"empreendedores culturais imigrantes em são paulo de 1950", por maria arminda do nascimento arruba14/6/2020 Resumo
Empreendedores culturais imigrantes em São Paulo de 1950 Este artigo discute as relações entre imigração, indústria, diversificação das elites e criação das instituições culturais em São Paulo nos anos de 1950, momento de intenso dinamismo da cidade que adquiria os contornos definitivos de metrópole. Como conseqüência dessas mudanças, solidificou-se a compreensão do caráter civilizatório contido no desenvolvimento cultural, estabelecendo-se franca homologia com a modernização em curso, em todas as esferas da sociedade. Na esteira dessas iniciativas, vicejaram as linguagens culturais mais renovadoras, caso do concretismo na poesia e nas artes plásticas; da dramaturgia e da cinematografia; da arquitetura, do design, da publicidade; das ciências sociais e do planejamento urbano; dos debates que grassavam em todos os campos. O vigor cultural do período forjou-se na dinâmica da modernidade burguesa, identificada com o progresso e comprometida com a construção do poder do dinheiro. Palavras-chave: Imigração; Empreendedores culturais; Instituições da cultura; São Paulo; Metrópole. Tempo Social, revista de sociologia da USP, v. 17, n. 1, pp. 135-158, junho 2005. Resumo
Imperativos de ordem econômica determinam grande parte dos movimentos migratórios; ressalte-se, todavia, que a análise dos movimentos migratórios do pós Segunda Guerra Mundial reúne especificidades que vão além do plano econômico. Destacam-se, sobretudo, as dificuldades dos países que participaram diretamente do conflito bélico e que necessitavam de investimentos para a recuperação de sua economia, redução do nível de desemprego, recuperação de seu patrimônio edificado, bem como minimizar, de alguma forma, os efeitos psicológicos daqueles que foram perseguidos pelos regimes autoritários e nazifacistas na Europa. Acordos internacionais foram assinados para subsidiar e direcionar a migração, “aliviando” o contingente populacional sem ocupação remunerada, favorecendo a recuperação econômica dos países duramente afetados pela guerra e/ou possibilitando um novo horizonte para as pessoas vitimadas por esses regimes de forma dirigida. O Brasil assinou acordos para receber refugiados de guerra com organismos multilaterais, como por exemplo, a Organização Internacional dos Refugiados (OIR/IRO), bem como para receber imigrantes de países da Europa: Itália, Espanha entre outros, com o apoio do Comitê Internacional para as Migrações Européias (CIME) e da Ásia: Japão, que entraram pela Japan Migration International Association (JAMIC). A presente pesquisa problematiza a imigração de nacionalidade italiana do pós Segunda Guerra Mundial e tem como fontes, os registros de 99.659 imigrantes, reunidos no banco de dados do projeto “Novos imigrantes: fluxos migratórios e industrialização em São Paulo no Pós-Segunda Guerra Mundial (1947-80)”. Resulta da análise, a identificação de engenheiros e de técnicos direcionados para a indústria paulista que se modernizava e objetiva, além da caracterização desses profissionais, refletir sobre as regiões paulistas e bairros paulistanos em que se verifica a maior concentração desses imigrantes. Palavras chave: Imigração italiana. Profissões. Pós-guerra. São Paulo. Trabalho apresentado no XVIII Encontro Nacional de Estudos Populacionais - ABEP - realizado em Águas de Lindóia (SP), Brasil, de 19 a 23 de novembro de 2012. Resumo
Este trabalho tem por objetivo apresentar alguns apontamentos acerca do projeto de pesquisa intitulado “Homens de negócios e de relações: os caixeiros viajantes como agentes formadores de redes sociais no Rio Grande do Sul (segunda metade do século XIX e primeira metade do século XX)”.Este projeto encontra-se em fase de desenvolvimento e visa empreender uma análise da formação de redes sociais, econômicas e políticas estabelecidas pelos caixeiros viajantes no Rio Grande do Sul, contemplando o recorte temporal que inicia na segunda metade do século XIX até a primeira metade do século XX, período em que essa profissão passa a sofrer um declínio. Percebemos que estes agentes sociais são analisados de forma ainda muito precária pela historiografia, sobretudo no Rio Grande do Sul. Tendo em vista que os caixeiros viajantes desempenharam um papel de considerável importância econômica e, em decorrência disso, também se ocuparam de estabelecerem vínculos diversos e formas de sociabilidade, almejamos dar maior visibilidade para estes agentes históricos e, concomitantemente, visibilizar as estratégias utilizadas por eles, a partir de uma apreciação crítica de suas trajetórias pessoais, embasados em robusto embasamento teórico e metodológico, coerente com os avanços recentes da historiografia na área das relações sociais. Palavras-chave: Caixeiros viajantes. Redes sociais. Rio Grande do Sul. Ágora. Santa Cruz do Sul, v. 20, n. 01, p. 124-133, jan./jun. 2018. "nem calçadistas, nem mascates: os imigrantes armênios do Rio de Janeiro", por Pedro Bogossian Porto14/6/2020 Resumo
