"Nova andaluzia: a memória da intelectualidade árabe no brasil", por marcela maria freire sanches22/9/2020 RESUMO
Esta pesquisa sobre a Nova Andaluzia tem como objetivo examinar criteriosamente a memória da intelectualidade árabe no Brasil, em particular os intelectuais que constituíram o círculo literário da Liga Andaluza, em meados do século XX. Discutimos sobre como se processou a criação de uma cidade imaginária, quer dizer, a construção de uma ilusão, a Nova Andaluzia, por intelectuais no exílio. Considerando a interpenetração de costumes, essa cidade imaginária reflete o atravessamento de vários feixes de idéias, sendo reflexo de um produto híbrido, que não possui, nem a marca puramente árabe, nem puramente brasileira. A criação de uma cidade imaginária pode ser entendida como a reação desses intelectuais ante a estranheza decorrente do exílio e do abandono forçado da terra natal. Esses intelectuais criaram um periódico, denominado Revista Liga Andaluza de Letras Árabes, que abordava questões múltiplas relacionadas à sociedade local e ao grupo étnico. No embasamento teórico dispomos dos conceitos de rizoma de G.Deleuze e F.Guattari e de identidade rizomática de E.Glissant, destacando fundamentalmente a noção de hibridez como o conceito chave no campo da memória social, útil para a compreensão da questão da imigração. Compreendemos a memória enquanto um processo de elaboração individual, quando possibilitamos a força dobra-se sobre si, ou sobre o coletivo, uma “memória gestada”, ou seja, uma memória criada, uma memória da resistência. Temos como intuito produzir reflexões referentes aos processos de criação das memórias dos imigrantes. Palavras chaves: imigrantes, memória social e identidade híbrida. Dissertação (Mestrado em Memória Social) - Universidade Federal do estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2009. O seu comentário será publicado depois de ser aprovado.
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