RESUMO
Este artigo tem por objetivo apresentar aspectos sobre os preparativos e as festividades de casamento de descendentes de imigrantes alemães na metade do século XX, no Rio Grande do Sul. Para tal, utilizam-se estudos sobre o ritual do casamento, uma entrevista realizada com o historiador Telmo Lauro Müller e a narrativa de três casais desse grupo étnico, por meio de etnografia, trazendo elementos para ponderações sobre memória, cultura e sociedade. Palavras-chave: casamento; cultura alemã; memória; narrativas. Interações, Campo Grande, MS, v. 21, n. 2, p. 331-346, abr./jun 2020. RESUMO
Os filós, encontros noturnos no interior das residências, emergiram como prática de convívio familiar e social dos imigrantes italianos no Rio Grande do Sul e se mantiveram no tempo, instituindo uma tradição. Nesse contexto, o trabalho busca analisar a prática sociocultural do filó domiciliar do ponto de vista das relações de hospitalidade. Os dados foram obtidos a partir de dois projetos de pesquisa em que se realizaram entrevistas com descendentes de imigrantes italianos na região nordeste do Rio Grande do Sul, as quais tiveram como eixo norteador vivências que marcaram as trajetórias de vida desses entrevistados. Identificou-se que, no filó, todos se tornavam acolhidos e acolhedores alternadamente, desencadeando e mantendo uma simetria relacional que oportunizava a geração de saberes e de transformações. Tinha-se, nesse encontro, um espaço privilegiado de relações de hospitalidade e um amálgama de vínculos sociais. Estas reflexões teórico-práticas integram as incursões preliminares no desenvolvimento de dissertação de mestrado na qual a temática “filó” compõe o objeto de estudo. Palavras-chave: Hospitalidade; Imigração italiana; Filó; Região Nordeste do Rio Grande do Sul. Anais do Seminário da ANPTUR, 2016. RESUMO
A partir de um conjunto variado de documentação primária, especialmente registros de proprietários de terras na colônia Dona Francisca e Joinville e o censo agrícola do Brasil de 1920, este artigo apresenta estatísticas e indicadores que permitem avaliar a estrutura fundiária e o grau de concentração da propriedade da terra na colônia Dona Francisca e Joinville no século XIX e Santa Catarina no início do século XX. As evidências apresentadas neste estudo demonstram que o tipo de colonização, o predomínio da pequena propriedade rural e a distribuição mais igualitária da terra em algumas regiões catarinenses, notadamente nas áreas de colonização europeia como Joinville, um dos maiores e mais importantes núcleos de imigração alemã do Brasil no século XIX, não impediram que Santa Catarina apresentasse índices de desigualdade fundiária semelhantes ou ainda mais elevados do que os de estados brasileiros marcados pela grande lavoura exportadora do açúcar e do café. Palavras-chave: Desigualdade fundiária. Colônia Dona Francisca. Joinville. Santa Catarina. Brasil. Estud. Econ., São Paulo, vol. 50, n. 3, p. 485-512, Jul.-Set. 2020. "Este trabalho focaliza a sistemática de concessão de terras e as práticas de ocupação de lotes configuradas como 'ilegais' na fase final do assentamento de colonos europeus na área pertencente às Colônias Itajaí e Príncipe D. Pedro, fundadas (respectivamente em 1860-1866) e administradas pela província de Santa Catarina."
Estudos Sociedade e Agricultura, 7, dezembro 1996: 29:58. RESUMO
O presente artigo tem como objetivo discutir a representação de imigrantes no sul brasileiro. A base teórica do estudo é a Historiografia Linguística e o tipo documental; o estudo tem como corpus narrativas jornalísticas veiculadas durante o período de 1900 a 2015 na imprensa catarinense. Os jornais escolhidos como fontes para a obtenção dos dados são: O Estado e Diário Catarinense. Adota-se, para o tratamento dos dados, a técnica de análise de conteúdo. Os resultados são analisados em três seções distintas. A primeira seção refere-se ao período da Primeira Campanha de Nacionalização, na qual se discute a representação de imigrantes que circulou na imprensa catarinense, e as categorias de análises foram imigrante como trabalhador útil e imigrante como elemento indesejável. A segunda refere-se ao período da Segunda Campanha de Nacionalização, tendo como categoria imigrante como elemento indesejável. A terceira intitula-se a redemocratização, com as categorias imigrante como trabalhador útil e imigrante de países pobres, pois o imigrante provém de países em dificuldades econômicas. Os resultados indicam a superação de um passado em que se proibiam as línguas imigrantes por meio decretos legislativos, para dar lugar a um contexto em que a legislação brasileira possibilita certa tolerância e proteção da diversidade linguístico-cultural existente no país. Palavras-chave: Representação de imigrante. Imprensa Catarinense. Interculturalidade. Política Linguística. Revista Entrelinhas, vol. 11, n. 12 (jul./dez. 2017). RESUMO