Este trabalho pretende analisar a formação da identidade dos imigrantes armênios que chegaram ao Brasil e se instalaram no Rio de Janeiro durante as décadas de 1910 e 1920. Para tanto, será necessário confrontar a narrativa-mestra a respeito da imigração armênia no Brasil, qual seja: a de que esses indivíduos se instalaram, atuaram como mascates, capitalizaram-se e se tornaram empresários do setor calçadista. Essa narrativa, que contempla em certa medida a formação da comunidade armênia de São Paulo, não é compatível com a trajetória dos armênios que se instalaram na então capital brasileira, onde o processo de inserção social seguiu um rumo diverso. Faz-se necessário, portanto, analisar as condições de socialização desses imigrantes, de modo a compreender a conformação de sua identidade. A partir daí, será possível explicar as diferenças entre a comunidade armênia de São Paulo e a comunidade armênia do Rio de Janeiro, não apenas em relação à sua identidade profissional mas também no que concerne à sua identidade étnica. Isso se torna relevante uma vez que os armênios do Rio de Janeiro se integraram de maneira muito mais profunda com outras populações de imigrantes do que os seus congêneres de São Paulo. Anais do IV Encontro Internacional Fronteiras e Identidades: tributo à obra de Beatriz Loner, 24 a 26 de outubro de 2018 - Universidade Federal de Pelotas (RS) "saberes e sabores da colônia: memórias negras sobre alimentação", por patrícia dos santos pinheiro7/6/2020
Este vídeo é um dos produtos da agenda de pesquisa Saberes e Sabores da Colônia, que buscou captar, a partir dos hábitos alimentares de distintos grupos étnicos presentes nas regiões rurais da Serra dos Tapes, Rio Grande do Sul, a complexidade cultural que permeia esta região. O trabalho, realizado entre 2011 e 2013, foi conduzido pelo Grupo de Estudos e Pesquisas em Alimentação e Cultura (GEPAC), em parceria com o Laboratório de Ensino, Pesquisa e Produção em Antropologia da Imagem e do Som (LEPPAIS) e o Laboratório de Estudos Agrários e Ambientais (LEAA), com apoio do CNPq e da Fapergs. Neste vídeo foram abordados hábitos alimentares presentes em comunidades remanescentes de quilombos no extremo sul brasileiro, em especial nas comunidades da Picada e do Rincão das Almas, município de São Lourenço do Sul. Produzir e consumir alimentos despertam lembranças e sentimentos de cheiros, gostos, lugares e pessoas, que marcaram trajetórias individuais e coletivas, assim como tempos de falta de recursos básicos e de dificuldades de sobrevivência, compartilhados entre os negros desta região. Com isso, memórias do tempo antigo emergem a partir da elaboração de alimentos como a polenta, o bolo de torresmo e o quibebe, intercalados com conversas sobre os modos de vida e a formação dos territórios negros na região.
Tessituras, Pelotas, v. 3, n. 2, p. 326-327, jul./dez. 2015. Resumo
Este artigo objetiva identificar as comidas de origem pomerana e as tradições a elas associadas, explorando o processo de construção continuada das tradições culinárias nos rituais, nas festas e no cotidiano dos pomeranos. Trata-se de uma etnografia realizada em duas comunidades rurais do estado do Espírito Santo - Brasil. As comidas típicas pomeranas e as tradições associadas à culinária local estão repletas de significados e podem ser consideradas como uma linguagem que fala sobre família, relações sociais, trabalho, gênero e religião. A reciprocidade, troca e doações de comida são muito presentes no cotidiano e nos rituais pomeranos, envolvendo não só a comida, mas também sementes e até o empréstimo de utensílios de cozinha para a organização das festividades. Nesse sentido, nas comunidades pomeranas estudadas, além de alimentar o corpo físico, a comida alimenta o corpo social, amalgamando as relações sociais e afetivas. Palavras-Chave: Comida; Sociabilidade; Pomeranos. Tessituras, Pelotas, v. 3, n. 2, p. 195 Resumo
Neste artigo discutimos a culinária japonesa como forma de manutenção da memória e da etnicidade das comunidades japonesas no Rio Grande do Sul. Também apresentamos de que forma a gastronomia e a culinária são utilizados como elementos identitários deste grupo, ao mesmo tempo em que são perceptíveis em rituais religiosos, cerimônias sociais ou simplesmente incorporados ao cotidiano. Palavras-chave: Imigração japonesa. Culinária. Memória. Rio Grande do Sul Habitus, Goiânia, v. 11, n. 1, p. 77-94, jan./jun., 2013. RESUMO
No Brasil,a culinária japonesa era um cultural set "consumido” somente dentro da comunidade nikkei até a década de 70. Mas,a partir da década de 80, ela também começar a ser apreciada pelos brasileiros não-nikkeis, principalmente dos de classe média e alta. Hoje, existem mais de 600 restaurantes japoneses na cidade de São Paulo, e este número já ultrapassou o de churrascarias- Por que razões os brasileiros não-nikkeis começaram a apreciar esta culinária (por exemplo, sushi e sashimi), que antes era considerada esquisita, exótica e até mesmo “incomível”? Este artigo tenta interpretar este fenômeno sob a ponto de vista sociologico e antropólogico. Palavras-chave: culinária japonesa, etnicidade, imigração japonesa, costumes, mudança sócio-econômica-cultural da Cidade de São Paulo. Estudos Japoneses, n. 23, pp. 7-22, 2003 |
Categorias
Tudo
arquivos
Março 2024
|