Resumo
Há uma tendência ao aumento no número de crianças que migram sozinhas tanto de maneira forçada como voluntária. Esse fenômeno é ainda pouco estudado porque a criança tende a ser considerada como um apêndice de seus familiares durante o processo migratório, não sendo reconhecida sua possibilidade de agência. Dessa forma, esse artigo, utilizando como referenciais teóricos o estudo das crianças nas Relações Internacionais e o conceito de ambivalência de Jacqueline Bhabha (2014), discute a ideia da criança migrante em uma perspectiva crítica e apresenta alguns dados sobre a migração de menores desacompanhados da América Central e México para os Estados Unidos da América. Conclui-se que as crianças devem ser entendidas como agentes de seu projeto migratório que possuem direitos que devem ser respeitados e protegidos independentemente de seu status migratório. Apenas essa perspectiva de entender a criança migrante como sujeito de direitos garantirá que as crianças latino-americanas sejam protegidas durante seu percurso migratório rumo ao Norte. Palavras-chave: Menores desacompanhados. América Central. México. Estados Unidos da América. Crianças migrantes. RIDH | Bauru, v. 5, n. 1, p. 77-96, jan./ jun., 2017 (8) O seu comentário será publicado depois de ser aprovado.
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