O texto descreve as condições econômicas e sociais nas quais os imigrantes sírios e libaneses se integraram à vida cotidiana de Porto Alegre, desde o fim da última década do século XIX, até meados do século XX. A pesquisa descreve o início da saga desses imigrantes, cuja maioria era formada por mascates e pequenos comerciantes, quando ocuparam um pequeno trecho de rua no centro da capital até o seu deslocamento para diversos bairros da cidade. Esta trajetória é marcada, no início, por condições precárias de moradia, disputas dentro do grupo e violência, para um padrão de vida pontuada pela ascensão social e mobilidade espacial que também se reflete na matricula dos seus filhos em duas das melhores instituições de ensino da capital. Palavras-chave: Imigração Sírios e libaneses Porto Alegre. Cadernos do CEOM, Chapecó (SC), v. 31, n. 49, p. 33-46, Dez./2018. RESUMO
O presente artigo apresenta uma investigação sobre o processo de inserção do português Agostinho José Pereira Lima (1816-1864) no município de Morretes, em um recorte temporal que abrange os anos de 1841 a 1851. O objetivo deste estudo é produzir um conhecimento sobre as formas de absorção e mobilidade social de imigrantes portugueses no extremo sul da Província de São Paulo na primeira metade do século XIX. Neste artigo é realizada a sustentação de três argumentos. Primeiro, compete demonstrar que a inserção de portugueses em município do litoral paulista era frequentemente uma consequência do insucesso do projeto de se enraizar na cidade do Rio de Janeiro. Tal insucesso foi uma experiência compartilhada por portugueses que eram residentes no litoral sul de São Paulo e pertenciam a diferentes gerações. Segundo, é evidenciado que a constituição de vínculos familiares com uma parentela de origem portuguesa foi de importante para a consolidação do pertencimento de Agostinho Lima naquele município. Terceiro, é demonstrado que a atuação no comércio varejista foi um fator decisivo para Lima manter vínculos sociais com parentelas de origem portuguesa que pertenciam à elite social daquela localidade. Palavras-chave: Brasil Meridional; comércio varejista; imigração portuguesa. Dimensões, vol. 44, jan.-jun. 2020, p. 211-242. RESUMO
Nosso objetivo é analisar, partindo de uma perspectiva histórica, dois processos de imigração italiana para o Rio Grande do Sul, em diferentes regiões do estado. Problematizaremos a questão do desenvolvimento econômico de uma destas regiões (a serrana) e a ascensão social dos imigrantes que para lá se deslocaram com a da região central do estado, considerada uma “imigração fracassada” do ponto de vista econômico. O diálogo entre as distintas experiências migratórias é possibilitado pelas pesquisas empíricas realizadas pelas autoras, que permitem um intercruzamento acerca dos fluxos de capital e seu itinerário. Pretende-se analisar, também, como a categoria trabalho foi acionada pelo grupo e sua importância no processo de desenvolvimento de tais regiões e na mobilidade social daqueles imigrantes e seus descendentes. Palavras-chave: Imigração; Trabalho; Identidade étnica. Rev. Inter. Mob. Hum., Brasília, Ano XVII, n. 33, p. 175-196, jul./dez. 2009. RESUMO
O presente texto busca discutir a forma como educação e imigração, especialmente de poloneses, era tratada pelos governantes da Província do Paraná, por meio da análise dos Relatórios dos Presidentes da Província, abrangendo o período de 1871, o início da imigração polonesa ao Paraná, e 1889, o fim do regime monárquico no Brasil. Para a construção deste trabalho, foi fundamental a consulta a autores como Lilian A. Wachowicz (1984), Ruy C. Wachowicz (2010), Saviani (2007), Faria Filho (1998) Miguel (1997) e Vieira (2011), além de outras fontes primárias, como a legislação educacional em vigor no período. Com a realização dessa pesquisa, foi possível observar o planejamento da imigração para a Província, os principais problemas reconhecidos na Instrução Pública do período, além das medidas tomadas ou planejadas para a melhoria do ensino entre os imigrantes. Palavras-chave: Imigração. Educação. Legislação do Ensino. Revista Diálogo Educacional, Curitiba, v. 17, n. 51, p. 81-100, jan./mar. 2017. RESUMO
O presente texto tem como objetivo analisar a relação entre educação e imigração nas Colônias alemãs de São Leopoldo, Brasil, e Valdivia, Chile. Os dois núcleos foram criados no século XIX, em 1824 e 1850, respectivamente, com o propósito de colaborar com o desenvolvimento econômico-social dos dois países, recém-independentes. O uso da metodologia da História Comparada permitiu que se aprofundasse a análise sobre o quanto a educação e a imigração estão imbricadas e moldaram a vida de imigrantes e nacionais, no Sul da América. Os resultados alcançados demonstram que os projetos voltados à imigração estiveram pautados não somente por objetivos econômicos, mas, também, culturais. Nesse quesito, a educação teve primazia ao forjar a identidade dos imigrantes e, ao mesmo tempo, propiciar os canais necessários para que, paulatinamente, dialogassem com a sociedade receptora. Palavras-chave: Educação. Imigração. História Comparada Métis: história & cultura, v. 17, n. 34, p. 271-294, jan./jun. 2018. |
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