocupação de se entender melhor o Bairro do Brás (e arredores), importante “locus” de fixação dos imigrantes espanhóis em São Paulo. Cadernos CERU, Série 2, vol. 33, n. 2, dez. 2022, p. 46-58. "Um comerciante japonês: história de vida no bairro oriental de são paulo", por sachio negawa30/6/2023 RESUMO
O método da história de vida traz resultados para pesquisar a migração. Mas, no caso da história de vida de imigrantes, a sua grande maioria se refere à “história de sucesso” ou à “história de insucesso” Veremos, aqui, a formação e a transformação do Bairro Oriental por meio da análise da história de vida de um comerciante japonês, aqui chamado K. Podemos apresentá-lo como a imagem de um imigrante que é diferente não só quanto ao modelo de “adaptação e assimilação” mas também ao de “sucesso” e "insucesso". Palavras-chave: migração, história de vida, bairro étnico, “sucesso” e “insucesso”, diversidade de padrão de vida. Estudos Japoneses, n. 21, pp. 101-114, 2001. In: SANTOS, Thiago Haruo; ABREU, Henrique Trindade (Org.) Afinal, o que é o brasileiro? São Paulo: Museu da Imigração do Estado de São Paulo, 2002.
RESUMO
Este artigo trata do papel dos imigrantes coreanos na consolidação do polo atacadista de moda feminina de pronta-entrega no bairro do Bom Retiro, São Paulo. Mostra a evolução histórica das confecções coreanas do bairro e as características particulares de seus negócios, destacando-se os aspectos urbano-espaciais. Palavras-chave: Bom Retiro. São Paulo. Imigração coreana. Economia étnica. Confecção. Diversidade cultural. Pós, v. 23, n. 41, São Paulo, Dezembro 2016, p. 90-107. RESUMO
Tendo como base as entrevistas realizadas com mulheres judias, filhas de imigrantes, este artigo trata das condições de vida e da adaptação de judeus imigrantes no bairro do Bom Retiro e da sociabilidade que desenvolveram entre si e com os não-judeus. Palavras-chave: Imigração judaica, Bom Retiro, Sociabilidade Cadernos CERU, série 2, n. 13, 2002, p. 47-71. ,RESUMO
Atualmente, a maneira mais difusa de representar a imigração é aquela da metáfora de uma “invasão”, criada por diversas estruturas de poder (mídia, governos, partidos políticos). Este artigo contribui para a reflexão sobre a recepção desse discurso pelos próprios imigrantes em uma realidade delimitada, o bairro Veronetta (na cidade de Verona, Itália), escolhido entre os anos de 2015 e 2016 como campo de pesquisa para uma etnografia ao longo de quatro meses. O objetivo era entender se os imigrantes desse bairro incorporavam ou não a representação dominante sobre eles próprios ligada ao problema da segurança, da ameaça à ordem, do “roubo” dos postos de trabalho e, ainda, se viam ou não a si mesmos nessa representação, e quais as resultantes formas de resistência ou os fatores que influenciavam na reprodução de tais discursos. A escolha do campo em questão se deu através da experiência da pesquisadora como imigrante na cidade e por frequentar Veronetta que, segundo dados da Prefeitura de Verona, tem o maior índice de imigrantes por habitantes autóctones, carregando o estigma de ser um bairro “de má fama”, “perigoso” e “inseguro”. Palavras-chave: Imigração. Representação. Insegurança. Cadernos do CEON - Território, migração e diversidade, v. 31, n. 49 (Dez./2018), p. 83-91. |
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